Uso consciente do óleo de cozinha é tema do projeto Oratória nas Escolas
“Do descarte à transformação: o óleo de cozinha como agente de mudança ambiental, social e econômica” é tema do da 16 edição do projeto Oratória nas Escolas. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
“Fazer apenas o que nos é pedido não transforma o mundo. A verdadeira mudança acontece quando fazemos mais do que é necessário, quando saímos do automático e escolhemos agir com consciência”. Foi com esse pensamento que o aluno da sétima série da Escola Básica Municipal Cívica de Inovação e Tecnologia Eli Maria Bellani, William Guilherme Portinho, de 12 anos, iniciou seu discurso em uma das etapas do projeto Oratória nas Escolas. A edição de 2025 tem como tema “Do descarte à transformação: o óleo de cozinha como agente de mudança ambiental, social e econômica”. Para o estudante, esse assunto é primordial, já que acredita que a conscientização e a sustentabilidade jamais devem ser decisões forçadas pela lei.
O descarte correto, apontado por William, devia ser orientado pelos fabricantes de óleo. “Deveria começar nos rótulos das embalagens, com informações objetivas sobre como reciclar o produto e as embalagens contendo resíduos. Empresas conscientes devem agir dessa forma e serem reconhecidas por isso. Quem preserva merece incentivo. Espero que sejamos a geração que escolheu cuidar do planeta e não empurrar o problema para o ralo. Grandes atitudes constroem grandes pessoas”, afirmou ao reforçar que é indispensável agir para evitar desastres ambientais e tornar a vida uma prioridade.
Essa linha de pensamento é valorizada também por empresas que acreditam na força da união para promover ações que ajudem no desenvolvimento sustentável da região. “Somos favoráveis a iniciativas socioambientais. Já está no nosso DNA. Anualmente, realizamos a distribuição de mudas de árvores para incentivar a sustentabilidade, além de outras ações que visem atingir esse propósito. Apoiar o projeto Oratória nas Escolas está alinhado às nossas responsabilidades, mas, principalmente, aos anseios de contribuir para a formação de espaços mais saudáveis e uma sociedade mais consciente”, avaliou a assistente administrativa da Credioeste, Osvaldina Mendes, que foi jurada em uma das etapas do projeto.
A criticidade dos textos produzidos pelos alunos impulsiona não somente a reflexão, bem como o empreendedorismo e o desenvolvimento social e econômico sustentável. “É excelente termos nas escolas projetos como esse. Um dos principais objetivos do Oratória nas Escolas é melhorar a performance dos alunos na comunicação, é ensiná-los e incentivá-los a falar em público, mas ao acompanhar cada etapa, percebemos o quanto a iniciativa supera essas metas. Formamos cidadãos preparados para dialogar, propor ideias potentes, empreendedoras, sempre com um olhar humanizado, voltado para o cuidado com as pessoas, com o meio ambiente, e atenção minuciosa em qualquer área que desejem atuar”, salientou Osvaldina.
Mariah Olivia Alves da Roza, de 12 anos e aluna da sétima série, ressaltou que ideias empreendedoras surgem de pequenas ações como a fabricação artesanal de sabão. “É uma receita simples, mas que funciona. O uso do óleo de cozinha para a produção daquele sabão que utilizamos para lavar louça e limpar calçados, ou de detergentes, tintas e biodiesel, por exemplo, ajuda a evitar danos irreversíveis à natureza. Contribui no combate à poluição da água, do solo e do ar, do entupimento nas redes de esgotos e da proliferação de pragas. Esses processos, além de proteger o meio ambiente, também geram empregos e renda. Esse é o futuro que queremos”, apontou a estudante ao também afirmar que o projeto Oratória nas Escolas fortaleceu a forma de se comunicar e, principalmente, a treinou para olhar de uma forma diferente para as questões do mundo que necessitam de atenção.
William Guilherme Portinho sugeriu que o descarte correto do óleo de cozinha devia ser orientado pelos fabricantes nos rótulos das embalagens. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
A assistente administrativa da Credioeste, Osvaldina Mendes, foi jurada em uma das etapas do projeto e mencionou que ações sustentáveis também fazem parte da cultura da agência de microcrédito. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
Mariah Olivia Alves da Roza afirmou que ideias empreendedoras surgem de pequenas ações como a fabricação artesanal de sabão. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
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