Postado em 29 de Fevereiro às 17h15

Sistema Faesc/Senar e Safras & Mercado apresentam cenário da oferta e perspectivas do arroz

Webinar abordou o “Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado do arroz”.

A webinar sobre o “Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado do arroz” reuniu produtores rurais, dirigentes sindicais, técnicos e outros representantes do setor produtivo catarinense, nesta segunda-feira (26). O evento foi promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com a Safras & Mercado – consultoria de maior referência no agronegócio brasileiro e de abrangência internacional.
De acordo com o presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de Finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, a iniciativa faz parte do cronograma deseminários on-line ao vivo abertos ao público do setor viabilizados por meio de parceria com a Safras & Mercado. “Os eventos fornecem informações precisas e atualizadas sobre as tendências do mercado, os preços das commodities, as perspectivas de produção e consumo, entre outros temas de interesse do setor produtivo. A informação qualificada oferecida por meio dessa cooperação é imprescindível para que os produtores possam tomar decisões assertivas sobre o futuro dos negócios”.
Na abertura do evento, o 1º vice-presidente executivo da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo, apresentou o analista de mercado agrícola e consultor da Safras & Mercado, Evandro de Oliveira, que atuou como palestrante dessa edição, e pediu atenção em relação a alguns aspectos sobre o tema. “Gostaríamos de saber especialmente se o mercado brasileiro de arroz se mantém firme com cotações em contínua ascensão. Nosso objetivo também é entender qual é o cenário da oferta e demanda global e quais as perspectivas do mercado de arroz em que os produtores devem ficar atentos nos próximos meses.”
Com o tema “Cenário atual: pontos de destaque”, Oliveira abordou temas como ressaca pós-Carnaval; início dos trabalhos de colheita; cenário das exportações e importações, perspectivas para 2024 e mercado internacional.
Com relação à ressaca pós-carnaval, o especialista ressaltou que a calmaria predomina. Comentou que haverá queda natural dos preços; fraca demanda interna e a pressão do varejo e indústrias seguem testando o mercado. Além disso, alguns produtores estão cedendo. O cenário de incertezas continua e o bom volume de importações pressiona cotações. Dados do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) até janeiro demonstram 1,462 milhão de toneladas (1,2 milhão em 2023), maior volume em quase duas décadas. Até a terceira semana de fevereiro, foram 92,6 mil toneladas (base casca) e, apesar desse panorama, há previsão de mudança mais significativa aguardada para março/abril.
Sobre as exportações, o especialista frisou que há cenário favorável se desenhando. Isso é motivado pela disparada nos preços de exportação EUA, queda nos preços de exportação em Rio Grande, alívio logístico da soja e recuo nos preços dos fretes.
Também há incerteza safra Mercosul. Isso porque no Paraguai houve perdas entre 10% e 15% nos rendimentos até janeiro e a Argentina teve cerca de 10 mil hectares alagados. “As chuvas acima da média para os próximos meses preocupam”.
 Outro aspecto abordado foi o cenário indefinido na Ásia. A Índia está prorrogando indefinidamente banimento de exportações do arroz branco e taxação do parbo. Há oferta restrita e boa demanda e preços recordes no país. Nos demais países, os preços estão estacionados acima de US$ 600/t.
Em seguida, falou sobre a evolução dos preços do arroz em casca no Brasil e sobre as exportações. Comentou sobre a expectativa do mercado financeiro para o fim de 2024 que está mantida em R$ 4,92/US$. A mediana no final de 2025 permanece em R$ 5,00/US$ e as projeção de Safras & Mercado para o final de 2024 foi mantida em R$ 4,70/US$.
Oliveira também abordou o descontrole fiscal atual do Governo brasileiro, destacando que não é mais novidade para o mercado. De acordo com ele, o recente movimento da moeda se deve muito mais a uma questão de diferencial de juros do que problemas domésticos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado não altera os cortes na taxa de juros nas próximas reuniões do Copom.

Evento foi promovido pela Faesc em parceria com a Safras & Mercado.

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