Postado em 01 de Março de 2021 às 11h25

Senar amplia ATeG apicultura em Santa Catarina

Assistência Técnica e Gerencial já atende produtores nas regiões Sul, Extremo Oeste e Vale do Itajaí. Meta para este ano é formar novas turmas no Norte e Meio Oeste

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) através do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) inicia 2021 com a ampliação da atuação na cadeia produtiva da apicultura. A assistência técnica e gerencial será estendida para produtores das regiões Norte e Meio Oeste, ultrapassando os atuais 150 apicultores atendidos em cinco turmas (duas no Sul e no Extremo Oeste e uma no Vale do Itajaí). O objetivo é acompanhar a produção dos apicultores, auxiliar no trabalho de campo e orientar no gerenciamento das atividades e na gestão dos negócios.
Desde 2016, o ATeG já atendeu mais de 200 produtores em 30 municípios e tem alcançado resultados impactantes para a cadeia produtiva. Neste período, segundo a coordenadora estadual do programa, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes, a assistência técnica e gerencial ajudou a aumentar em 35% a produtividade dos apicultores no Estado. Paula destaca que a ampliação do projeto leva em conta a importância da cadeia produtiva catarinense.
“No ano passado iniciamos uma nova turma em São Lourenço do Oeste e neste ano em Pinhalzinho, ambos no Extremo Oeste, região que tem se destacado na produção de mel. Além do Sul e do Vale do Itajaí que mantêm produtividade consagrada, nossa meta é expandir o programa para as demais regiões, especialmente Norte e Meio Oeste. Quanto mais produtores atendermos, maior será o desenvolvimento da cadeia no Estado”, ressalta Paula.
Conforme a coordenadora, o programa auxilia na organização das propriedades e na verticalização da atividade, com acompanhamento técnico mensal, o que dá maior segurança aos produtores e possibilita investimentos mais calculados.
MERCADO
O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, destaca que Santa Catarina produz o mel eleito cinco vezes o melhor do mundo, título que orgulha a cadeia produtiva e o setor do agronegócio. No Estado, 17 mil famílias com 300 mil colmeias garantem produção de 7,5 mil toneladas de mel por ano. Todo esse volume abastece o mercado interno e grande parte é exportada, especialmente para os Estados Unidos e para a Alemanha, o que também coloca Santa Catarina como o maior exportador do Brasil.
“O programa ATeG tem grande participação nestes números que mostram a força da apicultura catarinense. Ele qualifica a produção, com acompanhamento direto no campo, melhora os resultados com assistência técnica e gerencial aos apicultores e fortalece o setor com investimentos na base”, sublinha Pedrozo ao destacar que as duas maiores agroindústrias exportadoras de mel são catarinenses: Prodapys, de Araranguá e Minamel, de Içara.
O aumento da produtividade também é enaltecido pelo superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi. Ele cita que a melhora em 35% nos resultados certifica a importância da assistência técnica e impõe maior responsabilidade. “Temos uma atividade em ascensão e um produto muito bem valorizado que é destaque no mundo todo. Nossa contribuição é assegurarmos a assistência a mais produtores e continuarmos fortalecendo a cadeia produtiva, mantendo-a qualificada e competitiva”.
COMO FUNCIONA O PROGRAMA
Os prestadores de serviço da ATeG Apicultura, Mardiori Souza, José Carlos Firpo e Ricardo Scasso, detalham que a assistência técnica e gerencial nas propriedades acompanha os apicultores em todos as etapas de produção, desde atividades de campo até processos gerenciais. Durante dois anos, os técnicos fazem visitas mensais aos produtores e controlam de perto a evolução da atividade. O trabalho tem transformado os manejos, através de orientações sobre controle da nutrição, sanidade, genética, manejo dos espaços, controle populacional e análise de gestão.
A zootecnista Mardiori Souza iniciou em novembro do ano passado o acompanhamento da primeira turma na região de São Lourenço do Oeste, com 30 produtores do município, além de Novo Horizonte e Jupiá. O maior desafio, segundo a técnica, está na gestão da atividade, com controle detalhado de custos, produtividade e renda, além de manejos. “Estamos começando do zero todos os processos de controle e gerenciamento da produção, com objetivo de padronizá-la e ampliá-la ao longo do programa. A maioria é formada por pequenos produtores que agora terão assistência do Senar para melhorar seus controles produtivos e seus resultados”, detalha Mardiori.
O técnico Ricardo Scasso, que atende produtores do Sul do Estado, destaca que a safra de 2020 registrou 50% de aumento na produção, uma colheita atípica impulsionada pelo favorecimento climático. Neste ano, porém, a natureza não está sendo tão colaborativa, o que reduzirá a quantidade de mel colhida na região. “No ano passado, com a alta produtividade, os preços do quilo de mel variaram entre R$ 5,50 e R$ 8,50. Neste ano, quase dobraram e giram entre R$ 12,50 e R$ 15,50. Por conta disso, mesmo com produtividade menor em 2021, será possível assegurar boa rentabilidade”, detalha o técnico ao afirmar que a manutenção da qualidade das colmeias está diferenciando o trabalho dos produtores neste ano.
A região Sul assistida pela ATeG produz, em média, 400 toneladas de mel por ano. São 30 pequenos, médios e grandes produtores atendidos, oito deles tendo a apicultura como única atividade. “No grupo, nós tivemos aumento no número de colmeias, além do crescimento na produção de mel que representa 24% acima da média da região sul. Os apicultores estão vendo resultado e investindo mais”, sublinha Scasso.
Na região do Vale do Itajaí, os 28 apicultores de sete municípios atendidos pela ATeG produzem anualmente 55 toneladas de mel. Neste ano, segundo o técnico José Carlos Firpo, a produção está sendo prejudicada pelo clima que interferiu no sistema floral. “Depois de um ano de excelente floração, que favoreceu a produção de mel, houve uma mudança climática que prejudicou a produtividade e os produtores não conseguiram colher em dezembro, janeiro e fevereiro por falta de néctar. Primeiro a estiagem prolongada e depois as chuvas intensas impediram a floração e deixaram as colmeias sem néctar e mel. A esperança agora é que possamos recuperar a produção em março, com a floração dos eucaliptos, e com incremento de melhores controles produtivos, resultados do programa ATeG”, explica Firpo.

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