Postado em 07 de Abril de 2021 às 18h03

Palestra aborda condenação de aves na indústria europeia e impactos econômicos

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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O efeito da gestão pré-abate nos níveis de condenação na indústria europeia foi tema de debate neste segundo dia do 21° Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet). O médico veterinário holandês, Wim Tondeur, especialista em saúde e produção avícola abordou os fatores que mais interferem na condenação de animais e o impacto econômico disso para a cadeia avícola europeia.
Tondeur pontuou que em muitos países os consumidores estão cada vez mais interessados em saber mais informações sobre a qualidade da carne que eles comem, o que aumenta o nível de exigência desse mercado. Também citou alguns princípios básicos de inspeção da carne na Europa, relacionados ao controle de doenças animais, transporte e abate, e comparou esses protocolos aos exigidos no Brasil. “Vejo muitas semelhanças com a legislação brasileira, desde a fase de criação do animal até o abate”.
Ele citou complicações que podem levar à perda da carcaça, como lesões patológicas comuns, a exemplo da dermatite, celulite e fraturas ósseas, além de apontar falhas em processos que podem levar à condenação das carcaças, como os hematomas provocados na apanha e no carregamento inadequado das aves nas granjas. Por outro lado, observou o impacto positivo de programas nutricionais nas lesões de carcaça, como o uso de aditivos para melhorar esses problemas. O médico veterinário ainda explanou sobre sistemas de monitoramento usados por veterinários na União Europeia.
O especialista desenvolveu um guia de padrões visuais que auxiliam a identificar lesões nos animais. Esse guia está dividido em quatro categorias: pele, vascular, esqueleto e muscular. “Fazemos uma inspeção externa e interna em busca de lesões e anormalidades e temos uma pontuação para a carcaça considerando cada tipo de lesão”.
Segundo Tondeur, muitos abatedouros europeus hoje possuem câmeras de vídeo, o que torna mais fácil obter dados sobre as carcaças. Ele ressaltou o quão importante é coletar e analisar esses dados em busca de aprimorar os processos, evitar perdas e melhorar a qualidade da carne que chega ao consumidor.
“É preciso traduzir isso em valor econômico para convencer que essas perdas de carcaça são significativas. Temos também muitas coisas que passam ocultas e talvez o monitoramento por vídeo seja uma boa ferramenta para auxiliar na inspeção”.
            Para concluir, ressaltou a relevância de monitorar as lesões de carcaças para compreender problemas subclínicos, como miopatias e questões esqueléticas; destacou a confiabilidade do sistema de monitoramento por vídeo na análise de carcaças e chamou a atenção para um aspecto subestimado e que afeta a qualidade da carne, que são as mudanças post mortem.
            O EVENTO
Em paralelo ao 21º Simpósio Brasil Sul Avicultura, ocorre a 12ª Brasil Sul Poultry Fair, feira virtual que reunirá mais de 70 empresas nacionais e multinacionais. O espaço reúne empresas geradoras de tecnologias que estão apresentando suas novidades e seus produtos, permitindo a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.
O 21º Simpósio Brasil Sul Avicultura tem apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc), da Prefeitura de Chapecó, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Embrapa Suínos e Aves e da Unochapecó.
Mais informações sobre o 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura no site: www.nucleovet.com.br/simposio/avicultura.

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