Postado em 19 de Fevereiro de 2021 às 10h36

Luto no agronegócio de SC com a morte de Gerson Catalan

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O agronegócio catarinense amanheceu de luto nesta sexta-feira (19) com o falecimento, em Xanxerê, do médico veterinário Gerson Catalan. Ele foi um dos idealizadores e um dos principais responsáveis (ao lado da Cidasc) pela elevação do status sanitário do Estado a área livre de aftosa sem vacinação, condição que deu a Santa Catarina liderança internacional no mercado mundial de proteína animal.
         Catalan foi extensionista rural da extinta ACARESC, diretor da Seara, fundador e conselheiro técnico do Instituto Catarinense de Defesa Agropecuária (ICASA). Vítima da covid-19, morreu aos 77 anos. Era casado com Tânia Catalan com quem tinha dois filhos. O sepultamento ocorrerá no jazigo da família, em Chapecó.
         O passamento de Gerson Catalan gerou comoção no meio agroindustrial. A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (SINDICARNE) e a Associação das Indústrias de Carnes e Derivados em Santa Catarina (AINCADESC) emitiram nota na qual lamentam, com profunda consternação, a perda do dirigente.
         A presidente do Sindicarne Irani Pamplona Peters e o presidente da ACAV                          José Antonio Ribas Júnior declararam que o Dr. Catalan tem o imorredouro agradecimento de todos aqueles que atuam nas cadeias produtivas da proteína animal em território catarinense.
         O conselheiro executivo do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA) Osvaldo Miotto Júnior disse que o agronegócio catarinense e brasileiro – especialmente os setores de aves e suínos – perde um grande líder, de muita dedicação que trabalhou tenazmente para Santa Catarina obter e manter o melhor status sanitário.  
No ano passado, Santa Catarina completou duas décadas sem vacinar os rebanhos bovinos contra a febre aftosa. Essa medida foi decisiva para a obtenção do status sanitário de área livre da aftosa sem vacinação, conquista que contou com cooperação do ICASA (juntamente com a Cidasc) e teve como um dos principais artífices o conselheiro técnico Gerson Catalan.
Tudo começou quando a auditoria da União Europeia em 2002 constatou que o Estado de Santa Catarina não possuía estrutura física de pessoas suficiente diante das exigências sanitárias do mercado europeu. Era insuficiente o número de médicos veterinários e de auxiliares administrativos para atender as demandas dos produtores rurais no cumprimento das obrigações legais relacionadas à defesa sanitária animal.
Diante das exigências apresentadas pela missão europeia foi criado o ICASA em comum acordo com os órgãos públicos e a iniciativa privada, como instituição de apoio ao serviço de defesa sanitária oficial do Estado, disponibilizando pessoal, estrutura e equipamentos de forma a suprir as necessidades estruturais e de recursos humanos verificadas, sempre na condição complementar de apoio ao Serviço Oficial.
A febre aftosa é uma das mais temidas doenças dos grandes animais, a sua existência impede a comercialização de outras espécies, quer na forma viva ou de seus produtos cárneos e industrializados. 

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