Postado em 26 de Agosto de 2024 às 10h42

Humanização e cuidado – gestante recebe ensaio fotográfico organizado por voluntários da Unimed Chapecó

Geicimara conseguiu reunir a família para registrar esse momento (Foto: Maternizar).

Enquanto aguardava a chegada do segundo filho, Geicimara Pereira Ribeiro, de 38 anos, não imaginava que os últimos dias do pequeno Gael dentro de sua barriga seriam em um hospital. Nem passava por sua cabeça, porém, que teria uma experiência tão positiva e acolhedora dentro de um ambiente médico, que marcaria para sempre sua vida. Muito menos, podia imaginar que ganharia de presente dos voluntários um ensaio fotográfico.
Natural de Campo Grande (MS) e vivendo no interior do município de Santa Helena (SC) com o marido e o filho de 15 anos, quando estava com idade gestacional de 27 semanas, ela descobriu que tinha bolsa rota, um termo que se refere à ruptura das membranas amnióticas que envolvem o bebê durante toda a gestação.
Com a apreensão do diagnóstico, Geicimara foi transferida de São Miguel do Oeste (SC) –  onde buscou o primeiro atendimento – para Chapecó. Após a transferência para o Hospital Unimed Chapecó, Geicimara recebeu todo o acompanhamento para que o bebê pudesse se desenvolver o maior tempo possível dentro da barriga, realizando exames que garantissem que o líquido amniótico fosse suficiente para isso. “O momento que vivenciei no Hospital Unimed Chapecó é inacreditável. Nunca imaginava ser tão bem atendida em um ambiente hospitalar. Cada profissional chega até você com um sorriso no rosto, com aquele ar de motivação para aguentar ficar tanto tempo aqui. O abraço apertado, o carinho que eles demonstram, não tenho palavras para descrever”.
Foram mais de 20 dias entre a entrada no hospital e a chegada do bebê e, desde o auxílio com atestado e a documentação por meio da assistente social, ou dos pedidos especiais de alimentação, Geicimara destaca que todos os profissionais que a atenderam não mediram esforços para ajudá-la. “Eu nunca imaginava, por exemplo, que ia precisar de uma psicóloga, mas é muito bom pois eu converso com ela e desabafo. O Hospital se preocupa que eu tenha trombose, então disponibiliza fisioterapeuta para que eu faça exercícios todos os dias, conforme eu posso. Os médicos, todos os dias, passam no quarto, falando sobre os exames e perguntando como eu estou, assim como todas as técnicas e enfermeiras. A questão da limpeza do quarto também é muito boa”, ressalta.
REGISTRO ETERNIZADO
A equipe de enfermagem e multiprofissional que acompanhava Geicimara, por entender que ela não teria alta antes do bebê nascer, teve a ideia de eternizar esse momento e realizar um grande sonho da mãe, que era ter um ensaio fotográfico ao lado da família. “Isso faz parte do cuidado humanizado que temos com os nossos pacientes aqui, e ela vai levar esse momento para o resto da vida”, explica a enfermeira supervisora da Maternidade, Suelen Sinara Dahm Schmidt.
A coordenadora de Gestão de Acesso e integrante do Comitê de Hotelaria Hospitalar, Maira Minch, reforça que, entendendo a relevância da ação, recebeu a solicitação e começou a organização com parceiros. “Colaboradores de vários setores estiveram envolvidos, todos de forma voluntária. As fotos foram feitas pela fotógrafa credenciada Luciane Rodrigues, da Maternizar, a maquiagem foi feita pela colaboradora Julia, da Gestão de Acesso, o penteado no cabelo foi feito pelas técnicas de enfermagem que estavam cuidando da paciente no dia e a equipe da Higiene e Lavanderia organizou o ambiente”.
As fotos foram feitas em uma sala de parto humanizado da Unimed Chapecó e, conforme Maira, ações como essa impactam diretamente na experiência e no bem-estar do paciente. “Também ajuda a garantir que ela se sinta respeitada e valorizada, independentemente das circunstâncias. Proporcionar um ensaio fotográfico é um exemplo de como pequenas ações podem ter um grande impacto na forma como o paciente vive sua jornada hospitalar. Sobretudo, estreitam as relações da instituição com seus clientes”.
E realmente, para Geicimara, fez toda a diferença poder vivenciar esse momento. Como foi pega de surpresa com a condição de sua gravidez, não houve tempo para uma simples fotografia dela com o marido e sua família. “Quando a psicóloga chegou no meu quarto falando do ensaio, eu não consegui segurar as lágrimas. Era algo que eu queria muito, não tinha condições financeiras e, devido ao momento de internação, não tinha como imaginar que eu teria mais fotos mostrando a barriga e com a minha família. Eu não acreditava que ela estava falando aquilo, foi algo que mexeu muito comigo”.
Para reunir quem ela mais ama em uma foto, foi preciso o engajamento de muitas pessoas e uma verdadeira força-tarefa para que todos participassem. “Ter a minha família, minha mãe, meu filho, meu esposo e meu irmão junto comigo para tirar as fotos, foi um sonho. Meu marido estava voltando de viagem do Ceará, então ele pediu para o patrão dele se poderia deixar o caminhão num posto e vir até o hospital tirar foto. A minha mãe, que veio do Mato Grosso do Sul para ficar com o meu outro filho, estava casada há apenas duas semanas, veio com o esposo dela, meu filho e meu irmão de carro até Chapecó para poder participar”, relata.
Roupas, sapato, hidratante de pele, perfume, kit de maquiagem, acessórios para o cabelo, colar, um tapete para decoração, tudo foi disponibilizado por voluntários para Geicimara, para que esse momento ficasse ainda mais especial. “As fotos ficaram lindas, maravilhosas. Cada pose, cada detalhe, nunca imaginava que ia sair tão perfeito. Só tenho a agradecer a toda equipe Unimed, porque se não fosse eles, cada dia aqui não seria de vitórias. Sou grata por cada um aqui dentro”.
CUIDADO ESPECIALIZADO
Conforme a médica ginecologista e obstetra e cooperada da Unimed Chapecó, Dra. Fernanda Piovezana, o quadro de bolsa rota pode ocorrer em qualquer período da gestação, mas é mais preocupante quando ocorre antes de 37 semanas, por tratar-se de um feto prematuro. Caso ocorra a partir das 37 semanas, o parto geralmente é induzido.
“Essa ruptura pode ocorrer espontaneamente, após traumas ou induzida por procedimentos. Os principais fatores de risco para a bolsa rota pré-termo incluem: história prévia de bolsa rota ou partos prematuros, infecções genitais (bacterianas, fúngicas ou mesmo virais), infecções sistêmicas sem tratamento adequado, polidrâmnio (excesso de líquido amniótico, pois pode aumentar a pressão nas membranas), gestação múltipla, tabagismo, trauma abdominal pós quedas ou acidentes, etc. No termo, pode ocorrer espontaneamente como sinal de maturidade fetal que desencadeará trabalho de parto, ou mesmo intraparto”, explica.
Quando diagnosticada a bolsa rota, principalmente nos casos com menos de 37 semanas, a Dra. Fernanda reforça que alguns cuidados são essenciais, como a internação hospitalar para monitoramento da mãe e do bebê, exames laboratoriais com maior frequência, antibioticoterapia profilática para aumentar o tempo de latência e prevenir infecções, além da avaliação da necessidade de interrupção da gestação, dependendo da idade gestacional e das condições da mãe e do bebê.
“Antes de 34 semanas, se a bolsa rompe, mas não há sinais de infecção ou sofrimento fetal, o objetivo é prolongar a gestação. A decisão sobre o tipo de parto (cesárea ou vaginal) depende da condição clínica da mãe e do bebê. A partir de 37 semanas, o parto pode ser induzido se a mãe não entrar em trabalho de parto espontaneamente após a ruptura. Isso é feito para reduzir o risco de infecção para a mãe e o bebê”, complementa.
RETRIBUIR O BEM
No dia 17 de agosto de 2024, com 31 semanas, após mudanças no estado clínico obstétrico e laboratorial, Gael veio ao mundo, com 2.020 quilos e 43 centímetros. A tão aguardada espera acabou, e Geicimara e o marido Marcelo puderam conhecer o pequeno. Dessa trajetória dentro do Hospital Unimed Chapecó, ela leva muita gratidão, e a certeza de que um dia, quer retribuir todo o cuidado que recebeu.
“Eu sempre sonhei em entrar na Unimed. Muita gente falava bem, mas eu não sabia o quanto era bom. Só quem vivenciou vai saber falar o quão bom é trabalhar aqui, pelo fato de você ver as pessoas felizes. Eu vou fazer de tudo para morar em Chapecó e ser uma colaboradora da Unimed, para tentar passar para outros que estão em momento de aflição, esse mesmo carinho que recebi. Quero também fazer parte do quadro de voluntários e contribuir para que mais pessoas sejam felizes em momentos tão delicados e especiais como esse”, finaliza Geicimara.
 
Fonte: Comunicação Interna Unimed Chapecó 

Graças à uma equipe de voluntários ela realizou o sonho de ter um ensaio fotográfico (Foto: Maternizar).

Toda equipe da Unimed Chapecó que atendia Geicimara ajudou nos preparativos (Foto: Arquivo Pessoal).

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