Postado em 19 de Novembro de 2020 às 16h41

SENAR/SC inicia assistência técnica e gerencial para agroindústrias do setor

Programa busca organizar a cadeia produtiva e melhorar a gestão dos negócios em Florianópolis e Palhoça

  • MB Comunicação Empresarial e Organizacional -
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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) iniciou neste mês a primeira turma estadual do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) na agroindústria da maricultura. O programa atenderá 18 agroindústrias de Florianópolis e Palhoça, municípios responsáveis pela maior parte da produção nacional de ostras e mexilhões.
Os produtores/proprietários receberão assistência técnica e gerencial dos profissionais especializados do SENAR durante dois anos para melhorarem produtividade, gerenciamento e comercialização. De acordo com o técnico da ATeG, Gustavo Ruschel Lopes, o objetivo do programa é acompanhar a produção das agroindústrias, auxiliar os maricultores na venda do pescado e orientá-los na gestão das atividades e dos negócios.
“A questão gerencial será a principal linha a ser trabalhada. Inicialmente, apresentaremos o programa aos produtores, conheceremos cada realidade, faremos o levantamento de dados de custos, rentabilidade e toda a parte financeira. No aspecto técnico do programa, ajudaremos os maricultores na legislação/formalização do negócio e na viabilização das inspeções sanitárias para ampliar a comercialização”, explica Gustavo.
O maricultor Leonardo da Costa está há 33 anos na atividade, no comando da Fazenda de Ostras Freguesia Oyster Bar em Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis, e há 22 também dirige um restaurante especializado em frutos do mar. Ele é um dos empreendedores do setor que integram a nova cadeia da ATeG e já conta com Selo de Inspeção Municipal de Florianópolis (SIM) e Selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). “Essas conquistas colaboraram para o fortalecimento do negócio e para a geração de valor aos nossos produtos. Com a ATeG, buscamos aperfeiçoar ainda mais o gerenciamento e expandir mercado”, projeta Leonardo.
METODOLOGIA
Segundo a coordenadora estadual do programa, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes, a assistência técnica e gerencial na nova cadeia vai qualificar produtores para gestão básica das agroindústrias, boas práticas de fabricação e de manipulação do pescado. Durante o programa, serão avaliados indicadores econômicos e de produção, com objetivo de aumentar a produtividade e gerar incremento de renda.
“É um trabalho continuado, que engloba todos os processos da cadeia produtiva e possibilita a realização de ações efetivas nas áreas econômica, social e ambiental, assim como os processos de gestão do negócio”, ressalta Paula.
O superintendente do SENAR/SC, Gilmar Zanluchi, destaca que a assistência técnica e gerencial orientará os maricultores na melhoria dos processos e auxiliará na formação de arranjos produtivos e na abertura de mercados. “Cada produtor terá um diagnóstico produtivo, com planejamento estratégico, avaliação sistêmica de resultados, adequação tecnológica e capacitação profissional complementar. É um modelo inovador e estritamente técnico ofertado pelo SENAR para desenvolver o agronegócio no Estado”.
Além das agroindústrias na maricultura, o programa também iniciou em novembro a assistência técnica e gerencial para produtores que desenvolvem atividades voltadas à industrialização de alimentos artesanais. As primeiras turmas serão formadas em Chapecó, no Oeste, e em Nova Veneza, no Sul.
Em todo o Estado, o programa tem alcançado resultados relevantes em oito cadeias produtivas: pecuária leiteira e de corte, ovinocultura, apicultura, olericultura, fruticultura, piscicultura e maricultura. A inovação deste ano amplia o atendimento no setor que tem crescido exponencialmente no Estado: as pequenas e médias agroindústrias artesanais, no setor de alimentos e na maricultura.
MERCADO
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a produção catarinense de moluscos é de 14,2 mil toneladas anuais e envolve 492 produtores. A movimentação financeira bruta supera R$ 71 milhões por ano, com 54,5% do montante de mexilhões (R$38,8 milhões), 45,3% de ostras (R$32,3 milhões) e 0,24% de vieiras (R$17.200).
O presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, destaca que os números mostram a força da maricultura catarinense e colocam o setor em evidência no mercado nacional. “Precisamos pensar grande, profissionalizar a cadeia e nos tornarmos mais competitivos. No nosso Estado, o leite e a maricultura são as duas produções com grande potencial para conquistar o mercado externo e melhorar a rentabilidade dos produtores e a relevância do setor”. 

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