Postado em 18 de Junho de 2021 às 15h42

“Chapecó é uma potência porque o povo é engajado e coopera para o crescimento”, afirma Robert Otto

Criar sinergia para que o trabalho seja mais efetivo e gere mais resultado para a classe empresarial e para a comunidade. Esse é um dos objetivos da Diretoria de Relações Institucionais da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC). Entre as ações, está o acompanhamento das representações da entidade em mais de 30 conselhos, entre eles em universidades; nos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Econômico, de Turismo, de Meio Ambiente e de Ciência, Tecnologia e Inovação; no Fórum de Resíduos Sólidos de Chapecó; no Conselho da Comunidade da Comarca de Chapecó; no Conselho Municipal de Defesa do Consumidor; na Fundação Científica e Tecnológica em Energias Renováveis (FCTER); no Verde Vida; na Credioeste e na GaranteOeste.
A diretoria e os conselheiros alinham propósitos de interesse da classe empresarial e da comunidade. O grande objetivo é somar forças, ser mais efetivo e conquistar mais representatividade. Para isso, a ACIC oferece suporte aos conselheiros e apoio para o desenvolvimento de projetos que contribuam com a classe empresarial e com a comunidade chapecoense e regional.
            Nesta entrevista, o diretor Relações Institucionais da ACIC, Robert Otto, fala do trabalho e da atuação nesses segmentos.
 
Quais são as principais diretrizes da Diretoria de Relações Institucionais da ACIC?
Dividiremos em três pilares que sustentam esta diretoria. O primeiro é recrutar pessoas que tenham ligação com a entidade comercial, que se envolvam com o associativismo e que de alguma maneira – pela carreira profissional ou por ligações pessoais – possam somar e agregar à Associação e ao conselho em questão com sua própria experiência ou qualificação. O segundo é dar suporte para os representantes, para que eles estejam conectados com o planejamento estratégico da entidade, e que com a participação nos conselhos possam estar defendendo e sintonizando os temas debatidos com o os objetivos elencados no planejamento, criando sinergia entre ações internas e externas, otimizando recursos e maximizando resultados. Como o associativismo é algo que não fazemos para benefício pessoal, o terceiro pilar é criar um registro para que todas as ações e decisões fiquem à disposição dos próximos líderes que ingressarem no conselho.
 
A ACIC tem representação em mais de 30 conselhos setoriais. Qual a importância da presença da ACIC nesses colegiados?
Como a acic é a casa do empreendedor, tudo que faz parte da vida do empresário, também faz parte da vida da acic. Entendemos que cada vez mais precisamos estar conectados, correlacionados. Somos coodependentes de outras pessoas e de outros setores. Estar dentro dos conselhos permite que o empresariado chapecoense contribua com a resolução dos problemas, sendo propositivos, buscando soluções e participando dos desafios dentro dos conselhos.
 
Como tem sido o desafio de encontrar/selecionar, preparar e apresentar líderes empresariais para essa missão de representar a ACIC em tantos conselhos?
Todas as cadeiras representadas pela acic estão com líderes capacitados, reconhecidos pela comunidade e com disposição em ajudar e fazer a diferença na comunidade. O maior desafio tem sido adaptar o planejamento e acompanhamento que inicialmente seria presencial para o mundo digital, estamos nos adaptando para, mesmo que on-line, entregar o melhor para que os representantes permaneçam ativos e conectados com os objetivos.
 
Em sua opinião, o empresariado chapecoense – de modo geral – está consciente da importância de cooperar com a solução de problemas sociais das comunidades em que suas empresas estão inseridas?
Chapecó é uma potência no cenário nacional porque o povo é engajado e coopera para o crescimento da cidade, sendo berço de muitas cooperativas. Olhando a história de nossa cidade e de nosso povo, podemos ver inúmeras vezes a força do associativismo, a força e união do povo chapecoense que faz a diferença, seja na história do antigo aeroporto na rua Oswaldo cruz com todos os moradores com seus carros guiando o avião para ter um pouso seguro, seja com a nossa gloriosa Chape ou com a batalha travada contra a pandemia. A união chapecoense sempre foi base para todas as grandes conquistas do município.
 
Essa é uma forma eficaz de suprir eventuais ausências ou insuficiências do Poder Público face às grandes demandas sociais provocadas, especialmente, pela pandemia?
O poder público nunca irá suprir as demandas privadas, assim como o privado nunca irá suprir o que é de cunho e responsabilidade pública, todos têm suas responsabilidades, seus desafios e também suas virtudes. O que precisa ser realizado é uma sinergia entre essas esferas para que haja um alinhamento de ações, possibilitando que todos trabalhem com o mesmo objetivo, conseguindo ter mais resultado e um tempo de respostas menor. Na minha percepção este é um ponto no qual todos os empresários devem contribuir, seja na participação efetiva dentro de diretorias, dentro dos núcleos da ACIC, em conselhos comunitários ou no bairro onde sua empresa está sediada. 
 
A ACIC e outras entidades empresariais de Chapecó revelaram-se grandes parceiras da Administração Pública no combate aos efeitos da pandemia. Podemos afirmar que essa contribuição foi importante para a superação do quadro de crise sanitária local, cujo sucesso ganhou repercussão nacional?
Sinto-me lisonjeado por fazer parte dessa classe. Acredito que a menor contribuição do empresariado chapecoense no combate à pandemia foi o valor doado, mas sim todo envolvimento na estratégia de combate à covid-19, seja em conselhos, em reuniões, em debates ou até mesmo internamente com a sua equipe; respeitando as normas, buscando adequar o atendimento, flexibilizando jornada de trabalho para que as mães pudessem suprir a ausência das creches e escolas. Enfim, acredito que não faltou força de vontade e contribuição da classe para o enfrentamento da pandemia, possibilitando vivermos hoje uma situação mais tranquila. Certamente com essa disposição venceremos todo e qualquer desafio.
 
 

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