Tire suas dúvidas sobre prevenção, exames de rotina e os tipos de câncer de mama

Chegamos no mês onde o foco está na saúde da mulher. A campanha Outubro Rosa propõe a conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. E todo esse cuidado não é para menos, já que esse é o segundo tipo de tumor mais recorrente no Brasil.

Mas, apesar disso, os tumores de mama apresentam altas taxas de cura quando descobertos em fase inicial, com 95% de chance de um tratamento bem-sucedido. Por isso, para além do mês de outubro, o cuidado deve ser infinito.

Na Unimed Chapecó, o câncer de mama e sua detecção precoce são levados muito a sério, e abordados em todos os períodos do ano. Para diagnósticos mais precisos, a cooperativa médica conta com uma equipe amplamente capacitada, além de equipamentos altamente tecnológicos.

Um deles é o primeiro mamógrafo digital com inteligência artificial da região oeste de Santa Catarina. Além de contar com um sistema de compressão inteligente, ajustando-se a cada tipo de mama, a tecnologia alemã do Mammomat Revelation permite o ajuste da dose de radiação, reduzindo-a em até 30%.

Para tirar algumas dúvidas sobre o câncer de mama, a prevenção, como são os exames e a periodicidade que eles devem ser feitos, as médicas da Unimed Chapecó, Dra. Estela Regina Eidt, Dra. Camila Proner e Dra. Emanuele Dagort, responderam algumas perguntas importantes sobre o assunto. Confira!

Dra. Estela Regina Eidt, médica mastologista e radiologista de mama

Quais são os tipos de câncer de mama?

Existem câncer de mamas invasivos e in situ. O câncer in situ é o tipo de câncer que não tem a capacidade de invadir a membrana basal (não tem chance de criar metástases).

Já o câncer invasivo pode ser de vários tipos (que tem capacidade de invadir a membrana basal e consegue fazer metástases). O mais predominante é o Carcinoma Ductal Invasivo do tipo não especial. Em segundo lugar temos o Carcinoma Lobular Invasivo.

Também existem os tipos de câncer de mama considerados especiais, tais como câncer inflamatório, Doença de Paget, câncer tubular, câncer mucinoso, câncer medular, entre outros.

Mas, atualmente existe uma forma de melhor diferenciar os cânceres de mama, pela imunohistoquímica. Assim, eles se dividem em quatro subtipos:

- Luminal A

- Luminal B

- Her2 superexpresso

- Triplo negativo

A partir desta determinação iniciamos o tratamento, às vezes, com cirurgia inicialmente e outras vezes com quimioterapia neoadjuvante.

Há crescimento de casos de câncer de mama no Brasil?

Houve um crescimento em torno de 26% nos diagnósticos mais graves do câncer de mama no ano de 2023, conforme dados coletados de um artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Ele também aponta que, durante a pandemia, houve uma redução muito importante dos exames de mamografia. De 2019 para 2020, houve uma queda de 40% no número de mulheres que realizaram a mamografia.

O Inca prevê que até o final deste ano serão diagnosticados em torno de 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil.

Como as mulheres podem prevenir o câncer de mama?

- Em primeiro lugar, fazer seus exames de rotina, mamografia anual a partir dos 40 anos e complementar com ressonância magnética de mamas e ultrassom de mamas sempre que necessário;

- Autoexame mensal, em torno do sétimo ao oitavo dia do ciclo menstrual;

- Manter uma alimentação saudável (frutas, verduras e legumes e muita água), assim mantendo o peso corporal adequado, principalmente, após a menopausa;

- Atividade física constante;

- Não consumir álcool e não fumar.

Com todos esses cuidados, reduz em torno de 30% a possibilidade de ter um câncer de mama.

Dra. Camila Proner, médica radiologista

Por que fazer exames de rotina?

Exames de rotina são fundamentais na prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Podemos identificar tumores antes mesmo de serem palpáveis ou de causarem sintomas. Quanto mais cedo o câncer de mama for diagnosticado, maiores são as chances de ter um tratamento bem-sucedido e menos agressivo, além de aumentar as taxas de sobrevida, mantendo uma ótima qualidade de vida, com boas perspectivas de cura.

Quais são os exames de rotina que devem ser feitos para evitar o câncer de mama e de quanto em quanto tempo eles devem ser realizados?

Os exames de rotina para evitar o câncer de mama podem incluir:

1) Mamografia: é o exame de rastreamento mais comum para o câncer de mama e de acordo com a SBM deve ser realizado anualmente. É uma radiografia da mama que pode detectar tumores antes mesmo de se tornarem palpáveis. Geralmente, é recomendado que as mulheres comecem a fazer mamografias de rotina a partir dos 40 anos. A mamografia pode ser complementada por ultrassonografia de mamas a depender da composição mamária, ou ainda por ressonância magnética, avaliando-se individualmente cada caso.

2) Exame clínico das mamas: exame físico realizado por um profissional de saúde treinado, como um médico ou uma enfermeira, em consulta de rotina, anualmente, de acordo com a SBM. Durante esse exame, o profissional verifica as mamas quanto a qualquer anomalia.

É importante lembrar que a decisão sobre a frequência dos exames deve ser individualizada com base no histórico pessoal de saúde e nos fatores de risco.

Dra. Emanuele Dagort, médica radiologista

Qual a idade correta para iniciar exames de prevenção de câncer de mama?

A SBM recomenda a realização de mamografia anual a partir dos 40 anos para as mulheres em geral, com risco habitual. Já para as mulheres com alto risco para câncer de mama, recomenda-se iniciar o rastreamento a partir de 30 anos.

As pacientes com fatores de risco para a doença são aquelas que apresentem familiares de primeiro grau com histórico de câncer de mama (mãe, irmã ou filha):

- Antes dos 50 anos

- Câncer de mama bilateral em qualquer idade

- Histórico de câncer de ovário em qualquer idade

- Câncer de mama masculino

Também são de alto risco mulheres que possuem história pessoal de câncer de mama ou antecedente de radioterapia da região do tórax antes dos 30 anos.

Como é feito o exame de mamografia?

A mamografia é basicamente uma radiografia da mama. Para sua realização, é necessário realizar uma compressão leve/moderada sobre o tecido mamário, de forma a diminuir sua espessura, com a finalidade de uma imagem mais nítida. São realizadas ao menos duas incidências em cada mama e incidências adicionais se necessário, em caso de prótese de silicone ou dúvida diagnóstica.

Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?

As imagens obtidas na mamografia são analisadas por médicos especialistas, que realizam tal análise por meio de filmes radiográficos ou monitores de alta resolução. Nessas imagens, o médico avalia a pele, os mamilos e a composição do tecido mamário. Sempre que possível de forma comparativa entre os dois lados, buscando por assimetrias, imagens nodulares, microcalcificações, distorções ou retrações do tecido mamário, dentre outros. Eventualmente, poderá surgir alguma dúvida diagnóstica, sendo necessário incidências adicionais na mamografia, ou mesmo complemento do exame por outros métodos, tal como a ultrassonografia ou ressonância magnética das mamas.

Fonte: Comunicação Interna Unimed Chapecó

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