Simpósio da Unimed Chapecó debate cuidados paliativos

Os cuidados paliativos são fundamentais para fomentar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares durante todo processo de adoecimento de uma patologia grave e que ameace a vida. Para proporcionar uma reflexão acerca da atuação e dos desafios que ainda permeiam esse tema, a Unimed Chapecó promoveu a primeira edição do Simpósio de Cuidados Paliativos. Organizado pelo Centro de Educação Continuada e pela Comissão de Cuidados Paliativos da cooperativa médica, o evento ocorreu no último fim de semana e teve como palestrantes profissionais renomados da área e a presença de um grande público de profissionais da saúde e em formação.

De acordo com a coordenadora da Comissão de Cuidados Paliativos da Unimed Chapecó, a médica oncologista e paliativista Dra. Marcia Kotz, a comissão existe há mais de três anos e um dos principais objetivos é capacitar profissionais que vão atender os pacientes em todos os cenários do adoecimento.

“O Simpósio teve como lema “O ser humano no centro do cuidado”. Ou seja, não ver apenas a doença, mas ter um cuidado integral com o paciente. O profissional médico acaba, muitas vezes, tendo uma visão mais técnica para a doença e nós precisamos também ter como prioridade um olhar para a qualidade de vida, voltado para a pessoa que está ali, sofrendo com uma doença”, frisa Marcia.

Uma das palestrantes do evento foi a médica paliativista com atuação no Hospital SOS Cardio, em Florianópolis, Dra. Lauren Provin. Ela destacou que é importante que hospitais e serviços de saúde incentivem cada vez mais otema dentro do ambiente de trabalho. “É algo que ainda está sendo pouco abordado no âmbito profissional. Precisamos de equipes bem formadas para cuidar dessa geração que está envelhecendo e precisamos também ter atenção para acolher a família. No Simpósio ressaltamos os controles de sintomas, abordagem do sofrimento das pessoas, algo muito importante quando se fala em saúde humanizada”, pontua.

A palestrante explica, ainda, que o aumento na expectativa de vida das pessoas aumenta a prevalência de doenças como as síndromes demenciais, Alzheimer, entre outras, e que os cuidados paliativos são essenciais para garantir que as pessoas possam ter uma vida digna, mesmo com a doença. “Também percebemos um aumento significativo nos casos de câncer e, por mais que hoje possuímos muita tecnologia para abordar e tratar a doença, cada pessoa é única e possui sintomas diferentes. Falências orgânicas, infartos, AVC e doenças cardiovasculares ainda representam a maior mortalidade do mundo, e as pessoas que são por elas acometidas, necessitam de demandas importantes, com os cuidados paliativos”, explica.

Além de atualizações para profissionais que já atuam na área, o Simpósio também proporcionou que estudantes participassem do evento, para um entendimento mais humanizado desde a formação. A acadêmica de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul em Chapecó, Thina Tani Ferreira Vieira,relatou que,desde o início da graduação, o tema sempre lhe chamou atenção. “Participar de eventos como esse me possibilita a experiência necessária para decidir se vou seguir esse rumo em minha carreira profissional. Além disso, vejo como uma oportunidade de aprendizado, para ter uma excelente formação”, completa.

Simpósio da Unimed Chapecó debate cuidados paliativos

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