Postado em 07 de Agosto de 2020 às 16h26

Sebraetec fortalece competitividade em sete cadeias produtivas

Consultorias tecnológicas melhoram processos e inovam em produtos e serviços 

Para promover as potenciais cadeias produtivas da região oeste catarinense o Sebrae/SC realiza o Programa de Consultoria Tecnológica (Sebraetec), nas áreas de leite, apicultura, vitivinicultura, erva-mate, implantação da caprinocultura, ovinocaprinocultura e piscicultura. Por meio do programa, o Sebrae/SC analisa a realidade das empresas rurais, identifica quais processos tecnológicos precisam ser implantados ou aperfeiçoados, e as conecta a um prestador de serviço especializado para atender a demanda.
As consultorias tecnológicas melhoram os processos, produtos e serviços, propõem inovações nas empresas e nos mercados, além de contribuírem para tornar as empresas mais competitivas no mercado e para superarem desafios internos e externos. O objetivo é fortalecer a competitividade dos pequenos negócios, estimulando a transferência de tecnologia entre instituições e empresas para que possam superar limitações e barreiras tecnológicas.
“Observamos a contribuição do Sebraetec ao analisarmos os resultados obtidos no aumento de produtividade, melhoria dos processos de produção e incremento de renda aos empresários rurais. Sem dúvida, o programa tem transformado a realidade do campo por onde as soluções são implementadas”, avalia o gerente do Sebrae/SC nas regiões oeste e extremo oeste Udo Martin Trennepohl.
O Sebraetec disponibiliza serviços para adequação à legislação, redução de custos e conquistas de novos mercados, como serviços metrológicos para ensaios e calibrações, prototipagem de produtos, certificações, consultorias, adequação às normas técnicas, design de comunicação para buscar novos clientes, programas de saúde e segurança no trabalho e eficiência energética.
ATUAÇÃO NO OESTE CATARINENSE
Na cadeia leiteira, os produtores são orientados sobre utilização de técnicas para a gestão da propriedade, aperfeiçoamento da reprodução, melhoria da qualidade do leite e melhoramento genético. Entre as atividades desenvolvidas estão: checklist inicial sobre a gestão da empresa rural, com a utilização de planilhas para análise do custo de produção, além de análises e controle das despesas e receitas; avaliação da área destinada para produção de leite com o planejamento forrageiro para o ano e implantação das Boas Práticas de Produção (BPP).
Segundo o analista técnico do Sebrae/SC, Thiago Dalla Rosa, os produtores de leite também recebem informações sobre o uso do ultrassom no controle reprodutivo; inseminação artificial; implantação de biotécnicas reprodutivas; manejo de ordenha; necessidade de selecionar touros que melhorem os sólidos do leite e observar a longevidade das vacas e da implantação de calendário vacinal para prevenção das principais doenças dos animais.
Na apicultura, a atuação está voltada em viabilizar a atividade como mais uma fonte de renda às famílias. O intuito é orientar os produtores quanto à utilização de técnicas mais eficientes para melhorar a produção e a média por kg/caixa/ano, sugerir adaptações dos equipamentos e materiais utilizados, explicar técnicas de manejo nas colmeias e ensinar a elaboração de um complemento de pastagens apícolas a partir de um calendário anual de floradas de boa produção de mel. As etapas realizadas compreendem: diagnóstico; planejamento; gerenciamento apícola; povoamento de colmeias; alimentação; revisão de inverno e de primavera; manejo de produção; sanidade apícola e melhoramento genético.
Para a produção de uva e vinho o objetivo é aumentar a produtividade dos vinhedos existentes com aplicação de técnicas de adubação e controle de pragas nas videiras; incentivar a instalação de novos vinhedos; melhorar a qualidade dos vinhos produzidos com aprimoramento técnico do cultivo e do processamento da fruta; e desenvolver um projeto de inspeção municipal para esses produtos. Entre os resultados esperados estão: adequação do produto às exigências do mercado; aumento das vendas e do percentual de faturamento; diferenciação do produto; diminuição de desperdícios e dos custos operacionais; geração de empregos e aperfeiçoamento da mão de obra.
Na produção da erva-mate, as consultorias tecnológicas buscam melhorar a produção primária com implantação de boas práticas de produção, controles produtivos e de custos, pois a atividade na região tem se apresentado como boa opção econômica, social e ambiental. As atividades propostas compreendem: diagnóstico atual de cada propriedade; ações corretivas para cada problema; métodos para garantir produtividade e rentabilidade ideais e medias para que o sistema extrativista seja rentável sem agredir o meio ambiente. Segundo Dalla Rosa, espera-se como resultados adequação do produto às exigências do mercado com atendimento da legislação específica, aumento da produtividade e do percentual de faturamento e redução dos impactos ambientais.
Para a implantação de uma nova atividade na região – a caprinocultura – estão previstas orientações sobre práticas de manejo associadas às soluções tecnológicas, como planejamento e gestão dos custos de produção e aquisição de matrizes para formação dos planteis, que exige conhecimentos zootécnicos e características fenotípicas, raciais e morfológicas específicas na produção de carne. Pelo Sebraetec é realizado o mapeamento tecnológico da propriedade para levantar os pontos fortes e fracos e elaborar o plano estratégico de ação individual; planejamento das instalações e infraestruturas necessárias; avaliação zootécnica dos animais para formação do plantel e acompanhamento da produtividade; diagnóstico de gestação por ultrassonografia; adoção de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) para atingir os níveis de eficiência produtiva de forma sustentável; formulação e balanceamento de dietas específicas para caprinos de corte e exame coproparasitológico de fezes para analisar o grau de infecção dos animais do rebanho.
Na ovinocaprinocultura, as atividades estão voltadas ao aperfeiçoamento no sistema reprodutivo atual e na eficiência reprodutiva dos rebanhos, com redução de mortalidade em cordeiros/cabritos, aumento da taxa de desfrute com planejamento dos nascimentos para ofertar animais ao mercado nos períodos da safra e entressafra e ações de controle zootécnico, sanidade, acabamento e rendimento de carcaça. As atividades previstas são de planejamento e gestão da atividade, introdução de tecnologias para obtenção dos resultados no manejo reprodutivo com critérios de seleção de matrizes e borregas, implantação de calendário de vacinação e protocolos sanitários para as principais enfermidades, com exame coproparasitológico, identificação de princípios ativos resistentes e controle dos fatores ambientais que interferem na proliferação de doenças.
As consultorias tecnológicas na área da piscicultura visam introduzir novas formas de produção e padronizar os manejos nutricionais e sanitários – fatores que comprometem a produtividade e elevam a mortalidade. Entre as ações previstas estão aperfeiçoamento dos piscicultores para que atinjam produção em escala comercial, orientações sobre adequações na infraestrutura dos viveiros, melhorias no sistema produtivo, otimização dos manejos nutricionais de acordo com a espécie e do manejo sanitário para controle da mortalidade dos viveiros.

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