Resultados positivos do programa Salto: Aceleradora de MEIs em Itapiranga
Iniciativa, realizada em 2019, contribuiu para que 65% dos participantes tivessem aumento no número de clientes e 55% crescimento no faturamento do seu negócio
Aprimoramento profissional e pessoal de cada microempreendedor individual (MEI), estímulo de suas habilidades empreendedoras e de liderança, o que proporciona crescimento da sua atuação em médio prazo, aumento de renda, geração de novos empregos e, consequentemente, aquecimento da economia. Esse é o propósito do Salto: Aceleradora de MEIs, programa idealizado pelo Impact Hub Floripa em parceria com o Cidade Empreendedora, executado pelas Administrações Municipais e pelo Sebrae/SC.
“Nosso trabalho só é possível devido a gestores públicos e a cidades de visão empreendedora, pois entendem que o desenvolvimento socioeconômico local está relacionado à dignidade e à saúde financeira dos microempreendedores individuais”, afirmou a gestora do Salto no Impact Hub Floripa, Maíra Rodrigues. Em conjunto com os municípios, o programa identifica quem são esses MEIs interessados em crescer, os engaja e os capacita, contribuindo então para a estruturação de seus negócios.
Em 2019, a iniciativa chegou a oito cidades catarinenses: Florianópolis, Tijucas, Tubarão, Indaial, Rio do Sul, Timbó, Concórdia e Itapiranga. Foram cerca de 900 inscritos, dos quais 589 participaram pelo menos da primeira fase e 381 chegaram ao final. O relatório completo com os resultados do Salto/2019 em Santa Catarina está disponível em: http://bit.ly/relatorioSalto2019
Impacto em Itapiranga
O programa contou com total apoio e visão de futuro da Prefeitura de Itapiranga, deixando sua marca de transformação socioeconômica. Os microempreendedores participantes mostraram muita vontade de impulsionar seus níveis de crescimento pessoal e profissional e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento do município.
O suporte do poder público foi crucial para a execução do Salto e esse fato foi reconhecido por aqueles que participaram. Os microempreendedores passaram a ter uma visão mais positiva de sua cidade e a vê-la como impulsionadora para seus negócios: 87% consideram que sua Prefeitura apoia os MEIs na formalização e na capacitação emocional e técnica e 92% consideram como inovadora ou muito inovadora a Prefeitura que apoiou o Salto.
A iniciativa teve 45 inscritos e impactou 26 microempreendedores que chegaram até o final e receberam certificando em Itapiranga. A maioria foi de mulheres (70%), na faixa de 30 a 39 anos, que nunca tinham feito parte de um projeto como este. Na prática, 65% dos participantes tiveram aumento no número de clientes em comparação com o início e fim do Salto. Como consequência, 55% deles apresentaram um crescimento no faturamento e alguns até tiveram que contratar colaboradores para dar conta de mais demandas, gerando novos empregos na região.
“O programa Salto me ajudou bastante a ver o mercado com outros olhos e ver também novas possibilidades, novos serviços e novos produtos. Hoje trabalhamos com uma visão diferente na estruturação da empresa. O Salto me ajudou a entender melhor o meu cliente e tratá-lo de uma maneira diferente. Hoje a gente sabe o que o cliente realmente precisa e assim podemos fazer um trabalho, um atendimento e um produto especial e customizado, nos diferenciando da nossa concorrência”, compartilhou o participante do Salto em Itapiranga, Márcio Kessler.
Salões de cabeleireiro e para tratamentos de beleza, transporte escolar, lojinhas de artigos de vestuário e acessórios, artesanato e bordado, comércio varejista, serviços automotivos são alguns dos negócios dos microempreendedores participantes em Itapiranga. Noventa e um por cento dos participantes consideram que participar do Salto foi importante ou muito importante para ganhar visibilidade, reconhecimento e credibilidade em relação a seus negócios. E, 87% também consideram que foi uma iniciativa relevante para aceleração dos seus negócios e aumentar sua renda.
Além dos microempreendedores, o Salto contou com uma rede de mentores voluntários em Itapiranga, que guiaram os MEIS oferecendo conteúdo, direcionamento e inspiração. Durante o programa, foram realizadas cinco oficinas de capacitação, quatro laboratórios de trocas entre os próprios MEIs e três encontros de mentoria. As principais necessidades dos participantes estavam relacionadas à capacitação e profissionalização do seu negócio e/ou serviço, destacando dificuldades em técnicas de vendas e marketing. Esse foi um dos focos do Salto em Itapiranga.
Em apenas 11 semanas, foram três etapas de aceleração – ou “saltos”, na concepção que dá nome ao programa, com os seguintes temas: 1) Foco no autodesenvolvimento do MEI como empreendedor; 2) Foco no negócio (validação do mercado, modelagem de negócio) e 3) Foco no crescimento (desenvolvimento de planejamento estratégico e metas).
Fonte: Impact Hub Floripa
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