Postado em 18 de Maio de 2020 às 14h29

Previna a Covid-19 em sua empresa!

Infectologista orienta medidas práticas do cotidiano para o enfrentamento da pandemia

Os colaboradores utilizam os equipamentos individuais de proteção (EPI) da maneira correta? As orientações sobre as medidas de prevenção como higiene das mãos são transmitidas de forma clara? Os ambientes precisam ser higienizados com que frequência? A limpeza é feita adequadamente? Neste momento de pandemia as empresas precisam adotar medidas práticas realizadas diariamente para evitar a contaminação de seus funcionários, clientes e familiares com a Covid-19.
As medidas básicas de prevenção são: usar máscara; respeitar a etiqueta respiratória; higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel; limpar frequentemente os ambientes; capacitar os colaboradores sobre as melhores práticas de prevenção; limitar o número de pessoas no local de trabalho; evitar reuniões presenciais; ter um plano de contingência e atentar para funcionários com sintomas respiratórios.
“Os gestores precisam olhar de maneira crítica e técnica para as medidas adotadas de enfrentamento da Covid-19. A vida terá continuidade conforme seus fluxos, contudo essa doença não passará tão rápido. O alerta ao setor empresarial é de não subestimar o impacto da doença, principalmente no longo prazo e o risco que ela traz, além de não superestimar a sensação de segurança de suas empresas”, avisa a infectologista e médica cooperada da Unimed Chapecó, Dra. Carolina Cipriani Ponzi.
As principais dificuldades encontradas, segundo a Dra. Carolina, estão relacionadas à desinformação e à negação. Exemplos disso são o uso equivocado dos equipamentos de proteção individual e de saneantes e desinfetantes para limpeza dos ambientes. Aliados a isso estão a propagação e a crença em fake news e a falta de treinamento e capacitação sobre medidas de prevenção. Quanto à negação por parte da população, a médica explica que ocorre por terem poucos pacientes graves na região e pelos moradores não terem familiares ou amigos doentes com a Covid-19, o que gera uma falsa sensação de segurança.
A máscara deve ser utilizada para cobrir o nariz e a boca, não deve ser retirada para falar com outras pessoas, utilizar o celular ou para tossir. Outro cuidado é evitar tocá-la o tempo inteiro, tirá-la de maneira errada e de colocá-la em superfícies que podem estar contaminadas. “Máscaras para outros fins como aplicação de produtos químicos devem ser evitadas, assim como o exagero de utilizar duas ou três”, reforça a médica.
As luvas, segundo a infectologista, dão uma falsa sensação de segurança, porque ao tocar em diversos objetos e superfícies aumenta o risco de contaminação pelo mau uso do EPI. Quem optar pelo uso de luvas deve evitar o contato com álcool, que degrada o látex. Para a higiene de mãos a recomendação é observar todas as áreas: dedos, unhas, palma, dorso e punho. “Uma boa higiene das mãos leva de 30 a 40 segundos com água e sabão. E não pode ser utilizada uma solução alcoólica tendo sujeiras ou resíduos como talco de luva”, enfatiza Dra. Carolina.
Para higiene de ambientes a orientação é utilizar água sanitária 0,1%, cuidar na diluição e deixar secar na superfície, ou seja, não pode enxaguar ou secar com pano. A direção correta da limpeza inicia sempre pela área mais limpa e segue para a mais suja, sendo do centro do ambiente para as extremidades e de cima para baixo. “O álcool em gel não deve ser utilizado para higienizar superfícies, pois tem um emoliente para a pele, ou seja, é a mesma coisa pegar um creme hidratante e misturar com shampoo para limpar um objeto, não funciona. Outro alerta é para o álcool em gel acendedor de churrasqueira, que não é recomendado para o combate ao Coronavírus, pois na concentração de 80% a 90% o produto é volátil”, expõe. 

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