Postado em 12 de Agosto de 2021 às 16h18

Mamografia após vacina da covid-19: orientação é de que mulheres não adiem o exame de rotina

Unimed Chapecó esclarece dúvidas sobre a combinação de exames de imagem e da imunização 

    Qual a relação dos exames de imagem mamária (mamografia e ressonância) e a vacina da covid-19? A imunização pode causar câncer ou pode induzir a um falso diagnóstico? Em que situações o exame deve ser reagendado? Esses são alguns questionamentos que muitas mulheres brasileiras estão fazendo e levando-as a desmarcarem esse exame de rotina. A mastologista, especialista em radiologia de mama e médica cooperada da Unimed Chapecó, Dra. Estela Regina Eidt, e o radiologista e responsável técnico do Centro de Diagnóstico por Imagem da Unimed Chapecó, Rafael Agnolin, esclarecem que a recomendação é de não adiar o exame e de informar se recebeu a vacina.
    As dúvidas surgiram após o comunicado das Sociedades de Radiologia e Mastologia que recomenda aos vacinados a postergação de quatro semanas para depois realizar o exame de imagem. A indicação ocorreu porque toda vacina provoca uma reação imunológica e pode refletir no aumento do tamanho dos gânglios linfáticos nas axilas – que podem ser indicativos de câncer de mama ou características suspeitas – e confundir a análise dos resultados.
    “Importante deixar claro que nenhuma vacina da covid-19 aumenta o risco de câncer. A recomendação tem por objetivo reduzir falsos diagnósticos. Para evitar isso, o Centro de Diagnóstico por Imagem da Unimed Chapecó incluiu, há alguns meses, em seu questionário realizado antes do exame pergunta referente à vacina. A medida ajuda o radiologista a valorizar ou não a alteração nos linfonodos”, explica a médica.
    A preocupação dos profissionais da saúde vai além dessa interpretação equivocada e da dificuldade técnica. O principal receio é com o atraso no diagnóstico do câncer de mama, que é observado desde o início da pandemia. Levantamentos relevam que 60% da população brasileira não está rastreada para câncer de mama. Isso ocorre porque muitas pacientes deixaram de fazer o exame pelos receios da crise sanitária. Conforme dados do Ministério da Saúde, as mamografias realizadas em mulheres de 40 a 69 anos em Santa Catarina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) reduziu em -53,57% no comparativo de 2019 (89.136) para 2020 (41.385).
    “Isso gera uma inquietação, porque o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo e também a causa mais frequente de morte por câncer no gênero. No Brasil, para 2021 foram estimados mais de 66 mil novos casos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres”, alerta Dra. Estela.
    RECOMENDAÇÃO
    - O exame deve ser realizado, independente da vacina, em caso de alguma queixa na mama. A paciente deve informar aos profissionais da saúde que foi imunizada.
    - O exame deve ser realizado para quem está com o rastreamento anual do câncer (indicado para maiores de 40 anos de idade) atrasado. A paciente deve informar o dia em que a vacina foi aplicada.
    - O exame pode ser programado para depois de quatro semanas da vacina se for de rotina para rastreamento do câncer e se a paciente tiver realizado o procedimento há um ano.
     
     
     

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