Liderança e inteligência emocional foram temas do “Bumerangue de ideias”

Ouvir, falar, trocar e debater. O bumerangue já foi equipamento de caça e de guerra, no entanto, para o Núcleo de Jovens Empresário da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) ele é ferramenta simbólica para fomentar e instigar a vida empresarial. O “vai e vem” da troca entre palestrantes e nucleados está além de compartilhar a história, ressaltar a rotina e abrir espaços para aclarar anseios. A iniciativa foi realizada no Sebo Bar e Antiguidades, nesta semana e contou com dois palestrantes: Ariel Vanquisher e Geni Cristina Gral.

A coordenadora comercial e operacional da empresa Transportes Gral Ltda de Chapecó Geni Cristina Gral é formada em Administração e trabalha diariamente com transportes rodoviários de cargas nacionais e internacionais na empresa da família. A experiência de Cristina começou ainda no ensino médio quando se tornou telefonista da empresa, passou pelo almoxarifado, até chegar ao financeiro. “Amo caminhão, dirijo caminhão, sei o que nossos motoristas passam na estrada. Brinco que nas minhas veias correm óleo diesel”, conta. Para ela, vivenciar cada setor da empresa foi primordial para hoje coordenar as operações.

Outro ponto apontado pela empresária foi o de assumir o legado familiar. A Transportes Gral foi fundada por seu avô, dando continuidade através do pai e, com 56 anos de história, o desejo de Cristina é que a empresa tenha vida longa. "Sou a terceira geração que está lá. Eu sou muito feliz e grata por realizar o meu trabalho todo dia com o meu avô e o meu pai ao meu lado. Todo dia eu aprendo com eles”.

A vida empresarial precisa encontrar equilíbrio. Ariel Vanquisher é empresário, mentor de negócios, advogado e treinador, fundou a Expansioon Club. Vanquisher iniciou a jornada profissional vendendo picolé em frente a um frigorífico de Chapecó. E foi em uma destas grandes empresas que o empresário conheceu novas possibilidades e entrou para a faculdade de Direito. “Eu tive uma formação técnica, tenho cinco pós-graduações e dois mestrados, porém fazer relacionamentos e fazer gestão do meu próprio negócio foram os meus desafios”, relatou.

Com 27 anos de trajetória, Vanquisher se tornou especialista em inteligência espiritual e emocional, criou o Método 4R e o Método Equilibrium para ajudar outros empresários a encontrar estabilidade. “Banco, frigorífico, transportadora, comércio e diferentes áreas. Conheço bem a parte técnica de diversos tipos de negócios, mas para eu vender, me relacionar, para desenvolver um modelo de gestão de negócios o que eu mais precisei foi de conhecimentos relacionais. Somos seres espirituais em uma experiência terrena”, explicou. O empresário tem o propósito de potencializar as qualidades de empresários e novos negócios.

Quando os palestrantes finalizaram foi aberto o tempo para as perguntas e trocas. Uma das questões que chegou para Cristina é como lidar com uma gestão familiar. A empresária relatou que é a única neta que está na empresa e que, em uma decisão difícil, abriu mão de uma empresa própria, no ramo do vestuário, para que a história e o legado da companhia permanecessem na família. Vanquisher respondeu sobre a vontade de desistir que pode aparecer todos os dias, porém o empresário acredita que focando a energia no próprio negócio é possível driblar as adversidades sem perder a identidade.

ASSOCIATIVISMO

O evento Bumerangue de ideias é realizado desde 2013 e para o coordenador do núcleo, Vicente Machado, no encontro é possível analisar os conhecimentos dos mentores convidados e realizar networking entre os participantes. "Por meio deste projeto, proporcionamos aos nucleados interagirem com empresários reconhecidos em Chapecó ou pessoas que são expoentes nas suas áreas de conhecimento," comentou.

A vida empresarial pode ser uma jornada solitária e cheia de desafios, é o que relata a empresária e coordenadora do evento, Carolina Giacomelli. Por isso ela acredita na importância de estar no associativismo e ser parte de realizações como a do evento. “Acredito que todo empreendedor vive algo que é a solidão no empreender, o sentimento de: ‘será que eu vou dar conta?’ É uma montanha-russa de emoções todos os dias e aqui olhamos para o lado e temos um ombro amigo, podemos tirar dúvidas e trocar informações”, ressaltou. A empresária ainda falou como esses momentos recarregam as energias para seguir empreendendo.

Liderança e inteligência emocional foram temas do “Bumerangue de ideias”

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