Liderança com um olhar humanizado para os colaboradores
A mestra em Educação Cleudete Maria Amorim palestrou sobre o tema durante curso realizado neste mês de outubro pela CDL Chapecó
Cleudete Maria Amorin palestrou sobre liderança na CDL Chapecó. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
Em uma realidade tomada pelas soluções da Inteligência Artificial (IA), que respondem rapidamente sobre qualquer assunto, quem são as pessoas que lideram equipes no mundo do trabalho? Para a mestra em educação, Cleudete Maria Amorin, são as mesmas que conduziam seus colaboradores na pré-cultura da IA, mas que não contam com recursos imediatistas e automatizados na ação de liderar. “Nos desafiamos a utilizar e a interagir com as novidades tecnológicas e sistemáticas que nos foram disponibilizadas. São ferramentas que podem nos auxiliar. Mas quem lida com essas facilidades são os mesmos que já estavam aqui antes de todas as modernidades da comunicação, com as mesmas capacidades cognitivas, com ou sem potencial para gerenciar as próprias emoções. Nos aproximamos da IA e nos distanciamos das pessoas. Contudo, é necessário nos aproximarmos. Sem olhar para elas, sem cuidá-las, não formamos novos líderes, tampouco contribuímos para seu desenvolvimento ou as motivamos”, afirmou Cleudete. Liderança foi o tema do curso realizado neste mês de outubro pela CDL Chapecó (Câmara de Dirigentes Lojistas). Para o diretor executivo da CDL, Maurício Duarte, foi uma grande satisfação abordar um assunto que é primordial no bom relacionamento entre os colaboradores das empresas, essencialmente no comércio, onde o contato com os consumidores é diário, e um bom líder é capaz de oferecer os recursos necessários para que essas trocas ocorram da melhor maneira possível. “Reforçar a importância da escuta, do cuidado e da conexão entre as pessoas é um compromisso. Estar ao lado de profissionais como a Cleudete, que trazem sensibilidade e profundidade ao debate, reforça nosso papel na formação de líderes mais conscientes e preparados para os desafios contemporâneos.” Na ocasião, a palestrante reforçou a importância de manter conexões reais, que fogem do universo da internet, e de construir valores e propósitos. “Quando falamos sobre esse assunto, reiteramos nossa capacidade de motivar, incentivar o alcance das metas e inspirar. O ser humano recebe as influências sociais e culturais nas formas de se relacionar e interagir. Um líder também está atento a essas questões e se baseia nos pilares da adaptabilidade, da flexibilidade e da empatia para gerenciar sua equipe.” Outra estratégia indispensável para Cleudete é o autoconhecimento. Antes de liderar, é preciso reconhecer e acolher as próprias emoções. Para ela, líderes conscientes de si mesmos são mais preparados para mediar valores, tomar decisões e lidar com desafios, inclusive os gerados pelo convívio entre diferentes gerações. “O choque geracional é salutar, porque é no conflito, com respeito, que crescemos.” Entre os valores que Cleudete observa que se perderam com o tempo, estão os gestos simples e essenciais de humanidade. “O de olhar no olho, de poder tocar e perguntar: ‘Está tudo bem contigo?’. Estamos distantes e precisamos resgatar o valor da gratidão, pois quando agradecemos, somos agraciados, e quando reclamamos, ampliamos o problema. É preciso reconhecer nossa exaustão e também a que é gerada pelo ambiente de trabalho. Um líder coerente olha para isso com responsabilidade.” Professora há 38 anos, Cleudete se emociona ao perceber o impacto de sua trajetória. “Mais aprendo do que ensino. Desenvolver um curso de liderança e ver ali jovens que aos 14 anos foram meus aprendizes e hoje são grandes gestores é um privilégio. Uma das maiores alegrias de um professor é perceber que seus alunos o superaram. Como dizia Picasso: ‘Há quem veja o sol como uma simples mancha amarela, e há quem transforme uma simples mancha amarela no seu próprio sol’. Eles souberam colorir suas telas.”
O encontro aconteceu neste mês de outubro e integra o cronograma de capacitações mensais da CDL para promover ainda mais conhecimento entre os profissionais do comércio. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
A palestrante abordou a importância de uma liderança humanizada, já que essa é uma ação humana que não pode ser desempenhada pela inteligência artificial. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
Adaptabilidade, flexibilidade e empatia, para Cleudete, são pilares para gerenciar os colaboradores. (Foto: Alessandra Favretto/MB Comunicação)
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