Postado em 15 de Setembro de 2023 às 13h47

IFC discute pescado e segurança alimentar

A CEO do IFC Brasil e Fish Expo, Eliana Panty, observa que a diversidade do consumo de pescado é alta em todo o mundo, uma vantagem para o Brasil (Foto: divulgação).

“Nem mesmo os cenários de incerteza nas cadeias de valor e comércio globais, nem os preços de energia, insumos e rações que têm impactado diretamente nos custos frearam o crescimento da produção de pescados no Brasil. Isso já começa a projetar o país como player global”. A reflexão é da CEO do IFC Brasil e Fish Expo, Eliana Panty, que será realizado na próxima semana de 19 a 21 de setembro, em Foz do Iguaçu (PR).
“Esse crescimento consistente na produção e exportação vem ao encontro de uma crescente demanda mundial por pescados que deve dobrar até 2050, à medida que aumenta também o poder aquisitivo da população. Quanto maior o poder de compra, maior o consumo de proteínas e nesse cenário o peixe nada em águas claras. Com a projeção da FAO de crescimento de consumo, em torno de 5 kg/habitante/ano, está na hora de pensar em como produzir mais e melhor com menor impacto ambiental, pois esse deve ser um fator determinante em várias partes do mundo e também no Brasil”, alerta Panty.
A CEO observa que a diversidade do consumo de pescado é alta em todo o mundo, uma vantagem para o Brasil que tem importantes bacias hidrográficas. “No Brasil tem os peixes amazônicos, peixes da região central do país e a predominância da tilápia no sul. Isso sinaliza que há muitas oportunidades no papel da proteína vinda da água. O relatório da FAO sobre o Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) observa esse crescimento da oferta global impulsionado pela aquicultura, realidade que se expande no interior do País. Cada vez mais os alimentos e a proteína vinda da água representam uma contribuição fundamental para a segurança alimentar e nutricional no século XXI” afirma Panty.
NÚMEROS SURPREENDENTES
No último ano a produção total de pesca e aquicultura atingiu um recorde histórico de 214 milhões de toneladas (178 milhões de toneladas de peixes aquáticos e 36 milhões de toneladas de algas) uma crescente que acende o alerta para futuro do setor. “A produção de animais aquáticos nos últimos três anos, por exemplo, foi 30% superior à média dos anos 2000 e mais de 60% acima da média dos anos 1990. Mas esse crescimento acelerado pede reflexões voltadas para um setor de pesca e aquicultura mais sustentável. Será necessária uma transformação na forma como produzimos, gerimos, comercializamos e consumimos alimentos vindos da água”, reflete Panty.
Os dados mais recentes mostram que peixes e outros alimentos aquáticos contribuem cada vez mais para a segurança alimentar e nutricional. O consumo global de proteína vinda da água aumentou a uma taxa média anual de 3,0% desde 1961 – quase o dobro da taxa de crescimento anual da população mundial – e atingiu 20,2 kg per capita, mais que o dobro do consumo na década de 1960. No Brasil a média de consumo é de pouco mais de 9,5 kg/habitante/ano.
NÚMEROS-CHAVE DO RELATÓRIO SOFIA/2022: 
Produção mundial total de animais aquáticos e algas: 214 milhões de toneladas.
Pesca de captura marinha: 78,8 milhões de toneladas.
Pesca de captura de água doce: 11,5 milhões de toneladas.
Produção animal de aquicultura: 87,5 milhões de toneladas.
CONSUMO E COMÉRCIO:
Quantidade total para consumo humano (excluindo algas): 157 milhões de toneladas.
Valor do comércio internacional de produtos da pesca e da aquicultura: USD 151 bilhões.
EMPREGO E FROTAS:
Total de trabalhadores no setor primário de pesca e aquicultura: 58,5 milhões (21% mulheres).
SOBRE O IFC BRASIL
O presidente do IFC, médico veterinário e ex-ministro da Pesca Altemir Gregolin destaca que “a edição 2023 será muito especial, pois comemoraremos sua 5ª edição como um dos maiores eventos da cadeia de pescado da América Latina. E, evidentemente, a programação também será muito especial e instigante. Contará com mais de 50 conferencistas nacionais e internacionais que abordarão os temas mais pertinentes no contexto atual e sempre com olhar no futuro”.
Correalizado pela Fundep e Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), o IFC Brasil 2023 tem o patrocínio do Sebrae; Itaipu Binacional; Ministério da Pesca e Aquicultura; Copel (Companhia Paranaense de Energia; Fomento Paraná; BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul) e OCEPAR (Organização da Cooperativas do Paraná).
O evento é realizado com o apoio da APEX, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços); ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura); ABCC (Associação Brasileira dos Criadores de Camarão); CAMARÃO BR (Associação Nacional da Cadeia Produtiva do Camarão); Unila (Universidade Federal da Integração) e UFPR (Universidade Federal do Paraná.
Inscrições no site www.ifcbrasil.com.br
O presidente do IFC, médico veterinário e ex-ministro da Pesca, Altemir Gregolin, destaca que a edição 2023 será muito especial (Foto: divulgação).
Evento será realizado na próxima semana de 19 a 21 de setembro, em Foz do Iguaçu (PR) – Foto: arquivo/divulgação. 

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