Postado em 15 de Dezembro de 2022 às 10h26

Encadeamento Produtivo preparou 500 produtores e analisou 5,5 mil vacas em 2022

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O leite é considerado um alimento completo por conter proteínas, fósforo, potássio e zinco, além de ser a maior fonte de cálcio e importante fonte de vitaminas A, D, B2 e B12. Mas você sabia que alguns pontos podem interferir na qualidade deste produto tão consumido no mundo todo? A Aurora Coop – o maior conglomerado de cooperativas do Brasil – e o Sebrae/SC, preocupados em manter o alto nível de qualidade da produção do leite entregue na mesa de muitas famílias, investe e acredita no programa Encadeamento Produtivo.
Em 2022, o maior programa de estímulo ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas ligadas ao agronegócio (aves, suínos e leite), capacitou e preparou 500 produtores que atuam com a atividade leiteira nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Foram mais de 5.500 animais analisados por meio das ações do Encadeamento Produtivo.
O programa, segundo o coordenador do Encadeamento Produtivo na Aurora Coop, Joel José Pinto, prioriza o empreendedor rural e o ajuda a melhorar a gestão das propriedades. “Por meio das atividades desenvolvidas, o empreendedor rural tem acesso a conhecimentos e técnicas para melhorar a organização, avaliar oportunidades e a inserção de inovações. Também oferece informações para análises, avaliações dos problemas e identificação das soluções”, comenta.
SETOR LÁCTEO
Na área do leite, as atividades ao longo do ano foram desenvolvidas com foco no aprimoramento da gestão, da qualidade e da genética nas empresas rurais com o objetivo de ampliar a competitividade, incentivar a cooperação, promover a competência tecnológica e de gestão das empresas rurais, por meio de relacionamentos cooperativos.
A empresa DNA Genética desenvolve o trabalho diretamente com os produtores rurais e os animais. Em 2022, de acordo com o geneticista, Celso Barbiero, foram executados quatro projetos dentro do Encadeamento Produtivo.
São eles: Controle Leiteiro Filhas MGA, Modelo Genético Próprio (MGP), Análise Genômica e Controle Morfométrico das Filhas.
Os resultados obtidos durante o ano foram apresentados nesta semana em evento de encerramento das atividades de 2022. Na oportunidade, foram avaliados os resultados observando aspectos técnicos, de articulação entre as cooperativas e adequação de ferramentas e soluções que são aplicadas no decorrer do programa com foco no fortalecimento da cooperação e do processo produtivo.
Para a realização do trabalho na produção leiteira, 18 técnicos atuaram nos programas, oito em escritório e dez foram a campo. No total foram trabalhadas 12.944 horas e seis empresas foram envolvidas: DNA Genética, Sempre Mais Sistemas de Informática, Zoetis Saúde Animal, Neogen Ouro Fino, Ministério da Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Associação Asturiana de Controle Leiteiro (ASCOL) da Espanha.
PROJETOS
Um dos projetos realizados nas propriedades rurais atendidas pelo Encadeamento Produtivo foi a Leitura DNA das Fêmeas com análises genômicas em 89 propriedades e 764 amostras analisadas.
Os objetivos, conforme Barbiero, foi entender o nível de constituição gênica. Os resultados alcançados foram melhorias na proteína e gordura do leite, diminuição das taxas de doenças genéticas nos animais, correção dos aprumos, sistema mamário e características de estrutura, aumento nos índices de saúde e bem-estar animal.
O segundo projeto, de controle leiteiro mães e filhas MGA ocorreu em 28 propriedades e 168 animais foram analisados com o objetivo de entender o progresso genético nas características de produção e qualidade do leite, a nível de fenótipo, ou seja, genoma e ambiente.
Foram feitas análises diretas das qualidades do leite da mãe e da filha no mesmo ambiente. “O que resultou em progresso genético considerado excepcional pelo período do uso da genética de correção”, destacou o geneticista.
No programa Modelo Genético Próprio (MGP) foram 80 propriedades assistidas e 3.600 animais analisados. O objetivo foi dar atenção diferenciada aos rebanhos dos cooperados do sistema Aurora Coop, ao melhoramento genético de seus animais, onde entende-se que a genética já estabelecida (MGA).
“Consideramos o entendimento dos criadores na introdução deste programa como resultado alcançado. Já em questões físicas sobre melhoramento genético somente poderão ser analisados quando ocorrerem o nascimento dos animais da genética introduzida”, explicou.
O quarto projeto aplicado foi o de análises morfométricas das filhas com 303 propriedades envolvidas e 909 animais mensurados. O objetivo foi buscar dados morfométricos, visando um comparativo dos resultados do genoma x fenótipo, para correções se necessárias junto ao ambiente.
“Entre os resultados atingidos, destacamos significativas diferenças em características de extrema importância para a definição de uma boa vaca leiteira, entre o genótipo analisado e o fenótipo encontrado”, complementou Barbiero.
Conforme o geneticista, os resultados até agora alcançados são excelentes. “A redução de doenças genéticas e a melhoria dos sólidos, por exemplo, impactará na prateleira do supermercado porque o leite terá maior qualidade e isso não muda preço. Além disso, temos a condição de definir um bem-estar animal superior. Se não fosse o apoio do Sebrae/SC não teríamos atingidos os objetivos”, acrescentou.
TRABALHO DE MUITAS MÃOS
O assessor de lácteos da Aurora Coop e presidente do Sindileite, Selvino Giesel, enfatizou que após o período de levantamento da realidade da genética existente nas propriedades rurais atendidas, foi elaborado a genotipagem de quase 10 mil animais.
“Temos um mapa de como está a genética na região de atuação da Aurora Coop e em cima deste trabalho criamos o MGA (Modelo Genética Aurora) baseado nas informações que a genotipagem nos deu, das deficiências e doenças existentes. Foi então que se criou esse modelo genético para corrigir os maiores problemas identificados”.  
Com os avanços, a Aurora Coop realiza atualmente o Modelo Genético Personalizado que analisa a propriedade de forma individual e cria um modelo para cada uma dentro das características específicas. “Esse modelo identifica e corrige os problemas pontuais de cada propriedade com muito mais eficácia”, afirmou.
Outro trabalho realizado por meio do Encadeamento Produtivo é o de controle leiteiro para identificar a evolução em proteínas e gorduras, e em volume de produção. “Isso tem demonstrado que estamos atingindo melhoramento em sólidos, o que reduz o transporte de água e melhora o ganho do produtor em termos de gordura e proteína porque ele recebe por qualidade. Todo esse trabalho, realizado com o Sebrae/SC e demais parceiros, ajuda para definirmos diretrizes e orientações para que o leite produzido tenha boa genética, os empresários rurais conheçam as propriedades e recebam orientações para criar bem os animais”, finalizou Giesel.
PARCEIROS
O “Encadeamento Produtivo Aurora Coop: Suínos, Aves e Leite” é desenvolvido em Santa Catarina com as parcerias do Sebrae, do Senar, do Sescoop, do Sicoob, da Cooperalfa, da Itaipu, da Auriverde, da Coolacer, da Copérdia, da Caslo, da Cooper A1 e da Coopervil. No Rio Grande do Sul, conta com a parceria do Sebrae, do Sicredi, da Cooperalfa, da Cooper A1 e da Copérdia. No Paraná participam o Sebrae, a Cooperalfa, a Copérdia e a Cocari e, no Mato Grosso do Sul, Sebrae, Cooasgo e Cooperalfa.
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