Postado em 04 de Fevereiro de 2022 às 10h52

Encadeamento Produtivo apresenta resultados em gestão, qualidade e genética

Maior programa de estímulo ao desenvolvimento das pequenas e médias empresas ligadas ao agronegócio (aves, suínos e leite), o Encadeamento Produtivo apresentou na 23ª edição do Itaipu Rural Show, em Pinhalzinho, as ações desenvolvidas para o aprimoramento da gestão, da qualidade e da genética. A iniciativa é desenvolvida pela Aurora Coop, pelo Sebrae/SC e outros parceiros e busca ampliar a competitividade, incentivar a cooperação, promover a competência tecnológica e de gestão das empresas rurais, por meio de relacionamento cooperativos.
O Encadeamento Produtivo está estruturado de maneira a priorizar o empreendedor rural, ou seja, auxiliá-lo a aprimorar a gestão das propriedades. O programa oportuniza conhecimentos e técnicas para melhorar a organização do empreendimento, na avaliação de oportunidades e na inserção de inovações. Também oferece informações necessárias para o produtor realizar as análises, avaliar os problemas e identificar as soluções.
MODELO GENÉTICO AURORA
A iniciativa tem como objetivo a tomada de medidas para a correção de características de interesse econômico no rebanho de bovinos de leite das propriedades cooperadas a Aurora Coop, que buscam a melhoria dos quesitos de qualidade do leite e da saúde dos animais, por meio da leitura DNA.
As atividades iniciaram em 2014. O trabalho consistiu na leitura do DNA de 2.500 fêmeas para compreender as necessidades e deficiências dos animais. Com auxílio de um software de gestão foi definida a melhor genética para corrigir os defeitos encontrados com a leitura do DNA. O programa tem como base a tecnologia genômica que analisa as características do animal pelo DNA.
O próximo passo, segundo o geneticista Celso Barbiero, foi monitorar as filhas das primeiras fêmeas analisadas para verificar o progresso genético. “Realizamos o controle leiteiro e a qualidade do leite (sólidos) de mãe e filha no mesmo ambiente. Os resultados são excepcionais na produção do leite, de sólidos no leite, na qualidade, na sanidade, na saúde do rebanho”, relata. Atualmente são acompanhadas mais de 100 mil fêmeas em lactação. A leitura do DNA e controle contempla também as netas.
ESTRESSE TÉRMICO
O estresse térmico afeta os aspectos comportamentais e fisiológicos nas vacas e bezerras e, consequentemente, resulta nas perdas econômicas pela redução na produtividade do leite e na reprodução. De acordo com a consultora credenciada ao Sebrae/SC, Dilma Andretta, o trabalho consiste na instrução para distribuição dos equipamentos de resfriamento, dispersão de água por minuto e verificação da redução da temperatura da vaca e, posteriormente, é feita avaliação dos resultados. Atualmente, são atendidos empresários rurais dos municípios de Galvão, Coronel Martins, Novo Horizonte e Faxinal dos Guedes.
Para mapear os resultados foram treinados, em 2020, os técnicos das cooperativas para inserir termômetro intravaginal. Esse estudo apontou que as vacas no território catarinense sofrem estresse térmico durante 80% do verão. “Esses dados demonstram perdas que variam de 1.500 a 2.000 litros por vaca ano, conforme o nível da produção. Com a implantação do resfriamento é possível zerar essas perdas”, assegura o médico veterinário e consultor credenciado ao Sebrae/SC, Adriano Seddon.
Pelo Programa Encadeamento Produtivo o médico veterinário também visitou 30 propriedades que adotaram o resfriamento e obtiveram bons resultados. “Os empresários rurais mantiveram a produção de inverno durante o verão, bem como a reprodução desses animais. Esse é o melhor investimento que pode ser feito. Apesar de elevado, o produtor consegue pagá-lo no primeiro verão”, explica.
PARCEIROS
O “Encadeamento Produtivo Aurora Coop: Suínos, Aves e Leite” é desenvolvido em Santa Catarina com as parcerias do Sebrae, do Senar, do Sescoop, do Sicoob, da Cooperalfa, da Itaipu, da Auriverde, da Coolacer, da Copérdia, da Caslo, da Cooper A1 e da Coopervil. No Rio Grande do Sul, conta com a parceria do Sebrae, do Sicredi, da Cooperalfa, da Cooper A1 e da Copérdia. No Paraná participam o Sebrae, a Cooperalfa, a Copérdia e a Cocari e, no Mato Grosso do Sul, Sebrae, Cooasgo e Cooperalfa.
 
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