Empresa de Campos Novos é destaque em premiação nacional da CNA
O suíno Moura é uma raça antiga e autóctone presente no Sul há quase 300 anos (Foto: arquivo pessoal).
Caracterizada por valorizar o que Santa Catarina tem de melhor, a Charcutaria Da Quinta, de Campos Novos (SC), foi destaque no “Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023 – Charcutaria”, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Academia da Charcutaria. A iniciativa reconheceu os melhores salames artesanais (tipo italiano) e a empresa catarinense conquistou a 4ª posição com um de seus produtos mais apreciados.
Juntos há cerca de 15 anos, os químicos apaixonados por gastronomia, Rafael Brognoli Reccoe Gabriela, apostaram na própria charcutaria artesanal no ano de 2021, após retornarem do estágio doutoral na Espanha. A inspiração veio de técnicas que conheceram na Europa e as receitas autorais de produtos clássicos priorizam os insumos, a identidade local e a produção de forma antiga e tradicional.
De acordo com o empresário, a escolha do suíno da raça Moura representa uma celebração à história de Santa Catarina. Os animais são criados em harmonia com a preservação ambiental, manejo proveniente da mão de obra local e alimentação diferenciada. “Acreditamos que é possível entregar um produto com arte na origem agregando, não somente valor ao produto final, mas também à história local”.
Rafael explica que o suíno Moura é uma raça antiga e autóctone presente no Sul há quase 300 anos. O microclima da região dos altos da serra catarinense propicia condições ideais de umidade, temperatura e ventos para a elaboração de produtos de longa maturação e embutidos. “Além disso, sempre que possível utilizamos insumos provenientes de agricultores e produtores regionais, visando o fortalecimento de toda a cadeia produtiva. Nossa inspiração veio das charcutarias das terras dos imigrantes, no entanto, não deixamos de lado a autenticidade regional catarinense”.
Outro aspecto altamente priorizado é seleção dos ingredientes. As carnes, os temperos e os aromas naturais são cuidadosamente selecionados para realçar as propriedades das matérias-primas. O vinho utilizado como ingrediente em alguns produtos é originado da Vinícola Monte Vecchio, de Tangará – região conhecida pela produção de vinhos de altitude e variedade regional denominada casca dura.
O açúcar mascavo de alta qualidade vem de uma região produtora de cana-de-açúcar – o município de Celso Ramos. Para defumação natural, a Charcutaria Da Quinta utiliza as podas de árvores frutíferas do vilarejo como laranjeiras, macieiras, pessegueiros e nogueiras, respeitando sempre o período de poda apropriado. O carvão utilizado no processo de defumação é proveniente de uma carvoeira local, situada no interior do Distrito de Bela Vista.
“Apreciamos o trabalho dos pequenos produtores e dos artesãos, ou seja, daqueles que atuam com arte na origem, respeitando a natureza. Também valorizamos quem cuida bem dos animais e os que perpetuam a maneira de produzir de forma antiga e tradicional”, explica Rafael.
O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta o profissionalismo da Charcutaria De Quinta e realça que a empresa conquistou excelente posição na premiação nacional. “Gostaria de cumprimentar os empresários e toda a sua equipe pela bela história e pelo cuidado criterioso no processo produtivo, garantindo a entrega de um produto de qualidade ao consumidor”.
PRÊMIO CHARCUTARIA
Sete produtores chegaram à etapa final do concurso da CNA, em parceria com a Academia da Charcutaria. Focado nos pequenos e médios produtores, o prêmio é organizado em três etapas de seleção e classificação dos melhores salames brasileiros, sendo: etapa de júri técnico, etapa de júri popular e análise da história do produto. Além do reconhecimento da marca através do Selo do Prêmio CNA Brasil Artesanal, os primeiros colocados recebem premiação em dinheiro.
O concurso contou com um grande número de inscrições e teve a participações de oito estados: Bahia, Tocantins, Rondônia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A premiação é uma iniciativa do Programa Nacional de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA para valorizar os pequenos e médios produtores rurais, com foco na profissionalização da atividade e na agregação de valor dos alimentos que produzem.
Os animais são criados em harmonia com a preservação ambiental, manejo proveniente da mão de obra local e alimentação diferenciada (Foto: arquivo pessoal).
Etapa de aplicação da sugna, do italiano significa sebo. Nessa fase é feita uma pasta para proteção da carne que está exposta ao ambiente (Foto: arquivo pessoal).
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