Postado em 14 de Maio às 10h45

Educação científica impulsiona jovens da Escola SESI de Chapecó para a FEBIC 2025

Dois projetos foram selecionados para a Feira Brasileira de Iniciação Científica

A Escola SESI de Chapecó vivencia essa realidade ao ter dois projetos selecionados para a etapa virtual da Feira Brasileira de Iniciação Científica. (Foto: Divulgação) 

            A educação científica tem se revelado um pilar estratégico na formação de jovens preparados para os desafios do século XXI. A Escola SESI de Chapecó vivencia essa realidade ao ter dois projetos selecionados para a etapa virtual da Feira Brasileira de Iniciação Científica – FEBIC 2025, neste mês, em um dos eventos científicos mais relevantes do Brasil, voltado à educação básica.
Os projetos participarão da Fase Virtual da FEBIC entre os dias 23 de junho e 4 de julho, sendo apresentados em salas virtuais e avaliados por bancas especializadas. Caso classificados, seguirão para a Fase Presencial, em Joinville (SC), de 8 a 12 de setembro, onde terão a oportunidade de defender suas pesquisas e concorrer a credenciais para eventos científicos nacionais e internacionais.
            Desenvolvidos no contexto do programa interno de Iniciação Científica da escola, os projetos são resultados de uma proposta pedagógica que valoriza a formação por competências, o protagonismo juvenil e a ciência aplicada como instrumento de transformação social. “A escola investe com seriedade nesse processo, oferecemos bolsas remuneradas aos estudantes pesquisadores, garantimos condições efetivas para o desenvolvimento das investigações”, explicou o coordenador de Educação Básica na Regional Oeste e Extremo Oeste do SESI e SENAI, Márcio Gonçalves da Rosa.
TRABALHOS SELECIONADOS
“Como fatores sociais e ambientais desencadeiam no diagnóstico de autismo”, de autoria de Guilherme de Lima, que explora como questões estruturais como desigualdade de renda, acesso à saúde e suporte escolar impactam diretamente o tempo e a qualidade dos diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa propõe um olhar empático e sistêmico sobre inclusão, além de alertar para a necessidade de políticas públicas mais equitativas e sensíveis às realidades sociais brasileiras.
“O impacto da ebulição global sobre as minhocas (Eisenia fetida)”, desenvolvido por Alan Luiz Zanandréa Daga e Rebeca Eloah Rossi, com orientação da professora Francieli Delázeri, analisa os efeitos do aumento da temperatura do solo sobre o comportamento e a fisiologia das minhocas. A pesquisa simula as condições impostas pelas mudanças climáticas, utilizando sensores e experimentos controlados, e evidencia como esses organismos, essenciais para a fertilidade do solo, reagem a ambientes extremos. Os resultados revelam alterações no comportamento, migração vertical e sensibilidade à umidade, contribuindo para a ciência ecológica e a preservação dos ecossistemas terrestres.
Segundo o coordenador de Educação Básica, para a Escola SESI de Chapecó, fomentar a cultura científica no Ensino Médio é mais do que uma estratégia pedagógica, é uma escolha ética, institucional e social. “Em um mundo em rápida transformação, onde profissões tradicionais se reinventam e novas ocupações surgem a partir de demandas ambientais, tecnológicas e humanas, preparar os estudantes para lidar com a complexidade é essencial”, frisou. Acrescentou ainda que quando os alunos são apoiados para pesquisarem temas como o impacto da crise climática no solo ou os desafios do diagnóstico do autismo, “estamos dizendo que a ciência tem um propósito: melhorar a vida das pessoas e cuidar do planeta”.
A participação na FEBIC vai além de uma competição. É uma oportunidade de dar visibilidade à produção científica de jovens que estão atentos às urgências do seu tempo, como o colapso ambiental e a necessidade de políticas inclusivas, e que encontram na escola o espaço para transformar inquietações em conhecimento e aprendizado em ação. “A ciência na escola tem que dialogar com a realidade. Os nossos alunos estão mostrando que é possível fazer pesquisa com profundidade, rigor e relevância já no Ensino Médio”, reforçou a professora Francieli.
O programa de Iniciação Científica é estruturado com acompanhamento docente especializado, recursos tecnológicos de apoio e uma política de bolsas que valoriza o tempo e a dedicação dos estudantes. A pesquisa científica, portanto, é vista como um componente central da formação cidadã e profissional dos alunos do SESI.
 
 
 

Os projetos foram desenvolvidos no contexto do programa interno de Iniciação Científica da escola. (Foto: Divulgação) 

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