Postado em 22 de Junho de 2020 às 17h49

SESI E SENAI de Chapecó farão testes para Covid-19

Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas receberá laboratório de biologia molecular para a realização de testes RT-PCR e as farmácias do SESI já estão fazendo testes rápidos

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) está implantando um laboratório de biologia molecular no Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas em Chapecó para a realização de testes de diagnóstico RT-PCR, que detecta o novo coronavírus. O anúncio foi feito nesta semana pelo gerente executivo do SESI/SENAI nas regionais Oeste e Extremo Oeste e gerente executivo de Tecnologia do SENAI/SC, Geferson Luiz dos Santos.
O tema foi abordado em reunião da Vice-Presidência Regional Oeste da FIESC com os sindicatos patronais das indústrias filiados à entidade. O encontro foi presidido pelo vice-presidente regional Oeste Waldemar Antônio Schmitz e contou com a presença dos dirigentes do Simovale, Sindiplasc, Sicomai, Sinduscon, Sindialimentos, Simmex, Sicec e Simec.
O RT-PCR utiliza técnicas de biologia molecular para detectar se o vírus SARS-CoV-2 está presente no corpo. De acordo com Santos, a capacidade será de 4.200 testes por mês, com possibilidade de ampliação para até 8.600 testes mensais. “Estamos iniciando as reformas necessárias para a implementação desse serviço e adquirindo os equipamentos”, informou. O investimento inicial será de R$ 1,8 milhão.
Os recursos para o projeto foram aprovados no Edital de Inovação na Indústria, via SENAI Nacional. São recursos do BNDES que estavam previstos para serem investidos em Florianópolis. Porém, o diretor regional do SENAI/SC, Fabrizio Machado Pereira, articulou a mudança para que o investimento fosse feito no Oeste. “É uma grande vitória para a região. Nesse momento, serão atendidas as necessidades em função da pandemia, mas o laboratório ficará em Chapecó e no futuro oferecerá serviços especializados para área de alimentos. O Oeste é o berço da agroindústria e merece o investimento”, comenta Santos. A intenção é consolidar a região como centro de referência nacional de alimentos.
O laboratório integrará o novo Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, cuja construção foi anunciada em 2019 pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. O novo centro de referência em tecnologia na área de alimentos será construído em Chapecó pelo SENAI com investimento da ordem de R$ 20 milhões. Estará em terreno pertencente à FIESC e localizado na Rua Osvaldo Cruz, no bairro São Cristóvão.
O futuro centro potencializará uma série de serviços e produtos, incluindo ensaios em pescados, sanidade animal, bebidas com leveduras, cromatográficos, alergênicos, toxidade e de metais em produtos de carne. Fará, também, o desenvolvimento de formulações e de novos produtos, rotulagens, consultorias Food Defense, para certificação halal e para validação térmica de estufas de cozimento, ensaios de grãos e laboratório de leite.
TESTES RÁPIDOS
O SESI está iniciando a atuação nas duas modalidades de testes para Covid-19: os testes rápidos e os RT-PCR. O gerente executivo regional explica que a diferença entre os testes é que o PCR é mais sensível e deve ser feito entre o terceiro e o oitavo dia de contágio. O teste rápido, imunológico, identifica o vírus após o oitavo dia de contágio. “Dependendo do dia em que é feito, pode dar um falso/positivo, por isso é importante o acompanhamento de um profissional de saúde”, alertou Santos. Para as indústrias, os preços são diferenciados. O SESI também pode fazer a aplicação dos testes na empresa.
SOLICITAÇÕES DA INDÚSTRIA
Durante a reunião da Vice-Presidência Regional Oeste, os dirigentes dos sindicados patronais filiados à FIESC falaram das estratégias que estão adotando para o enfrentamento da pandemia e também das dificuldades. Entre os problemas do momento está o acesso ao crédito e as incertezas causadas pela crise sanitária. Os sindicatos estão atuando junto às indústrias para buscar soluções e implementando ações para contribuir com as empresas. “Fizemos uma pesquisa que identificou as dificuldades. Levaremos as demandas para a presidência da FIESC para buscar alternativas para resolver ou, pelo menos, amenizar os problemas”, argumentou Waldemar Schmitz, ao acrescentar que o momento é para reaprender e inovar.

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