Postado em 15 de Setembro de 2020 às 16h56

Discopatia degenerativa reduz flexibilidade e elasticidade para absorver impacto

Fibrose (endurecimento), redução do espaço intervertebral (achatamento), diminuição da espessura do disco, abaulamento discal (aparência curva) e osteófitos (crescimento de pequenas estruturas ósseas nas vértebras da coluna). Essas são algumas das características da discopatia degenerativa, que apesar de não ser propriamente uma doença, se refere a uma alteração normal que ocorre nos discos intervertebrais pela desidratação do disco, fissuras ou rupturas em função do sedentarismo, traumas, excesso de esforço físico e envelhecimento.
Em alguns casos, segundo o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, a alteração pode apresentar sintomas similares aos de uma Espondilite Anquilosante (inflamação nas vértebras). Em outros, principalmente em pessoas mais jovens, não há sintomas, com a identificação apenas por exames de imagem (ressonância magnética ou tomografia computadorizada). “A discopatia degenerativa pode resultar em dores no pescoço ou nas costas, além de osteoartrite e hérnias de disco”, explica.
O médico comenta que se o disco afetado estiver na região do pescoço, os sintomas podem incluir dores cervicais ou no braço. Se a dor for na região inferior da coluna, o paciente pode apresentar dores lombares, nas nádegas ou nas pernas e ainda dormências nos membros. “Independente do caso, a tendência é a dor piorar com os movimentos de flexão e de extensão da coluna, como por exemplo, se abaixar para amarrar um cadarço ou se esticar para pegar um objeto em local mais alto”, exemplifica Reichmann.
O envelhecimento causa uma perda significativa do conteúdo líquido dos discos, ocasionando a diminuição da capacidade amortecedora, da espessura dos discos e da distância entre as vértebras. Esse processo natural resulta na redução da flexibilidade e da elasticidade e se caracteriza pelo desgaste das cartilagens e do enfraquecimento das articulações.
A aproximação entre as vértebras provoca a instabilidade da coluna vertebral que tende a ser compensada pelo organismo por meio da formação de pontes ósseas (osteófitos), que pressionam as raízes nervosas ou a própria medula, provocando dor e comprometendo as funções do nervo afetado. “O risco de apresentar discopatia degenerativa é mais frequente em pessoas que fumam, que executam trabalhos com sobrecargas de peso e obesas”, alerta o médico.
Para os pacientes sem sintomas e sem hérnia de disco a recomendação, segundo o médico, é de preservar a coluna, mantendo postura adequada ao caminhar, sentar, deitar, dormir e permanecer de pé. Também é importante evitar esforços físicos e levantar objetos pesados. Reichmann explica que para os pacientes que sentem dor são indicadas para o tratamento compressas frias ou quentes, administração de anti-inflamatórios, alongamentos, fisioterapia e cirurgias.

Veja também

Voltar para (Blog)