Dicas de introdução alimentar para mães de primeira viagem
Médica pediatra da Unimed Chapecó fala sobre os principais desafios nessa fase
Dra. Margarida Alba Winckler, médica pediatra e cooperada da Unimed Chapecó (Foto: Arquivo Pessoal).
É normal que as mães de primeira viagem tenham inúmeras dúvidas sobre a alimentação do seu bebê. As preocupações e novidades acontecem em sua vida ao mesmo tempo e é comum ter questionamentos como: o que fazer? quando fazer? como fazer?
São inúmeros sites com informações que não condizem com a realidade, além dos parentes e amigos, que sempre gostam de palpitar. Para auxiliar as mamães, a pediatra e médica cooperada da Unimed Chapecó, Dra. Margarida Alba Winckler, elenca algumas orientações importantes.
“Até os seis meses de vida, as crianças devem preferencialmente tomar leite materno. Na falta dele, suplementar com fórmula adaptada para a faixa etária. A partir desta idade, se mantém aleitamento materno ou fórmula, também chamada de número dois, e deve-se começar a introdução alimentar”.
INTRODUÇÃO ALIMENTAR
Para começar a introdução alimentar, Dra. Margarida explica que devem ser oferecidas frutas da estação para a criança de 10 a 14 vezes ao dia, num período de duas semanas, para que a criança se habitue e aceite a nova alimentação. É fundamental incluir uma refeição contendo um nutriente de cada grupo alimentar. Não deve faltar proteína de origem animal, como frango, carne, peixe ou ovo, carboidratos como batata, polenta, arroz, mandioca, massa e aveia, e os legumes podem ser oferecidos um ou dois por refeição, como cenoura, chuchu, brócolis, abobrinha, couve, tomate e beterraba.
A pediatra complementa que a família das leguminosas (feijões, grão de bico e ervilha) devem ser introduzidas na forma de grão amassado e não somente em caldos e sopas. É importante adicionar 1/2 colher de óleo vegetal à papinha como fonte de gordura, para completar as calorias e facilitar a absorção das vitaminas lipossolúveis da dieta. Os óleos vegetais mais recomendados e com alto teor de ômega três são os de canola e de oliva. Não é indicado usar adição de sal e condimentos industrializados nas papinhas das crianças antes de um ano de idade.
“O bebê tem maior facilidade em aceitar alimentos que fazem parte do cardápio da mãe durante a gestação. A recomendação é oferecer o mesmo alimento para a criança em horários diferentes, respeitando a fome para que ela aceite os alimentos de maior resistência. É importante lembrar que o bebê come se está com fome, então, a mãe necessita deixar cerca de três horas sem dar leite materno, para que a fome chegue e ele tenha interesse pelo alimento”, explica.
Conforme Dra. Margarida, não se deve oferecer açúcar, sal e leite de vaca in natura antes de um ano de idade. Os alimentos industrializados devem ser evitados ao máximo durante toda a infância.
HÁBITOS DURANTE AS REFEIÇÕES
Ela ressalta, ainda, que se a criança aprende a sentar-se à mesa com a família, desperta a curiosidade para experimentar todos os alimentos. É muito importante, também, evitar refeições em frente à TV ou celular para não tirar a atenção da alimentação.
“Recomenda-se suplemento com vitamina D e Ferro para todas as crianças até os dois anos de idade. Demais vitaminas devem ser suplementadas sob orientação médica, conforme a necessidade, priorizando uma alimentação bem variada e colorida, que ofereça todo o aporte nutricional que a criança precisa para crescer saudável”, salienta.
O aprendizado do paladar ocorre até os quatro anos de idade, juntamente com o desenvolvimento neuropsicomotor. Dra. Margarida ressalta que, para que esse processo ocorra adequadamente, é necessário que a criança esteja bem nutrida. O que ocorre, muitas vezes, é que os pais fazem introdução alimentar correta, porém, no segundo ano de vida, após a criança desenvolver a fala, deixam que ela escolha os alimentos, que na maioria das vezes seguem sua preferência de paladar, levando a seletividade alimentar.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA TODA A VIDA
Respeite a fome da criança. Se ela não está aceitando comer, faça uma avaliação para afastar algum problema de saúde e se está se desenvolvendo adequadamente;
Dê bons exemplos de alimentação saudável;
Evite ao máximo a introdução de alimentos industrializados;
Não force a criança a comer;
Não ofereça refeições em frente a TV ou celular;
Petiscos fora de hora são o principal vilão na falta de apetite nas refeições;
Varie o cardápio, não deixe as refeições monótonas;
Quanto mais colorida a refeição, mais saudável;
Dê preferência para alimentos regionais da estação;
Faça acompanhamento com seu pediatra regularmente.
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