Postado em 20 de Agosto de 2021 às 16h23

Chapecó quer 3 cursos de engenharias no campus da UFFS

Oeste de SC pede cursos para estimular a economia na única universidade pública gratuita da região

         A criação dos cursos superiores de engenharia civil (com ênfase em infraestrutura), engenharia elétrica e engenharia de telecomunicações no âmbito do Campus de Chapecó da Universidade Federal Fronteira Sul – UFFS – está sendo reivindicada pelo Conselho Comunitário com amplo apoio da sociedade civil e das entidades empresariais.
         O presidente do Conselho Comunitário, Lenoir Antonio Broch, enfatiza que os projetos e estudos que fundamentam a necessidade dos três cursos já foram discutidos e aprovados na esfera do CC do Campus de Chapecó.
         “Esse é um grande anseio da comunidade regional envolvente”, asseverou Broch, apontando que essa reivindicação tem o apoio da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (SICOM), da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e do Centro Empresarial de Chapecó (CEC), que reúne 16 sindicatos patronais. Diversos sindicatos laborais também defendem a importância desses cursos, cuja criação a Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul aguarda desde a década de 1990.
         A criação dos novos cursos atenderá a uma demanda oriunda de setores em crescimento explosivo por recursos humanos qualificados nessas três áreas da engenharia. É o caso da construção civil que, apesar da pandemia e das sucessivas crises dos últimos seis anos, manteve elevadas taxas de crescimento, tornando Chapecó o polo desse segmento em Santa Catarina.
         Situação semelhante vive a agroindústria de processamento de carne (das cadeias produtivas da avicultura industrial e da suinocultura industrial), de leite e de grãos, bem como todo o encadeamento produtivo agregado que representa milhares de empresas. As indústrias metalúrgicas, metalmecânicas, madeira-móveis etc., bem como a crescente indústria da área de tecnologias de informação e comunicação – todas com necessidade de pessoal com formação específica – fundamentam e justificam a criação das engenharias cujos cursos são propostos.
         Broch expôs que durante o processo de discussão e aprovação dos projetos dos três cursos de engenharias ficou patente que o Campus de Chapecó da UFFS conta com uma excelente infraestrutura de laboratórios e corpo docente, exigindo, por conseguinte, baixos investimentos na aquisição de equipamentos ou na contratação de professores para sua implantação.
         JUSTIFICATIVA
         As universidades fundacionais de regime comunitário – como a Unoesc e a Unochapecó – mantêm alguns desses cursos, mas não conseguem oferecer gratuidade porque não são custeadas pelo Poder Público. Assim, no âmbito da UFFS, esses seriam os primeiros cursos de engenharias oferecidos em uma instituição de ensino pública, portanto de forma integralmente gratuita.
         Os novos cursos fortalecerão a UFFS como a primeira instituição de ensino superior federal do grande oeste catarinense. Manterão interface com os cursos já existentes, como Ciência da Computação, Engenharia Ambiental e Sanitária, Matemática (licenciatura), Administração e Agronomia. Por outro lado, permitirão formar uma massa crítica para elaboração de estudos e projetos nas áreas de transporte, logística, saneamento, energia, telecomunicações, entre outros.
 O Rio Grande do Sul tem três campi dessa universidade e o Paraná, dois. Como único campus de Santa Catarina, seu fortalecimento deve ser uma prioridade de toda a sociedade regional envolvente. Nesse aspecto, é de extrema importância a atuação de estruturas – como o Conselho Comunitário – que fomentem a interface entre a instituição universitária e o mundo econômico. É um mecanismo que possibilita a percepção das necessidades e demandas de serviços de conhecimento do setor produtivo e da sociedade em geral. Dessa forma, a região e todos seus agentes econômicos podem se tornar mais competitivos, condição que beneficia todo o conjunto da sociedade com geração de riquezas, criação de postos de trabalho, arrecadação tributária etc.
Lenoir Broch espera a compreensão e o apoio da comunidade acadêmica porque, para a criação dos novos cursos efetivamente avançar será necessária a aprovação por outros dois colegiados – o Conselho Estratégico e o Conselho Universitário (Consuni).
 
 
 

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