Postado em 11 de Setembro de 2019 às 17h11

Cervicalgia provoca desconforto e limitação dos movimentos

Incômodo para desenvolver tarefas do cotidiano como digitar, dirigir e até mesmo para assistir televisão são sinais de advertência para a cervicalgia, comenta o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, ao explicar que essa patologia pode afastar muitas pessoas do trabalho e de atividades físicas.
Entre os sintomas estão espasmos musculares nas regiões cervical e supraescapulares; redução da amplitude de movimento de rotação; dor que inicia na nuca e abrange para a região supraescapular, interescapular e couro cabeludo; sensação de peso nos ombros e parte alta das costas, que pode ser acompanhada de ardência; formigamento e fraqueza nos ombros e braços.
Em função do desconforto causado pelas dores os pacientes costumam adotar uma postura de defesa e rigidez dos movimentos, com redução na mobilidade do pescoço e tensão durante o toque da musculatura, que pode abranger a região do ombro. Em casos mais graves a dor é forte e limitante com o registro de alterações da sensibilidade e da força muscular dos braços e até mesmo modificações dos reflexos musculares no punho, cotovelo e ombro.
Pacientes com cervicalgia, mesmo com desconforto, precisam se manter ativos, realizar exercício leves na região do pescoço e evitar ao máximo permanecer de repouso absoluto. Segundo Reichmann, o sedentarismo e o tabagismo favorecem as ocorrências de dores cervicais frequentes e com maior duração. “Uma opção para alívio rápido e temporário da dor é aplicação de calor no local, até porque o efeito da medicação pode levar alguns dias. Logo que os sintomas melhorarem oriento que os pacientes façam atividades de baixo impacto, a exemplo de caminhada. Contudo, em caso de novos sintomas como febre, alteração do ritmo ou intensidade da dor é necessário retornar para uma reavaliação”, comenta.
O médico ortopedista e traumatologista indica que pacientes com cervicalgia devem evitar posturas que implicam flexionar a cabeça por longos períodos, como na frente de computadores, televisores ou durante a leitura. Reichmann também alerta para o procedimento correto de atender o telefone, evitando a inclinação lateral da cabeça e a elevação do ombro, utilizando como apoio do aparelho a cabeça e o ombro. “A posição para dormir também deve ser observada, assim como o tipo do travesseiro e do colchão, que podem provocar dores na região do pescoço e da nuca”, complementa.
Para finalizar, Reichmann aconselha medidas para prevenir as dores na cervical. “Prefira dormir de barriga para cima ao invés de bruços, evite ler na cama apoiado por travesseiros, para utilizar o computador mantenha o topo da tela na altura dos olhos e regule o encosto do banco do carro para que a curvatura se encaixa na cervical”, conclui. 

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