O que é o ozônio? Quais são seus benefícios à saúde? De que maneira pode ser utilizado? Essas dúvidas são esclarecidas pelo médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, que enfatiza que esse gás tem muitas aplicabilidades.
O ozônio é o único gás que filtra a radiação ultravioleta do tipo C (UV-C), o UV-A e o UV-B passam pela camada da atmosfera, sendo que a UB-B é a radiação que produz a vitamina D3 e é benéfica ao ser humano e a UV-A é nociva, causando câncer de pele, catarata e envelhecimento precoce.
De acordo com Reichmann, na estratosfera o ozônio é formado a partir da interação da radiação ultravioleta com a molécula do oxigênio (O), quebrando-o em dois átomos de oxigênio. Assim, o átomo de oxigênio liberado une-se a uma molécula de oxigênio (O2), formando o ozônio (O3). Na medicina esse processo é feito pelos geradores de ozônio (equipamentos usados na terapia).
“A molécula do ozônio é altamente instável porque deseja retornar a ser O2. Nessa transformação que pode levar até 40 minutos o oxigênio liberado se torna uma terapia oxidativa e oxigenadora, sendo: antiviral, antifúngico, antimicrobiano; além de inativar células doentes, ativar o sistema imunológico e aumentar a proteção com antioxidantes”, relata Reichmann.
Ainda entre os benefícios estão a eficácia para problemas vasculares periféricos evitando a amputação do membro afetado; combate problemas cardiovasculares e arteroscleroses; reduz os índices de diabetes por normalizar a glicemia; alivia a dor da angina e melhora a circulação sanguínea; reduz e até elimina dores crônicas. O uso externo é eficaz no tratamento da acne, de queimaduras, úlcera na perna, feridas, eczema e outros problemas de pele, pois acelera a cicatrização.
O médico ortopedista e traumatologista destaca que o ozônio possui diversas utilizações, como por exemplo: o seu uso em piscinas substitui o cloro, que é uma substância que pode causar hipotireoidismo; no transporte de frutas é feita a exposição ao ozônio para diminuir o número de bactérias e parasitas e muitas indústrias utilizam para aumentar a vida útil de seus produtos. Além disso, na veterinária é amplamente usado para tratamentos de feridas expostas, com água, óleo, soro ou sangue ozonizado.
O ozônio pode ser aplicado ao passar óleo ou água ozonizada no local, subcutâneo, endovenosa, intramusculuar e intra-articular. “No Brasil, o tratamento é autorizado pela Anvisa, liberado pelo Sistema Único de Saúde, porém não está aprovado pelo Conselho Federal de Medicina. Várias especialidades utilizam como odontologia, fisioterapia e enfermagem. Acredito que esta terapia veio para ficar, há algumas restrições por falta de evidências científicas no Brasil, mas será utilizada por quase todas as especialidades, pois tem fins terapêuticos interessantes”, complementa.
O ozônio é liberado em 13 estados norte-americanos, praticamente em toda a América Latina (com ressalva do Brasil), em Cuba, na Europa e na Ásia.
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