Unimed Chapecó capacita equipes de saúde para dar suporte às mães no pós-parto
O leite materno é o único alimento completo, que traz todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê e para prevenção de doenças nos primeiros meses de vida. Com o objetivo de qualificar as equipes de saúde para o atendimento das mães e seus filhos no pós-parto, bem como orientá-las e incentivá-las para a amamentação, a Unimed Chapecó promoveu, no último fim de semana, a palestra “Como melhorar as taxas de aleitamento materno exclusivo”. A temática foi abordada pela médica pediatra especialista em gastroenterologia, Dra.Margarida Alba Winckler e reuniu as equipes de enfermagem da maternidade, centro obstétrico e UTI Neonatal, no auditório Dr. Valmor Lunardi, da cooperativa médica.
O aleitamento materno traz benefícios para as crianças, às mães e suas famílias. Para as crianças porque passa pelo leite imunoglobulinas e anticorpos que as protegerão de doenças até que seja feito o cronograma vacinal. Bebês que mamam no peito têm muito menos infecções respiratórias, incidência de diarreias e quando ocorrem doenças a resolução é mais rápida, pois respondem melhor ao tratamento. “Atualmente, vivemos um período de elevada ocorrência das alergias alimentares, que podem ser prevenidas apenas com o leite materno. Trabalhos mostram também que crianças amamentadas ao seio materno têm menos risco de obesidade e dislipidemia. São raras as contraindicações, a exemplo de a criança ter alguma doença metabólica, da mãe transmitir alguma enfermidade ou estar em tratamento específico como quimioterapia ou radioterapia”, explicou Dra. Margarida.
Para a mãe os benefícios de amamentar estão relacionados à prevenção do câncer de mama, do câncer de ovário e de osteoporose, além de contribuir na recuperação pós-parto, reduzir o risco de sangramento pós-parto. “Estudos revelam o aumento de casos de câncer de mama e aborda-se apenas a importância do diagnóstico precoce para um tratamento eficaz. A única alternativa documentada realmente para prevenção é a amamentação”, complementou a doutora.
No ponto de vista da família o aleitamento materno promove a harmonia no lar por oferecer suporte emocional para o bebê e sua mãe, ao estreitar o vínculo e ampliar o afeto. “Sabemos que muitas famílias não têm o suporte dos avós neste processo, por morarem longe, por isso o papel do pai é fundamental para fortalecer a mãe, apoiá-la e auxiliar na amamentação”, enfatizou.
Segundo Dra. Margarida, não há pesquisas recentes que mostrem as taxas de aleitamento materno no Brasil. Observa-se que, independente de receber um complemento de fórmula, o aleitamento materno tem crescido nos últimos anos, contudo a amamentação no peito exclusiva ainda é baixa e representa menos de 40%. “Vários fatores interferem na redução desses índices, porque as mães retornam ao trabalho, nem todas conseguem esgotar o leite materno para que a criança possa receber quando não estiver próxima, então, mesmo com dedicação há desafios a superar”, analisou.
A qualificação possibilitou preparar a equipe de saúde para dar suporte às mães, oferecer auxílio emocional e conhecer as estratégias de como colocar o bebê no seio, para que estabeleça uma pega correta e efetiva na sucção e na amamentação, enfatizando que qualquer problema relacionado à amamentação deve ser resolvido prontamente a fim de que a mãe não desenvolva fissura mamilar e mastite, bem como desmame precoce por falta de orientação adequada. Para a técnica em enfermagem que atua há 18 anos na Unimed, Janete Mariza Matte, é fundamental a equipe de saúde conhecer estratégias para um atendimento adequado nesta fase importante para mãe e bebê. “Precisamos ter o dobro de carinho e atenção nesse período, pois muitas mulheres ficam nervosas e têm dúvidas sobre como proceder”.
ESTRATÉGIAS
A primeira estratégia sugerida é de colocar o recém-nascido junto da mãe ainda na sala do parto para que este contato estimule a produção dos hormônios da prolactina (produção de leite pelas glândulas mamárias) e ocitocina (estimula a descida do leite materno).
Outra orientação é a de não oferecer chupeta e mamadeira às crianças, porque provoca a chamada “confusão de bicos”, que é a dificuldade que algumas crianças têm em continuar o aleitamento materno após terem sido submetidas a algum tipo de bico artificial. “A exceção é em situações especiais que ofereçam risco à criança, a exemplo da hipoglicemia, e que precisa da inserção do complemento, a recomendação é que seja realizado por meio de copinho”, exemplificou.
“Toda equipe deve receber mães com empatia, ouvi-la para entender e poder auxiliá-la no início da amamentação. É também é muito importante que mães perguntem ao obstetra durante pré-natal sobre a amamentação e esclareça todas as dúvidas a respeito”, concluiu Dra. Margarida.
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