Postado em 03 de Maio de 2023 às 15h53

ACIC reivindica melhorias para o Oeste em reuniões em Florianópolis

Construção de ferrovias, reformas e duplicação de rodovias foram temas de encontros com a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias do governo estadual e com o DNIT
Encontros em Florianópolis debateram obras para o Oeste.
Construção de ferrovias e melhorias de rodovias federais, de portos e aeroportos de Santa Catarina integraram debates de reuniões, em Florianópolis, com participação do presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Lenoir Broch. Ele salientou que os encontros contribuíram para aproximar as entidades empresariais do governo estadual para que haja uma comunicação mais assertiva e para defender as necessidades que o estado precisa para aumentar sua competitividade tanto no mercado interno quanto externo.
Uma das reuniões foi com o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, com participação de representantes da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), da ACIC, do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O secretário convidou formalmente a Facisc para criar um documento que concentre todas as informações e necessidades para o desenvolvimento de um plano para viabilizar as ferrovias no estado. O documento será criado a partir de um workshop, que reunirá iniciativa pública e privada, para discutir sobre as ferrovias em Santa Catarina.
A Facisc recebeu o secretário para discutir temas como a Ferroeste, o canal da Baía da Babitonga e a segunda pista do Aeroporto de Navegantes. O presidente da Federação, Sérgio Rodrigues Alves, destacou que os três temas discutidos são de extrema importância para o desenvolvimento socioeconômico do estado de Santa Catarina.
Ferrovias
Também participaram da reunião sobre as ferrovias o vice-presidente do Oeste da Facisc, Milvo Zancanaro, o vice-presidente Regional do Extremo Oeste, Maikel Frey, o diretor executivo do Sindicarne, Jorge Luiz de Lima, e Arene Trevisan, da ABPA. Eles enfatizaram que a Ferroeste é vital para o desenvolvimento catarinense, mas que também é essencial uma malha ferroviária para ligar o Oeste ao litoral.
Zancanaro ressaltou que as associações empresariais contribuíram com R$ 100 mil para fazer o estudo de viabilidade do ramal da Ferroeste entre Cascavel (PR) e Chapecó (SC). “As ferrovias são uma grande oportunidade para o Oeste e todo o estado, pois reduzirão custos de transporte, beneficiando toda a cadeia do agronegócio e de outros setores que se utilizam atualmente do transporte rodoviário”, salientou Broch.
Segundo Trevisan, o grande ponto a se pensar é melhorar o abastecimento do estado. Jorge Luiz de Lima disse que Santa Catarina quer fazer projeto, licitar e colocar para funcionar. O diretor de infraestrutura da Facisc, Antônio Guimarães Neto, destacou que o objetivo das ferrovias é ligar os produtores aos portos e áreas industrializadas à matéria-prima. Broch frisou que a expectativa de redução de custos logísticos é 28% quando comparado com o frete rodoviário. “O secretário Beto Martins se mostrou preocupado com a situação e quer fazer um trabalho para que as coisas, de fato, aconteçam”, sublinhou Broch, ao acrescentar que o Governo do Estado licitou estudo de viabilidade e projeto da ferrovia Chapecó/Lages. O EVTEA está sendo viabilizado e será entregue ao Governo pela empresa contratada, provavelmente, nesta semana. “Depois, nossa previsão é dar sequência para fazer uma ligação até os portos catarinenses”.
RODOVIAS
Outro encontro dos empresários foi com o DNIT, que informou que a duplicação da BR-282 pode ter início daqui a dois anos. A prioridade para a duplicação é entre os municípios de Lages (Planalto Serrano) e Paraíso (Extremo-Oeste). Todos saíram da reunião com uma missão: fazer um documento que contenha as prioridades para trabalhar com os pontos mais críticos e atuar juntos para a realização. O superintendente do DNIT, Allyson Rodrigo de Andrade, explicou que o projeto deve ser licitado ainda este primeiro semestre. “É um projeto longo, de 1.400 dias, com custo de R$ 38 milhões e demorará quatro anos para ser realizado. Daqui a dois anos podemos começar a ter obras em alguns lotes”. Após o projeto pronto, inicia uma nova fase, que é a de ir atrás de recursos para a execução da obra.
Lenoir Broch, Maikel Frey, Milvo Zancanaro, Jorge Luiz de Lima e as consultoras da Facisc Márcia Tonet e Aline Ghisi participaram da reunião que também falou de outras obras, inclusive da BR-470. O trecho mais importante é de Chapecó ao Trevo do Irani, no entroncamento das BRs 282 e 153, onde o volume de veículos se divide entre SC, PR e RS e há apenas uma obra de arte especial que é a ponte sobre o Rio Irani. Atualmente, a BR-282 tem obras de manutenção em diversos pontos para a realização de melhorias e revitalização que vão aliviando os gargalos. Broch citou também a BR-163, fundamental para receber cargas do Paraná e do centro oeste do país. “O superintendente do DNIT informou que há verba destinada para um trecho de 10 km da BR-163”.
De acordo com Broch, muitas são as prioridades. “Como está tudo atrasado, tudo é emergência”. Pinhalzinho e o Trevo do Irani são os pontos considerados mais críticos, depois será Maravilha. Broch ainda afirmou que a BR-470 é tão importante para o Oeste quanto para as outras regiões. O diretor executivo do Sindicarne destacou o que estado precisa: “necessitamos ter uma rodovia duplicada do oeste ao litoral, levar o que produzimos aos portos e ter uma estrada tranquila para o motorista transitar”.
“Entendemos que é hora das entidades empresariais e as empresas se envolverem. Não é um interesse só para a classe empresarial, mas para toda a comunidade, pois todos vão se beneficiar com ferrovias e com as rodovias em condições melhores para tráfego. Falamos em escoamento de produção, mas impactará em rodovias mais seguras, com menos acidentes e menos mortes”, salientou Broch. Para o presidente da ACIC, paralelo a esse trabalho, também deve-se pensar nas rodovias estaduais. “Em todas as áreas, precisamos de avaliação de técnicos. Nossa missão é contribuir”, finalizou o presidente da ACIC.

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