ACIC: Reinvindicações e grandes eventos marcarão 2025
Rebelatto preocupado com a reforma tributária: “Santa Catarina sofrerá impacto negativo”
Presidente da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC), Helon Antonio Rebelatto. (Foto: Ismael Villanova/Voice Comunicação)
Feiras e eventos, carga tributária, infraestrutura, 2024 e mais. O presidentedaAssociação Comercial, Industrial, Agronegócios e Serviços de Chapecó (ACIC), Helon Rebelatto, relata como foi o ano que passou para a entidade e analisa questões econômicas e estruturais que impactam diretamente a região Oeste de Santa Catarina. Com um calendário intenso em 2025, a ACIC promete protagonismo em eventos e projetos que visam impulsionar o desenvolvimento empresarial e econômico regional.
Qual a avaliação que o Sr. faz do recém-encerrado ano de 2024? Quais foram os principais avanços e conquistas? Quais foram os principais desafios?
O planejamento da nossa gestão teve como primeiro objetivo reestruturar o organograma da entidade com o intuito de potencializar o know-how em feiras adquirido por meio da Mercoagro e ampliar a atenção destinada aos nossos associados. No setor de feiras da ACIC, logo no primeiro ano, criamos e planejamos a Qualivita, uma feira que ocorrerá em 2026, com foco na área da saúde. Também co-realizamos, com o DEATEC, a feira Desbravalley, além de trabalharmos na organização da Mercoagro 2025. Neste ano, estamos lançando outras exposições que visam atender às demandas de diferentes setores. Já no operacional, voltado para os associados, desenvolvemos diversas ações, entre elas: MeiUp, a criação dos núcleos de Sucessão e de MEI, o programa ACIC+Gestão, além de iniciativas como os Cafés com os novos e antigos associados, a inclusão dos termos “Agronegócios” e "Serviços" na nomenclatura da entidade, o Happy Hour Empresarial, o ACIC+Efapi, e projetos como Empresário Sombra, Geração Empreendedora e Crescendo e Empreendendo, entre outros.
A ACIC manteve grande articulação interinstitucional?
Destaco sim, o programa Voz Única Municipal, um documento com as principais demandas de nossos associados, entregue aos candidatos a prefeito e vereador. Juntamente com a CDL e o Sicom, demos início ao projeto da nova sede das entidades, que tem como objetivo ser um marco para o empresariado do Oeste Catarinense. Por fim, não posso deixar de mencionar o prêmio Empresária e Empresário do Ano, um evento em que reconhecemos e enaltecemos o espírito empreendedor dos chapecoenses.
Neste ano o Congresso deve regulamentar a reforma tributária, mas os objetivos de SIMPLIFICAÇÃO e REDUÇÃO da carga tributária não serão atingidos, segundo os economistas. Qual a posição da ACIC sobre isso?
Perdemos uma oportunidade de realizar uma verdadeira simplificação, especialmente, de acabar com os benefícios de determinadas categorias, setores e regiões que sobrecarregam os outros. Sem falar em uma taxa de 28,5% de Impostosobre Valor Agregado (IVA), o maior do mundo, e o pandemônio contábil que enfrentaremos nos próximos 10 anos na transição, que são os resultados desse processo. E a nossa região, o nosso estado, tem mais um ponto para se preocupar que são os impostos gerados nas transações e que serão concedidos ao local de destino da mercadoria. Por ser um estado predominantemente "produtor e exportador", Santa Catarina sofrerá impactos negativos.
Quais as parcerias que a ACIC manterá com a nova Administração Municipal que se inicia, novamente sob o comando do prefeito João Rodrigues, tendo em vista obras como o novo pavilhão da Efapi, necessário para feiras econômicas como a Mercoagro?
Especialmente por meio da secretaria de Desenvolvimento Econômico, estamos promovendo ações voltadas ao fortalecimento e incentivo aos empreendedores chapecoenses. Entre essas iniciativas, destacam-se o programa MeiUp em parceria com o Sebrae/SC, a criação de uma área aduaneira, o estabelecimento de um grupo para a captação de dados socioeconômicos de Chapecó e região, entre outras. Além disso, iniciamos diálogos com a Prefeitura para, na próxima edição da Efapi, implementar o embrião de uma nova feira.
As grandes deficiências infraestruturais do oeste catarinense persistem, especialmente no que se refere ao sistema rodoviário estadual, apesar das insistentes reivindicações dos setores produtivos. O que fazer para mudar essa situação?
Em 2024, tivemos um grande anúncio com a assinatura da ordem de serviço para o projeto de duplicação da BR-282. Agora, cabe a nós manter a vigilância para que o projeto avance com celeridade e as obras sejam iniciadas o quanto antes. As rodovias estaduais, especialmente a SC-283, também necessitam de manutenção urgente. Embora o governo do estado esteja executando alguns serviços, é fundamental que o ritmo seja acelerado. Além disso, nosso aeroporto requer atenção especial, dado que somos uma região distante e precisamos “encurtar” as distâncias. É essencial ampliar o número de voos e melhorar a infraestrutura para atender às demandas da região. Nosso papel é chamar a atenção de políticos e gestores para as necessidades de uma região que recebe de volta apenas 15% dos impostos arrecadados, mas que, mesmo assim, continua a se desenvolver enfrentando grandes desafios logísticos. Não há outro caminho para mudar essa realidade a não ser com diálogo constante e persistente.
O insucesso do plano de contensão de gastos do governo gerou algumas consequências negativas, entre elas, fuga de capital estrangeiro e previsão de aumento da inflação em 2025. A economia apresentará mais dificuldades que o ano passado (2024)?
Tudo indica que teremos um ano semelhante a 2024, em termos econômicos. Neste momento, ainda “surfamos” em ações de gestões anteriores e na resiliência dos empreendedores e do agronegócio. O desemprego em baixa mantém o consumo alto, apesar de os preços estarem em escalada constante. O Governo Federal não demonstra compromisso com as contas públicas e as consequências virão nos próximos anos. O dólar e a SELIC refletem a preocupação do mercado com as ações do momento.
Com a previsão de boas safras, o agronegócio será, novamente, a locomotiva da economia brasileira em 2025. Isso significa que o este, centro grande centro produtor agrícola e agropecuário, continuará mantendo alta taxa de crescimento?
Como dito, o agronegócio tem sustentado o crescimento, e um ponto positivo da alta do dólar é a potencialização das nossas exportações desse setor. Nossa região há anos se beneficia da força dessa área, e continuará assim, pois o agronegócio tem vários fatores favoráveis, que o impulsionarão ainda mais, nos próximos anos.
A ACIC terá um ano intenso, com um calendário de grandes iniciativas. Quais são os principais compromissos e eventos para o ano que se inicia?
Apenas com a edição da Mercoagro, já poderíamos dizer que o ano seria bem “recheado”. No entanto, ainda teremos a realização dos eventos tradicionais: ACIC +Gestão, Happy Hour, Almoço Empresarial, Empresária e Empresário do Ano, além dos eventos promovidos pelos nossos Núcleos Empresariais, como o 20 Minutos, Gente Gestão & Resultado, Missões Empresariais para a Romênia e China.
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