Sistema FAESC/SENAR-SC e Forças Armadas definem novas ações do Projeto Soldado-Cidadão
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), ministrará cursos de formação profissional rural aos soldados das Forças Armadas dentro do Projeto Soldado-Cidadão criado pelo Ministério da Defesa.
Para definir a programação de ações de capacitação e qualificação em 2022, o presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, e o superintendente do SENAR/SC Gilmar Antônio Zanluchi, reuniram-se, nesta semana, com representantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, na sede da entidade em Florianópolis.
Participaram do encontro o Major Souza Franco (14ª Brigada do Exército), Sargento Lucho (Cia. da 14ª Brigada), Alex Simi Giacomelli (HGUFL), Cristiane Maria Maffini (Base Aérea de Florianópolis), Tenente Daniel Caon Alves (Marinha), Tenente Amorim (63º Batalhão de Infantaria), o presidente do Sindicato Rural de Florianópolis Pedro de Almeida, além de técnicos do SENAR/SC.
O presidente Pedrozo desejou as boas-vindas ao grupo e colocou o Sistema FAESC/SENAR-SC à disposição da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para disponibilizar treinamentos, visando a qualificação para aperfeiçoamento profissional. “Até novembro o rol de oportunidades de formação estará estabelecido”, destacou.
Segundo Pedrozo, há 13 anos o Projeto Soldado-Cidadão é desenvolvido em Santa Catarina com o apoio do SENAR e integra as ações de formação cívico-profissional de Jovens em Serviço Militar. Tem por objetivo oferecer aos jovens brasileiros incorporados às fileiras das Forças Armadas cursos profissionalizantes que lhes proporcionem capacitação técnico-profissional básica, formação cívica e ingresso no mercado de trabalho em melhores condições.
Um dos cursos bem-sucedidos foi o Empreendedor Rural Soldado-Cidadão, com 160 horas de duração, na Base Aérea de Florianópolis.
Zanluchi explicou que as atividades são coordenadas por um Comitê Gestor, a quem compete planejar, coordenar, acompanhar e supervisionar as atividades desenvolvidas pelos Comandos das Forças Singulares; acompanhar os convênios realizados pelos Comandos das Forças Singulares; definir e orientar os parâmetros pedagógicos; acompanhar a execução físico-financeira do projeto realizada pelos Comandos das Forças Singulares; e elaborar relatório anual, a ser encaminhado ao Ministro da Defesa.
O público-alvo é formado por jovens, incorporados às Forças Singulares para a prestação do Serviço Militar, de perfil socioeconômico carente e que necessitem de formação profissional básica que os habilite ao primeiro emprego e à consequente inserção no mercado de trabalho. De acordo com o Ministério da Defesa, cerca de 1.600.000 jovens brasileiros atingem, anualmente, a faixa etária destinada à prestação do Serviço Militar. Desses, aproximadamente 80.000 ingressam nas Forças Singulares. A maioria deles será inserida no mercado de trabalho com uma formação educacional média, lastreada apenas no ensino fundamental ou no ensino médio incompleto, sem qualquer aperfeiçoamento técnico-profissional, e deficiente formação sobre cidadania. Por isso, é essencial ampliar e racionalizar programas de educação profissional e formação cívica, uma vez que os profissionais que irão encarar o mundo moderno devem estar preparados para o trabalho e para o exercício da cidadania.
Os cursos são desenvolvidos em organizações militares ou em outros locais, com a parceria dos órgãos formadores de mão de obra qualificada, públicos ou privados. O processo seletivo baseia-se no levantamento do perfil socioeconômico dos jovens que prestam o Serviço Militar, dando prioridade àqueles em situação de risco social e aos mais necessitados. As ações que valorizem o espírito empreendedor são contempladas no conteúdo curricular. Desse modo, os módulos didáticos oferecidos estão voltados à profissionalização inicial.
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