Postado em 08 de Setembro de 2020 às 17h49

Síndrome de Hoffa: condição afeta principalmente os joelhos de atletas

Corredores e ciclistas precisam estar atentos à ocorrência de alterações inflamatórias crônicas no tecido gorduroso (gordura infrapatelar), que envolve a parte da frente do joelho. A lesão denominada de Síndrome de Hoffa causa dor extenuante ao flexionar e estender totalmente o joelho e limita a mobilidade, o que pode aumentar sem o tratamento adequado.
O alerta é do médico ortopedista e traumatologista, Joaquim Reichmann, ao explicar que a condição predomina em atletas e pode estar relacionada à repetição de determinados movimentos, movimentações inadequadas e traumas. Nos casos de corredores, por exemplo, a gordura de Hoffa sofre lesões quando o atleta estica o joelho mais do que deveria, realiza movimentos de rotação excessivos e de contração inadequada do quadríceps (músculo anterior da coxa).
A síndrome pode resultar em aumento da gordura infrapatelar (contribui para a mecânica do movimento, nutrição e reparação das estruturas articulares), hemorragias, sensação de instabilidade ao caminhar ou de bloqueio da articulação, além de ruídos ao mover a perna e fibrose (excesso de tecido conjuntivo fibroso). A condição é identificada por avaliação física na qual o paciente fica deitado de costas e com os joelhos dobrados e o especialista pressiona com os polegares ao longo do tendão patelar, enquanto o paciente estende a perna. Ao sentir dor confirma-se a inflamação da região. Outra possibilidade é comprovar por exame de ressonância magnética.
Segundo o médico, as indicações de tratamento compreendem: fisioterapia (por crioterapia, termoterapia, fonoforese e estimulação elétrica nervosa transcutânea); controle da hiperextensão com exercícios funcionais e de estabilização da articulação; fortalecimento da musculatura do quadril; anti-inflamatórios e analgésicos; e bandagem funcional para alinhamento da patela. “Procedimentos mais invasivos como cirurgias ou aplicação de infiltrações de corticosteroides devem ser evitados, pois provocarão mais dor nessa região a longo prazo”, argumenta Reichmann. 
Durante o período de recuperação é possível manter os exercícios físicos, porém com redução de carga e intensidade. Outra orientação do médico é optar por calçados com amortecedores e respeitar as indicações profissionais quanto ao terreno e à distância.

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