Oeste catarinense tem potencial turístico, mas é preciso incentivá-lo
Essa afirmação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Eventos de São Carlos Silvano Mayer ao retornar da maior feira de turismo rural do Brasil
Valorização da cultura regional, elementos que reforçam os fatos históricos, oportunidades para vivenciar a época da colonização brasileira, diversas agências turísticas e guias disponíveis para acompanhar os visitantes, porém uma infraestrutura limitada. Esses foram os principais conceitos observados pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Eventos de São Carlos Silvano Mayer ao participar da missão técnica dos municípios do oeste catarinense para 18ª Feira de Turismo Rural (RuralTur), no município de Bananeiras, na Paraíba.
A RuralTur, promovida pelo Sebrae Paraíba, teve como objetivo promover e fortalecer os negócios de turismo no espaço rural e disseminar conhecimentos técnicos que venham ampliar as ações nesse segmento nas regiões brasileiras, de forma organizada e cooperada. Essa iniciativa tem sido um vetor de promoção e desenvolvimento de novos produtos, novas experiências e novos roteiros turísticos em exposição. Os municípios do oeste catarinense participaram com a intenção de divulgar os atrativos turísticos da região, buscar insights de iniciativas exitosas que podem ser replicadas no território e adquirir conhecimento sobre esse importante segmento econômico.
“A experiência de participar da RuralTur foi única. Conhecer outras realidades e como é a dinâmica do turismo em outras regiões brasileiras reforçou nossa visão de que temos um grande potencial turístico no oeste catarinense, mas que devemos incentivá-lo. Ao conhecer um pouco do nordeste brasileiro é impossível não comparar com a realidade do nosso território. Eles têm uma infraestrutura precária e mesmo assim conseguem fazer um turismo de alto nível, que retrata sua riquíssima história ou prédios restaurados ou ainda belezas naturais encantadoras”, analisou o secretário.
Silvano relatou que uma das estratégias utilizadas para atrair os turistas é de “vender” a história. “A cultura é muito forte, praticamente, todas as ações estão interligadas com o ícone do cangaceiro Lampião. Eles também têm uma marcante produção de cachaça com roteiros de visitação nos engenhos e valorizam a época da colonização. Exemplo disso é a visita a uma mansão antiga em uma fazenda de uma família que veio de Portugal. As pessoas são recebidas como naquele tempo, com todos os elementos como vestimentas, costumes e ambiente, que proporcionam uma vivência no passado. A experiência é surreal”, relatou.
Outro aspecto interessante observado por Silvano é o número de agências turísticas naquela região. “Esse é um diferencial importante porque contribui para fomentar as rotas de turismo rural, viabiliza os empreendimentos que investem no turismo e proporciona visibilidade aos atrativos turísticos e aos municípios. Precisamos incentivar o empreendedorismo com essa linha de atuação no oeste catarinense”, argumentou. Para ele, a RuralTur serviu como aprendizado e proporcionou uma experiência diferenciada. “Importante destacar que essa participação só ampliou minha visão do potencial turístico que temos aqui e que é pouco explorado. Temos uma boa infraestrutura, equipamentos turísticos, estradas, internet de qualidade, além de prestadores de serviço na área da alimentação e da hospedagem e de atrativos próximos entre os municípios”, explicou.
Para a gestora de projetos do Sebrae/SC no oeste Gabriela da Costa Heming a RuralTur foi uma excelente oportunidade para que os representantes dos municípios buscassem informações, conhecessem outras realidades e tivessem inspirações para ações que possam contribuir para a valorização dos pequenos negócios associados ao turismo rural do território. “O Sebrae/SC tem muito a contribuir para o crescimento desse setor econômico e da economia criativa da região. É um segmento relativamente novo e que tem alto potencial de desenvolvimento, pois possuímos cultura e belezas naturais encantadoras”.
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