O presidente do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), Luiz Carlos Giongo, participou de sessão na Câmara de Vereadores de Chapecó, nesta semana. O convite foi feito por meio de requerimento do vereador Nelson Krombauer e teve como objetivo falar sobre as atividades e atribuições da entidade, que comemorou 50 anos em outubro. Krombauer também é autor de moção de parabenização ao Nucleovet pelo seu cinquentenário.

Giongo agradeceu o convite e o espaço cedido pelos parlamentares e relatou brevemente sobre o que é e o que faz o Nucleovet. “Somos uma associação de veterinários e zootecnistas que está ligada à Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc). Somos uma entidade que também está no cenário brasileiro de medicina veterinária e que completou 50 anos no último dia 9 de outubro”, descreveu.

O presidente fez um breve resgate histórico da entidade, que foi fundada em 1971, e destacou que o objetivo do Nucleovet é trabalhar pelo fortalecimento da classe profissional dos médicos veterinários e zootecnistas, auxiliar no compartilhamento de conhecimentos para o agronegócio, contribuir para o bem social e o desenvolvimento econômico.

Além disso, ressaltou a importância do agro para Santa Catarina. “É um setor pujante. Praticamente 70% das exportações do Brasil saem de Santa Catarina. É um Estado que tem sua economia pautada no agronegócio. A região Oeste, inclusive, depende muito desse segmento, que representa 31% do Produto Interno Bruto do Estado e gera cerca de 700 mil empregos. Santa Catarina é o quarto produtor de leite do Brasil, o segundo de aves e o primeiro de suínos. Essa pujança foi construída por várias mãos e o Nucleovet se sente feliz em ter contribuído”, enfatizou.

            Eventos e capacitações

Giongo também ressalvou que o Nucleovet é responsável por promover três dos principais eventos técnicos do Brasil e da América Latina, que conta com a participação de mais de 5 mil pessoas: o Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) e o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL). “Esses eventos são referência em transferência de conhecimentos, aperfeiçoamento da classe, desenvolvimento de novas tecnologias, assim como troca de experiências nessas áreas”.

Ainda são promovidas ações para a sociedade em geral, como, por exemplo, a doação de parte do valor das inscrições dos Simpósios para entidades que precisam de apoio. Entre 2020 e 2021, o Nucleovet doou importante quantia em dinheiro para auxiliar no combate à pandemia, além de coordenar uma campanha que arrecadou, comprou e fez doação de mais de uma tonelada de carne para diversas entidades.

            Perguntas dos parlamentares

Após a explanação, o presidente do Nucleovet respondeu algumas perguntas dos parlamentares Wilson Cidrão, Sueli Suttili, Derli Maier, Mauro Zandavalli, Nelson Krombauer, César Valduga e João Marques Rosa sobre o desenvolvimento do agronegócio em Santa Catarina, a falta de insumos, bem como a qualidade da proteína produzida no Estado e a preocupação com a manutenção de área livre de febre aftosa sem vacinação.

“Santa Catarina é muito tradicional, tem muita produção de alta qualidade, não perde nada para nenhum outro estado. Possui mão de obra com qualidade exímia. Porém, a logística de grãos é um desafio grande para o oeste, como a infraestrutura, seja rodoviária ou ferroviária. Outra preocupação intensa é com o fato do Rio Grande do Sul e o Paraná não terem rastreabilidade por brinco em seus animais, que pode ser uma ameaça à nossa área livre de febre aftosa sem vacinação”, concluiu Giongo.