Postado em 10 de Janeiro de 2023 às 11h14

Nova técnica para Artroplastia Total de Quadril (ATQ) mostra brevidade na recuperação

Mesa ortopédica utilizada para a colocação da prótese de quadril (Foto: divulgação).

 
As técnicas cirúrgicas evoluem constantemente para possibilitar abordagens menos agressivas ao organismo, assegurar a eficácia do procedimento, reduzir a dor no pós-operatório, diminuir o tempo de internação, evitar complicações e intercorrências, além de contribuir para uma reabilitação mais rápida. Com essa visão de disponibilizar aos pacientes as mais modernas e avançadas tecnologias para o restabelecimento da saúde a Unimed Chapecó passa a oferecer a cirurgia de Artroplastia Total de Quadril (ATQ), pela via anterior (VA). 
Essa técnica consiste em uma abordagem menos agressiva porque utiliza um caminho intermuscular e internervoso, que segundo estudos, é o mais direto para chegar ao quadril. Pela via anterior é possível entrar em planos intermusculares e já acessar a cápsula articular e a articulação, o que a diferencia de outros acessos tradicionais como a via lateral e posterior. Esse acesso reduz consideravelmente as lesões de estruturas musculares, importantes para a estabilidade protética e ainda acelera o processo de recuperação pós-operatória possibilitando menor tempo de internação e precocidade no retorno às atividades do dia a dia.
O procedimento cirúrgico de ATQ pela via anterior foi realizado recentemente no Hospital Unimed Chapecó pelos ortopedistas e traumatologistas cooperados Dr. Carlos Henrique Mendonça Silva e Dr. Gustavo A. de Camargo Guerreiro, com orientação e auxílio do Dr. Fernando Martins de Pina Cabral, médico cirurgião de Florianópolis (SC).
BENEFÍCIOS
Entre os principais benefícios da técnica estão a incisão de tamanho reduzida com aproximadamente 10 a 15 centímetros, menor dano tecidual que gera boa exposição acetabular proporcionando estabilidade da prótese pela preservação da musculatura, menor tempo de internação, recuperação mais rápida no pós-operatório e retorno breve às atividades do dia a dia. Até o momento, segundo Dr. Carlos, foram beneficiados com a nova técnica três pessoas da região oeste catarinense.  Os pacientes submetidos a ATQ pela via anterior relatam que suas expectativas foram atendidas quanto à segurança, alívio da dor, melhora da mobilidade e pouca dor na recuperação.
Ainda entre as vantagens, os ortopedistas destacam a simplicidade para preparo do acetabular, baixo risco de luxação, sem dano muscular, ótima orientação para posicionamento da prótese, facilidade no controle de comprimento dos membros inferiores evitando dismetria, domínio radiográfico durante o ato cirúrgico e ausência de cuidados extras no pós-operatório. Como desvantagem estão o risco de lesão do nervo cutâneo lateral femoral e o acesso femoral mais difícil que é superado com auxílio da tecnologia a partir de hastes curtas e mesa para posicionamento do membro.
AVALIAÇÃO
“Percebemos que, mesmo realizando uma cirurgia de ATQ bilateralmente (ambos quadris, simultaneamente), a via anterior proporciona um resultado extremamente animador com o menor dano tecidual de todos os acessos o que permite a brevidade na recuperação. Neste caso o tempo de internação do paciente foi inferior a 24 horas, menor perda sanguínea se comparado com outras técnicas e menos desconforto no pós-operatório, o que é significativo e impressionante. Vejo como excelente alternativa para próteses de quadril (ATQ), mas vale salientar que existe a curva de aprendizado para que o cirurgião e sua equipe estejam aptos aos bons resultados que a técnica mostra. São inovações, que visam recuperar pacientes com menor dano, menos dor e mais brevidade”, analisa Dr. Gustavo Guerreiro.
De acordo com Dr. Carlos, a técnica não pode ser utilizada em todos os casos clínicos de artrose ou deformidades do quadril. “É necessário primeiro fazer uma avaliação do paciente para certificar que ele se enquadra nesse tipo de cirurgia”, explica. O ortopedista comenta também que o tempo de recuperação para poder caminhar e realizar outras tarefas é menor, no comparativo com outras técnicas. “Porém, esse resultado depende do tipo de prótese utilizada, que varia conforme as necessidades de cada indivíduo”, justifica.

 

Procedimento realizado na Unimed Chapecó pelos médicos Gustavo A. de Camargo Guerreiro e Carlos Henrique Mendonça Silva (Foto: divulgação).


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