Postado em 14 de Outubro de 2022 às 11h44

ICASA participa de debate sobre brucelose e tuberculose bovina

Evento em Florianópolis teve no total 17 palestras que apresentaram diversas experiências no controle das doenças no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai

O Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA) participou, neste mês, do 1º Seminário Internacional de Brucelose e Tuberculose Bovina e Encontro do Programa Nacional de Controle e erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), que ocorreu em Florianópolis e recebeu profissionais do Brasil e de países latinoamericanos para discutir a prevenção e controle da brucelose e da tuberculose bovina, duas zoonoses que podem trazer perdas econômicas e afetar a saúde animal e humana. O Seminário foi promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com apoio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
O conselheiro executivo do ICASA, Osvaldo Miotto Junior, participou da abertura do evento e ressaltou a importância do evento para compartilhar informações e atuar na prevenção. Destacou a estratégia de atuação do PNCEBT, que é baseada na classificação das unidades federativas quanto ao grau de risco para essas doenças e na definição e aplicação de procedimentos de defesa sanitária animal, de acordo com a classificação de risco. “Entre as medidas está a vacinação de bezerras contra a brucelose e a exigência de exames negativos para trânsito interestadual e para participação de animais em eventos pecuários”.
Miotto enfatizou o trabalho do ICASA no apoio das principais cadeias produtivas do setor primário e do Governo de Santa Catarina, sendo uma de suas principais missões defender os rebanhos das doenças e epizootias que rondam as cadeias produtivas da proteína animal, seja na produção de aves, suínos ou bovinos. “O ICASA tornou-se o braço forte dos produtores, empresários rurais e agroindústrias. Através de seu quadro técnico, auxilia o produtor rural no processamento da documentação exigida para o trânsito e a identificação de animais e presta auxílio direto ao produtor rural no cumprimento das obrigações legais relativas ao sistema de defesa sanitária no Estado de Santa Catarina”.
            O evento teve no total 17 palestras, apresentando diversas experiências no controle da brucelose e da tuberculose no Brasil e também na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. A situação no Paraná foi apresentada por Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da ADAPAR, a agência de defesa agropecuária daquele Estado. Lá são realizados cerca de 600 mil testes por ano para brucelose e tuberculose bovina. Ana Claudia Groff, fiscal estadual agropecuária do Rio Grande do Sul, mostrou os dados sobre a incidência destas zoonoses no território gaúcho, que é maior na parte norte do estado.
O rebanho catarinense tem a menor incidência de brucelose e tuberculose no país, situação que foi apresentada no seminário pela médica veterinária da Cidasc Karina Baumgarten e pela coordenadora do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) em Santa Catarina, Daniela Carneiro do Carmo.
Quarenta por cento do valor do fundo é destinado a ações de vigilância e fiscalização em saúde animal, medidas preventivas que são executadas pela Cidasc, que é o órgão oficial de defesa agropecuária de Santa Catarina. “Nosso objetivo é evitar a transmissão para outros animais, para os produtores e os consumidores, assim como manter e elevar o status sanitário do rebanho catarinense”, afirmou a coordenadora estadual do Fundesa. O restante do fundo é destinado a indenizações quando há necessidade de abate sanitário. No ano de 2021, o fundo estadual pagou R$ 23 milhões a produtores como ressarcimento pelo abate de pouco mais de seis mil animais.
            O conjunto de ações adotadas garante o bom status sanitário catarinense. A indenização por abate sanitário permite que o produtor rural compre novos animais e permaneça na atividade e a vigilância ativa garante ação rápida diante de casos de zoonoses, reduzindo cada vez mais a incidência nos rebanhos.
A abertura do Seminário também contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, Ricardo Miotto; do Superintendente do MAPA em Santa Catarina, Túlio Tavares; do diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Rodrigo Torres Severo; do diretor executivo do Sindicarne, Jorge Luiz de Lima; do coordenador regional do SEBRAE/SC, Enio Albérto Parmeggiani; e de Jorge Caetano Junior, fiscal agropecuário do MAPA, representando no ato o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Marcos de Moraes.

 

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