Postado em 30 de Maio de 2022 às 16h47

Feirão do Imposto conscientiza sobre a alta carga tributária

Evento, promovido pelo Núcleo de Jovens Empresários da ACIC Chapecó, também abordou importância da reforma tributária

 

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            Debater o quanto de impostos são pagos pelos contribuintes foi um dos objetivos do Feirão do Imposto, que ocorreu neste fim de semana, no centro de Chapecó. A chuva não atrapalhou a iniciativa do Núcleo de Jovens Empresários (NJE) da Associação Empresarial e Comercial de Chapecó (ACIC), que também conscientizou sobre a elevada carga tributária nacional e abordou a importância da reforma tributária.
O coordenador do Feirão do Imposto, Jaime Ceccon Júnior, relatou que impostos federais são responsáveis por cerca de 60% das arrecadações do País. Entre eles estão: IOF, Imposto de Importação, IPI, IRPF, IRPJ, Cofins, PIS/Pasep, CSLL e INSS. “Com a reforma tributária, o Brasil ganharia 20% de PIB e teria poder de mercado para competir com grandes países de primeiro mundo, como a China”, exemplificou.
Os impostos que incidem sobre alguns produtos de uso diário podem surpreender. De acordo com dados do Impostômetro, na alimentação, por exemplo, a carga tributária da carne é de 29%, do frango 26,80%, do leite 18,65%, do chocolate 39,61%, pão francês 16,86%, chope 62,20%, refrigerante lata 46,47% e ração para gato e cão 41,26%. Itens de uso pessoal: relógio 56,14%, barbeador elétrico 48,11%, telefone celular 39,80%, cosméticos 55,27% maquiagem (produtos nacionais) 51,41%, sabonete 31,13%, shampoo 44,20% e uma simples caneta 49,95%.
Utensílios para a residência também têm elevada carga tributária: louça 44,52%, jogos de vídeo game 72,18%, televisor 44,94%, ar condicionado 48,22%, lâmpada elétrica comum 44,54%, forno microondas 59,37%, material de construção em geral 32,80% e álcool para limpeza 32,77%. Quem faz academia paga 26,86% em impostos. Do valor de uma moto até 125CC, 52,54% é imposto, e de um veículo 1.0, 33,81%. Os serviços públicos também possuem carga tributária alta: na conta de água, 24,02% do valor é imposto e na conta de luz, 48,28%. Para os combustíveis não é diferente. O álcool tem tributos de 29,48%, o diesel de 42,18%, a gasolina de 61,95% e o gás de cozinha de 34,04%.
            O Feirão do Imposto contou com exposição de produtos que integram a cesta básica, mostrando a porcentagem de impostos que cada um agrega ao valor de venda ao consumidor. Também foi exposto um carro fabricado no ano de 1966, mesmo ano que o Código Tributário Nacional entrou em vigor. “O objetivo foi trazer a reflexão de quão obsoleto o Código Tributário é, se comparado ao veículo”, enfatizou Jaime.
O evento também divulgou o movimento “Reclamar não paga imposto”, do Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (Cejesc). A iniciativa foi criada com o intuito de colher as principais sugestões dos contribuintes para a melhoria do sistema tributário. A ideia é mapear quais são as maiores dificuldades e os pontos que demandam mais atenção na busca por uma reforma tributária justa e efetiva para todos. Com as informações, será elaborado um documento que será entregue para os parlamentares. As contribuições podem ser feitas no site https://reclamarnaopagaimposto.com.br/.
A coordenadora de comunicação do Feirão do Imposto, Stela Caroline Debastiani, frisou que neste ano o evento, realizado em nível nacional, completou 20 anos. “É um marco para o Feirão que, além de conscientizar as pessoas sobre a complexidade e a alta carga tributária, busca unir forças para cobrar a reforma tributária”, realçou.
O coordenador do Núcleo de Jovens Empresários, Vicente Aron Machado, acrescentou que o propósito dos impostos é fazer com que cada cidadão contribua com os serviços que utiliza como, por exemplo, saúde pública e meios de transporte. Porém, nem sempre os impostos parecem ter retorno no bem-estar das pessoas. O Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes) faz uma relação da soma da carga tributária com relação ao PIB com o Índice de Desenvolvimento Humano. São levados em consideração os 30 países com maior cobrança de impostos. O Brasil integra a pesquisa desde o início, em 2011, e está em última colocação. “São diversas pesquisas que mostram que os impostos são mal aplicados no Brasil. Por isso, defendemos uma reforma tributária
 

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