Postado em 10 de Novembro de 2021 às 17h46

10º SBSBL debate o impacto financeiro na criação de novilhas

A criação de bezerras e novilhas é um dos principais setores com alta demanda de mão de obra em uma propriedade leiteira e nem sempre recebe a atenção necessária. Porém, é fundamental para o futuro da atividade, especialmente para melhorar o mérito genético e manter o tamanho do rebanho. Do dia em que nasce até o dia em que ela própria tenha uma bezerra, há um investimento de dois anos. Durante esse período, o manejo e a alimentação são aspectos importantes nos custos.
O tema foi abordado pelo professor em Dairy Sciences na University of Kentucky, EUA, PhD em Animal Science João Costa, na palestra “Nutrição e manejo pós-desmama: como melhorar a performance e a eficiência financeira”, nesta quarta-feira (10), durante o painel “Gado jovem: investindo no futuro da fazenda”, no 10º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL). O evento é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e segue até esta quinta-feira (11), com transmissão a partir de Chapecó (SC). Paralelamente ocorre a 5ª Brasil Sul Milk Fair virtual.
            O professor começou sua explanação falando do desaleitamento, que deve ser gradual. Outro aspecto importante a se observar é o peso dos animais. As bezerras precisam dobrar de peso até o desaleitamento. “É preciso, gradualmente, transformar bezerras que dependem de dieta líquida em um animal dependente da dieta sólida. Eles têm que aprender o que, onde e como comer”, explicou Costa, ao acrescentar que o ganho de peso antes, durante e depois do aleitamento deve ficar no mesmo nível.
            De acordo com Costa, a alimentação é o maior contribuinte para o custo de reposição da novilha após o desmame, representando de 60% a 73% do total. “A alimentação pode ser usada como uma ferramenta para aumentar o ganho médio diário e a saúde dos animais, mas os produtores devem ter cuidado para não superalimentar, podendo prejudicar a produção futura de leite. Também temos que nos atentar para a subalimentação, o que pode levar a um atraso na maturidade”, orientou, ao acrescentar que a alimentação representa um grande investimento financeiro. Por isso, é importante equilibrar com as necessidades biológicas das novilhas para gerar mais lucratividade no futuro.
            Outros aspectos que têm influência nos custos são as decisões que os produtores tomam envolvendo opções de habitação e a utilização da mão de obra. Costa reforçou que os produtores podem variar nas decisões de manejo sobre alojamento, alimentação, mão de obra, criação e saúde. “Cada um desses aspectos apresenta benefícios e desafios únicos. Além do impacto biológico e das diferenças na rotina de manejo diário, o custo associado a cada decisão tem um impacto direto no custo total por novilha, do nascimento ao parto”. Porém, o professor salientou que a qualidade do cuidado impacta na produção futura de leite e é isso que trará retorno financeiro à propriedade.
INSCRIÇÕES
A participação no 10º SBSBL ainda está disponível. A comercialização do terceiro lote dos ingressos segue durante todo o Simpósio, com os valores: R$ 460 para profissionais; R$ 360 para estudantes; R$ 360 para agroindústrias e órgãos públicos; e R$ 350 para universidades. Pacotes – a partir de dez inscrições – têm o benefício de inscrições bonificadas, cujas regras podem ser consultadas no site.
As inscrições podem ser feitas no site https://nucleovet.com.br/.
O 10º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite tem apoio da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa Gado de Leite, do Icasa, da Prefeitura de Chapecó, do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó, do Sistema FAESC/SENAR-SC, do Sindirações, da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc) e da Unochapecó.
 
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DO 10º SIMPÓSIO BRASIL SUL DE BOVINOCULTURA DE LEITE
 
11/11/2021 (quinta-feira)
 
13h30 às 17h50 – Painel: Instalações e Ambiência
13h35 às 14h20 - Avaliando a performance de diferentes sistemas de resfriamento
Palestrante: Adriano Seddon
14h20 às 15h05 - Free-Stall x Compost Barn
Palestrante: Flávio Damasceno
15h05 às 15h35 - Discussão
15h35 às 15h50 - Intervalo
15h50 às 16h35 - Como o resfriamento no período seco afeta a saúde e performance futura
Palestrante: Geoffrey Dahl
16h35 às 17h20 - Estratégias de manejo ambiental para reduzir os impactos negativos do estresse calórico
Palestrante: Grazyne Tresoldi
17h20 às 17h50 - Discussão
 
Foto 04 – Professor João Costa explana como melhorar a performance e a eficiência financeira

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