Zagonel apresentou um panorama da sua trajetória pessoal e profissional. (Foto: Débora Favretto/ MB Comunicação)
Uma mudança com profundidade, com propósito, com impacto. Esse é o desejo da maior parte dos empreendedores em caráter de MEI. Em vista disto, o Núcleo de MEIs da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) realizou, na última terça-feira (11) o TransforMEI. A iniciativa propôs conexões, troca de experiências e inspiração para o crescimento dos negócios locais.
“Eu teria um milhão de motivos para ter desistido. Passaria horas contando tudo o que me fez pensar em desistir, daria uma palestra só sobre isso. Mas tenho um milhão de outros motivos ainda maiores para mostrar que é possível empreender, sim, e que não vale a pena focar nos um ou dois por cento de dificuldade e esquecer dos 98% de potencial. Temos que acreditar, que fazer algo para transformar o sonho em realidade. Tudo é possível”, salientou entusiasmado o CEO da Zagonel, Roberto Zagonel.
Zagonel, apresentou um panorama da sua trajetória pessoal e profissional, desde as origens humildes até a consolidação da empresa como a segunda maior fabricante de chuveiros do Brasil. Com 36 anos de empresa, o empresário frisou a jornada marcada por decisões estratégicas e investimentos contínuos em inovação. Um dos momentos citados foi a aquisição da Hidra, considerada por ele como um “verdadeiro upgrade” para o negócio. “Foi uma decisão muito bem pensada e planejada, e isso foi um acerto enorme”, afirmou.
O empresário também compartilhou os bastidores do crescimento acelerado da marca. Segundo ele, a ascensão da Zagonel se deu por uma combinação entre atitude empreendedora, gestão de pessoas e inovação. “Foi necessário treinar e impulsionar as equipes, criar um ambiente em que todos se sentissem parte e pudessem empreender dentro da própria empresa”, contou.
Ao relembrar sua juventude, Zagonel incentivou os participantes a manterem os olhos atentos às oportunidades. “As oportunidades muitas vezes aparecem bem na nossa frente, mas a gente não enxerga. É preciso olhar e, de fato, enxergar. Porque muita gente só olha, mas não vê”, destacou.
O empresário da Chapecó Personaliza, Dieison Luiz Facim, relembrou o início do empreendimento, ainda enquanto trabalhava como CLT. Segundo ele, a formalização como Microempreendedor Individual (MEI) foi o primeiro passo para testar o modelo de negócio com mais segurança. “No começo, era aquele esquema: se desse certo, ótimo; se não desse, tudo bem, porque eu ainda tinha meu salário fixo”, explicou. A transição para sededicar exclusivamente à empresa aconteceu de forma gradual, e a migração para empresa limitada veio após cerca de um ano e meio como MEI.
A experiência prática, segundo Facim, foi determinante para sua transformação pessoal. “Eu era uma pessoa muito insegura. Tinha muitas dúvidas sobre finanças, como fechar as contas no fim do mês, quanto precisava vender para cobrir os custos. Essa matemática me deixava inseguro demais”, contou. Para ele, essa é uma realidade comum especialmente nos primeiros anos de atuação.
Com o passar do tempo, o empreendedorismo trouxe mais clareza sobre processos financeiros e uma visão mais segura sobre investimentos. “Hoje, sou muito mais tranquilo em relação a finanças, aplicações. Tenho uma visão mais prática. Tudo isso veio com a vivência empreendedora.”
Segundo a coordenadora do Núcleo, Elaíne Cezaro Schleicher, o objetivo principal da ação foi movimentar o grupo, que está em fase inicial, e criar um ambiente propício para o desenvolvimento profissional dos microempreendedores. “É uma oportunidade incrível pra se profissionalizar, se aproximar da gente, entender melhor o que é o núcleo, mas, principalmente, pra se desenvolver e fazer networking. Mais do que um evento pra aprender ou só ouvir palestras, é uma noite pra se conectar.”
Um dos diferenciais da programação foi a sessão de negócios, que permitiu aos participantes expor seus produtos e serviços, ampliando a visibilidade de seus trabalhos e fortalecendo vínculos comerciais. “Esse é o ponto alto: dar visibilidade para o microempreendedor”, ressaltou a coordenadora.
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