Postado em 09 de Maio de 2019 às 17h48

Tecnologia: caminho sem volta para produtores eficientes

Ordenha robotizada já é realidade em propriedades rurais no Sul do País

A Granja Michelon de do produtor rural Tiago Michelon, localizada em Vespasiano Correa (RS), tem a produção leiteira como principal atividade há 32 anos. Com uma mão de obra totalmente familiar, a propriedade conta atualmente com 130 animais alojados em sistema de Compost Barn. A produção atual da propriedade é de 2.700 kg de leite/dia e a meta é alcançar 3.000 kg de leite/dia. As informações foram apresentadas pelo produtor no mais qualificado e respeitado seminário técnico do setor na região Sul: o Interleite Sul 2019 que encerra nesta quinta-feira (9), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó.
A família iniciou em agosto de 2018 um novo passo na tecnificação da propriedade por meio da utilização da ordenha robotizada com sistema por fluxo guiado – Milk First. Segundo Michelon, foram necessários 30 dias de adaptação dos animais à nova rotina. Entre as principais mudanças identificadas na propriedade destacam-se o aumento da tranquilidade das pessoas, mudança radical na rotina, melhoria significativa na qualidade do leite e gestão de números pela quantidade de informações disponíveis.
“Tivemos um aumento de 15% na produção de leite, redução e flexibilização da mão de obra, aumento da saúde e longevidade dos animais com diminuição de descartes, redução de 30% na Contagem de Células Somáticas (CCS) do rebanho e de 40% nos casos clínicos de mastite”, destacou o produtor.
Entre as metas futuras da família estão a introdução da terceira ordenha, aumento da produtividade, melhoria na saúde dos animais, além de facilitar a mão de obra e maximizar a eficiência por unidade animal e por área.
MELHORIA NA PRODUÇÃO
No Brasil existe atualmente cerca de 70 fazendas com ordenhas robotizadas e 150 robôs, deste número 65% está localizado em propriedades rurais da região Sul. Os dados foram informados pelo zootecnista e gerente de projetos da Delaval, Alexandre Gallucci Toloi, durante o Interleite Sul 2019.
De acordo com o zootecnista, a tecnologia é marcada no campo, principalmente, pelo bem-estar animal. “Veio para facilitar o dia a dia do produtor rural e interfere cada dia menos na rotina dos animais, fazendo com que as vacas tenham mais voluntariedade e produzam mais leite por alcançarem maior longevidade dentro das propriedades”, salientou.
A ordenha voluntária consiste em uma ordenha robotizada que faz parte do sistema de produção onde a vaca está instalada e tem acesso a esse sistema voluntariamente, a hora que desejar. “A nova ordenha está disponível para ordenhar os animais 24 horas por dia. É um sistema que traz bem-estar para quem usufrui da tecnologia e reduz de 7 horas para aproximadamente 40 minutos de mão de obra humana ao dia”.
O CEO da Agripoint e coordenador geral do Interleite Sul 2019, Marcello Pereira de Carvalho, reforçou que o objetivo é proporcionar conhecimentos e troca de experiências com profissionais, além de acesso a tecnologias avançadas no setor leiteiro.
Os sistemas de produção e eficiência econômica para o Sul do Brasil são o tema principal do Interleite Sul 2019. Seis painéis, 22 palestrantes-debatedores e um conjunto de temas da atualidade econômica, científica e mercadológica fizeram parte da programação que segue na quinta-feira.
REALIZAÇÃO
O evento foi uma iniciativa da AgriPoint e tem como patrocinadores diamante a Lac Lélo, Piracanjuba e Syngenta. O patrocínio platina é da Ceva, Hipra, Lely, Orde Milk, Pioneer, Sementes Adriana e Vetoquinol. O apoio é da Mais Leite, Prefeitura de Chapecó, Grupo Apoiar, Viva Lácteos, Transpondo, Sindicato Rural de Chapecó, Udesc, Mundo do Leite, Intecsol, Balde Branco, Agro e Negócios, Chapecó e Região Convention Visitors Bureau e Emater/RS.

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