Postado em 14 de Agosto de 2020 às 15h21

Senar/SC lança assistência técnica para a cadeia da agroindústria artesanal

Produtores que têm atividades voltadas à industrialização de alimentos artesanais podem participar do programa que oferece acompanhamento técnico e gerencial nas propriedades

Produtores de Chapecó, no oeste catarinense, e de Nova Veneza, no sul, que desenvolvem atividades voltadas à agroindústria artesanal, formarão as primeiras turmas da nova cadeia atendida pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC). A partir de outubro, os produtores inscritos no programa terão acompanhamento técnico durante dois anos para desenvolverem a produção, o gerenciamento das atividades e a gestão dos negócios.
Em todo o Estado, segundo o presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo, a assistência técnica e gerencial tem alcançado resultados relevantes em oito cadeias produtivas: pecuária leiteira e de corte, ovinocultura, apicultura, olericultura, fruticultura, piscicultura e maricultura. A inovação deste ano amplia o atendimento no setor que tem crescido exponencialmente no Estado: as pequenas e médias agroindústrias artesanais.
De acordo com Pedrozo, inicialmente os Sindicatos Rurais dos dois municípios estão recebendo inscrições dos produtores interessados na ATeG para formação das turmas, o que será ampliado para outras regiões nos próximos anos. Ele explica que a ATeG busca agregar valor à produção de alimentos dos pequenos e médios estabelecimentos.
“Faremos o levantamento das agroindústrias no Estado, categorizando-as por tipo de produto e por região. Depois verificaremos a situação legal de cada uma, as quais precisam atender a legislação vigente e estar em processo de formalização. O terceiro passo é a seleção de agroindústrias que preferencialmente empregam mão de obra familiar, utilizam técnicas e produzam de forma artesanal e também produzam a própria matéria prima ou a adquiram na região. Depois disso, iniciamos a capacitação em gestão e boas práticas e a execução do programa”, detalha o presidente.
Segundo a coordenadora estadual do programa, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes, a assistência técnica e gerencial na nova cadeia vai qualificar produtores para gestão básica das agroindústrias, boas práticas de fabricação e de manipulação de alimentos. Durante o programa, serão avaliados indicadores econômicos e produtivos, com objetivo de aumentar a produtividade e gerar incremento de renda.
“É um trabalho continuado, que engloba todos os processos da cadeia produtiva e possibilita a realização de ações efetivas nas áreas econômica, social e ambiental, assim como os processos de gestão do negócio. Tudo isso possibilita a evolução socioeconômica da família e da comunidade”, ressalta Paula.
O superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, destaca que a assistência técnica e gerencial orientará os pequenos e médios produtores na melhoria dos processos e auxiliará na formação de arranjos produtivos e na abertura de mercados. “Cada produtor terá um diagnóstico produtivo, com planejamento estratégico, avaliação sistêmica de resultados, adequação tecnológica e capacitação profissional complementar. É um modelo inovador e estritamente técnico ofertado pelo Senar para desenvolver o agronegócio no Estado”.
Santa Catarina tem mais de 1.300 agroindústrias familiares, segundo levantamento da Epagri, e vê o setor em constante ascensão e fortalecimento no Estado. “É uma cadeia que une a força produtiva do agronegócio catarinense com seu potencial de industrialização. Nossos produtores enxergam nela uma forma de empreenderem no campo e qualificarem a produção de alimentos para atenderem o mercado cada vez mais exigente”, avalia Zanluchi.
MERCADO
O presidente do Sindicato Rural de Chapecó e vice-presidente regional da FAESC, Ricardo Lunardi, afirma que a oferta do programa é um avanço na região que se destaca na cadeia da agroindústria. “Temos mais de 100 produtores nos sete municípios de abrangência do Sindicato – entorno de Chapecó — que trabalham com agroindústria artesanal, seja na produção de carnes e derivados ou leite e derivados. É uma área forte e em pleno desenvolvimento que certamente vai agregar ao Estado em produtividade a partir da assistência técnica e gerencial”.
No sul, segundo o presidente do Sindicato Rural de Nova Veneza, Adilcio Pedro Pazetto, a região mostra força na produção de leite e aposta na nova cadeia da ATeG como possibilidade para abranger os demais setores produtivos. “Apesar de não ser o principal foco na nossa região, a cadeia da agroindústria artesanal é um bom segmento porque vai ampliar o leque de atendimento aos produtores e englobar diversos setores, como panificação, conservas, derivados do leite, confeitaria, etc. Estamos ansiosos pelo início do programa”.
Os produtores interessados no programa devem procurar o Sindicato Rural dos municípios para inscrições. Além da nova área atendida, a ATeG também está com inscrições abertas para as demais cadeias em todo o Estado. Em Chapecó, há vagas para pecuária leiteira e de corte. Em Nova Veneza, para pecuária leiteira. 

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