Seminário de artesanato desperta o posicionamento empreendedor
Com a intenção de fortalecer a economia criativa do município de Pinhalzinho e apresentar instituições que possam contribuir nesse processo foi realizado o Seminário do Artesanato, de maneira híbrida, com a participação de 30 pessoas. A iniciativa integrou a Semana de Arte e Cultura, que foi promovida pelo Conselho Municipal de Política Cultural de Pinhalzinho (CMPC), com o objetivo de trazer assuntos interessantes dentro de cada área setorial da instituição.
A programação contemplou mesa redonda com três explanações: “A atuação da Coordenação Estadual do Artesanato de Santa Catarina” apresentada por Fabiana Lopes Ribeiro, “A FAPASC e a importância do associativismo para o setor artesanal” abordada por Paulo Baasch e “O resgate da identidade cultural como forma de agregar valor ao trabalho artesanal” com Simone Amorim.
Para a arquiteta, artesã, produtora cultural e presidente do CMPC, Saloá Calazans, as informações compartilhadas foram de extrema importância já que a maioria dos artesãos presentes não tinham o conhecimento de todas as oportunidades que estão acessíveis para eles. “Os participantes começaram a olhar para suas peças e seus ateliês de uma maneira diferente. Entenderam que precisam e devem se posicionar como artistas e como empreendedores”, analisou.
O próximo passo, segundo Saloá, será de retomar no município a criação de uma associação que poderá atender artesãos de toda região. “O objetivo principal é nos organizarmos como grupo. Assim, poderemos inscrever essa coletividade na Federação das Associações de Profissionais Artesãos de Santa Catarina (FAPASC) e nos unir com outros artesãos do Estado e do País para participar de feiras nacionais e lutar por políticas públicas para o setor. Dentro da associação incentivaremos para que os artesãos façam sua carteirinha do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e acessem também as soluções disponíveis na Sala do Empreendedor”, explicou.
A analista de projetos do Sebrae/SC Gabriela da Costa Heming explica que o papel da entidade é fortalecer os artesãos com base em um olhar empreendedor ao gerar autonomia na gestão de negócios, incentivar a formalização, aprimoramento de suas técnicas e conhecimentos para o desenvolvimento de novos produtos, além de contribuir para ampliar a qualidade e a competividade da atividade. “Esse importante segmento da economia é formado principalmente por autônomos e microempreendedores individuais (MEIs), que geram trabalho e renda, valorizam a cultura e história, além de ser um ativo importante para o turismo”, observou.
FORTALECIMENTO DO SETOR
A secretária do Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (CEAES), Fabiana Lopes Ribeiro, explicou que a missão do conselho é melhorar a comunicação do setor, formar mais avaliadores do artesanato nos municípios, fortalecer sua atuação, atuar em parceria com o Sine, construir uma marca para o artesanato catarinense, apoiar a realização de mais ações de comercialização e trabalhar pela valorização e o reconhecimento do artesanato. “Nossos valores estão alicerçados no trabalho humanizado, no potencial de desenvolvimento das regiões, na produção com valor agregado e no incremento de renda”, frisou.
Entre as atividades do CEAES estão o cadastro e a formalização dos artesãos, formação de avaliadores, ciclo de palestras, mapeamento do artesanato, pesquisa de legislação, adesão e logística para feiras nacionais, parceria com a Santur no “Viaje Mais Santa Catarina”, loja do PAB no Mercado Livre e na Amazon e implementação do programa de fomento da economia solidária.
O presidente da FAPASC Paulo Baasch relatou o histórico da entidade fundada e os pilares que norteiam a sua atuação: legislação, capacitação e comercialização. “No último ano e meio participamos de cinco feiras, representando 58 artesãos e obtivemos uma comercialização de R$ 83 mil”, destacou. Segundo ele, estima-se que em Santa Catarina tenha mais de 80 mil artesãos, por isso a importância do associativismo para que a categoria tenha voz e representatividade em suas demandas.
A coordenadora do Programa de Artesanato do Sebrae/SC Simone Amorim explicou sobre como agregar valor ao trabalho artesanal para que a atividade seja reconhecida por sua contribuição econômica. “O artesanato é uma das mais ricas formas de expressão cultural, com características próprias e criatividade. Por isso, quanto mais características locais e únicas mais será valorizado”, ressaltou. Como orientações citou a importância das características presentes no território, conjunto de símbolos, resgate da cultura local, inspiração no lugar de origem, costumes singulares. “Conhecer a história é o ponto de partida”, reforçou.
Simone também transmitiu algumas direções sobre a nova postura perante o mercado: defina seu cliente, identifique a oferta, desenvolva um produto que emocione, melhore o processo, capacite-se, agregue valor, divulgue seu produto, comercialize de modo justo e garanta qualidade, preço e prazo de entrega.
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