Instalada em 2024 em Santa Catarina com o objetivo de consolidar a cadeia produtiva, gerar desenvolvimento territorial e promover uma mudança cultural inovadora e sustentável, a Câmara Setorial da Ovinocaprinocultura é uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (SAR) com apoio da Fecoagro, do Sebrae/SC, do Sistema Faesc/Senar e da ACIC Chapecó.

Para implementar as atividades, o Sebrae/SC realizou um abrangente diagnóstico da ovinocaprinocultura no estado. Foram conduzidos diagnósticos em 370 propriedades rurais (destas 150 foram no Oeste e Extremo Oeste), registrando o número de animais (caprino, ovino ou ambos), as raças trabalhadas, a quantidade de produtores e de matrizes e animais. O objetivo principal é impulsionar a ovinocaprinocultura na região.

Neste mês de janeiro, o Sebrae/SC iniciou visitas a municípios com maior concentração de animais e produtores, buscando incentivar a atividade, considerando a crescente comercialização para outros estados. O roteiro abrangeu os municípios de Bandeirantes, Dionísio Cerqueira, Guaraciaba, Guarujá do Sul e São José do Cedro, com o intuito de formar um grupo maior de produtores e aumentar a oferta de caprinos e ovinos para abastecer o mercado estadual.

Participaram o presidente da Câmara Setorial, tecnólogo em agronegócio, consultor da Secretaria de Agricultura de SC e consultor credenciado ao Sebrae/SC, Paulo Gregianin, o gestor do agronegócio do Sebrae/SC, Denilson Coelho, a representante da agência e analista de negócios do Sebrae/SC, Carine Ribeiro, prefeitos, secretários de agricultura e técnicos agrícolas das Prefeituras.

 “As propriedades rurais apresentam diferentes níveis de desenvolvimento, desde a subsistência até a exploração como atividade econômica principal. Com o objetivo de impulsionar a produção e o mercado, vamos fomentar essa área, através de eventos gastronômicos que apresentarão os animais criados e os benefícios para o consumidor, estimulando a produção local e criando uma identidade para esta qualidade genética”, salientou Gregianin.

A redução do ICMS sobre a carne de ovinos pelo Governo Estadual no fim do ano passado impulsionou o consumo local. “No entanto, é necessário aumentar a oferta de animais para os frigoríficos. A região possui um número significativo de produtores, mas o número de animais vendidos para abate oficial ainda não é expressivo. O Sebrae/SC busca oficializar essa produção, mostrando os números do Extremo Oeste e do Oeste para justificar a instalação de frigoríficos e abatedouros na região e a compra da carne dentro do estado”, destacou o gerente regional do Sebrae/SC no oeste, Udo Martin Trennepohl.

Foram realizadas visitas às Prefeituras, para apresentar propostas baseadas nos dados dos produtores diagnosticados no fim de 2024. “O objetivo é montar grupos de produtores, com o incentivo dos municípios. A CRESOL, parceira do Sebrae/SC na área do agronegócio, também foi visitada para viabilizar uma parceria e oferecer incentivo financeiro aos produtores, com foco na redução de custos iniciais da atividade”, ressaltou Trennepohl.      

O Sebrae/SC planeja ainda iniciar um programa de boas práticas na produção, para oferecer aos produtores melhores condições e orientação aprofundada sobre a atividade. A iniciativa busca identificar o objetivo de cada produtor (produção de leite ou carne) e as raças mais adequadas para cada finalidade, com o apoio de técnicos especializados. Visando o sucesso da atividade, foi realizado recentemente uma reunião sobre possível parceria com a Cooperalfa de Chapecó. Estiveram presentes o presidente da Câmara Setorial, Paulo Gregianin, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó, Luiz Carlos Travi, prefeito de Lajeado Grande, Anderson Bianchi, o presidente da Associação Brasileira de Ovinocultura de Leite, Érico Tormen, a analista de negócios do Sebrae/SC, Joselita Regina Tedesco Zanella.

 

 

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