Sebrae orienta sobre principais políticas financeiras para a crise
Informações sobre medidas anunciadas pelo Governo Federal e pelas instituições bancárias auxiliam empresários a tomar decisões
Neste momento de crise provocada pela pandemia do novo Coronavírus, muitos empresários estão com dificuldades em saber quais medidas tomar para garantir a sobrevivência do seu negócio. Para orientá-los sobre as ações anunciadas pelo Governo Federal e pelas instituições financeiras no País, o Sebrae compilou informações e está repassando-as aos empreendedores. A intenção, segundo o gerente regional do Sebrae/SC no oeste, Enio Albérto Parmeggiani, é preparar os empresários para adotarem as medidas certas e, consequentemente, amenizarem os efeitos da crise.
“O momento causado pelo Covid-19 está afetando diretamente a economia e principalmente as pequenas empresas. Devido à baixa entrada de receitas, algumas obrigações financeiras não poderão ser cumpridas. Nossa contribuição busca ajudar o empreendedor a tomar decisão”, ressalta Parmeggiani.
Uma das orientações é sobre as novas regras para os tributos do Simples Nacional. O Governo Federal anunciou a prorrogação, por seis meses, do prazo para pagamentos dos impostos pelas empresas e pelos microempreendedores individuais (MEI). A mudança, de acordo com Parmeggiani, passa a ser aplicada a partir deste mês, com pagamento em abril. “Esta mudança se refere somente aos tributos federais, ficando a cargo dos Estados e Municípios regularem sobre os tributos estaduais e municipais”, observa o gerente regional.
Em relação às dívidas bancárias, o Sebrae/SC orienta que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou medidas para facilitar a renegociação e que os empresários podem buscar em suas instituições financeiras um prazo maior para o pagamento de financiamentos. Os bancos que se enquadram nessa decisão são: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco, Sicredi e Santander.
A Caixa Econômica propôs redução de até 45% das taxas de juros de linhas para capital de giro de micro e pequenas empresas, com taxa de 0,57% para correntistas. Para as operações parceladas de giro e renegociação a carência será de 60 dias. Linhas especiais para o comércio e serviços estão sendo criadas e terão até seis meses de carência.
O Santander anunciou a ampliação em 10% do limite do cartão de crédito de todos os clientes adimplentes. Linhas de crédito pessoal, preventivo, direto ao consumidor e imobiliário terão prorrogação por até 60 dias do vencimento de parcelas de contratos.
O Bradesco disponibilizou prorrogação por 60 dias das dívidas de operações em dia. O cliente que está interessado na possibilidade deve contatar as agências. A instituição anunciou que reduzirá suas taxas de juros para clientes pessoa física e jurídica, repassando o corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros para as suas linhas de crédito, devido a redução da taxa SELIC para 3,75%.
O Banco do Brasil lançou reforço nas linhas de crédito já existentes, com foco nas voltadas para crédito pessoal e capital de giro, no total de R$ 100 bilhões, sendo R$ 24 bilhões destinados a pessoas físicas, R$ 48 bilhões para empresas, R$ 25 bilhões para o agronegócio e R$ 3 bilhões para administrações públicas municipais e estaduais.
As parcelas de crédito em dia, de qualquer associado, pessoa física ou jurídica, serão prorrogadas por 60 dias na Sicredi. Para ter acesso a este benefício é preciso entrar em contato com o gerente da conta. A cooperativa de crédito também lançou duas ações de crédito emergenciais para o setor de turismo, com carência de nove meses: uma linha de renegociação de créditos ativos e uma linha de capital de giro com até 48 meses de prazo.
Já o Itaú prorrogou dívidas para assinantes do Itaú Crédito Sob Medida. Desta forma, há repactuação do contrato, com possibilidade de prorrogação por 60 dias da nova data de vencimento. O mesmo vale para cliente que tem o Itaú Crédito Sob Medida. Financiamento de imóvel ou veículo também estão inclusos na prorrogação por 60 dias no banco. Durante este período, será mantida a mesma taxa de juros, sem a cobrança de multa. O Itaú também reduzirá os juros para clientes, pessoa física e jurídica, devido à redução da taxa SELIC para 3,75%, repassando assim o corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros para as suas linhas de crédito.
“É um momento delicado para todos, mas apostamos em alternativas para superação e retomada do crescimento”, sublinha Parmeggiani.
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