Saúde mental no ambiente de trabalho precisa ser debatida e acompanhada
Quando as pessoas são saudáveis física e emocionalmente há impacto positivo também nos negócios. Por isso, cada vez mais, as empresas estão dando atenção aos cuidados com a saúde mental no ambiente de trabalho. Esse foi o tema do Workshop de Saúde Mental, promovido nesta semana pelo SESI Chapecó, com a psicóloga, mestre em Psicologia Organizacional com foco em saúde mental e trabalho e integrante da equipe do SESI/SC, Daniela Zanatta.
Daniela atua no desenvolvimento de projetos de saúde mental nas organizações e apresentou alguns dados dos últimos anos. Na pandemia, 37% das empresas registraram aumento de doenças psiquiátricas. Entre os problemas, em primeiro lugar aparece ansiedade, seguida de estresse e depressão. Na região Sul, a depressão é 50% maior que a média nacional. Os afastamentos por depressão podem durar de três meses a muitos anos.
Em 2020, 576 mil pessoas se afastaram ou se aposentaram por conta de transtornos mentais, um aumento de 26% em relação a 2019. Hoje esse é o terceiro maior motivo de afastamentos no Brasil e a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que se torne o primeiro nos próximos anos.
Estima-se que a perda de produtividade anual devido à depressão no Brasil é de US$ 78 bilhões. Porém, em pesquisa realizada pela OMS, levantou-se que para cada US$ 1 investido em prevenção houve US$ 4 de ganho em produtividade e engajamento.
Daniela frisou que esse tema precisa ser trabalhado em rede, com envolvimento das pessoas, das empresas e da saúde pública. A base de atuação tem que ser preventiva. “Quando se identifica um problema e se faz o encaminhamento para tratamento evita-se o agravamento da doença e não ocasiona afastamento do trabalho, por exemplo. Isso tem um grande impacto na vida da pessoa, da família, da empresa e da comunidade”, expõe.
Para atuar na prevenção, o SESI disponibiliza algumas soluções, com o propósito de aumentar a produtividade, reduzir custos futuros, evitar afastamentos e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Entre elas, estão reuniões de alinhamento para orientações ao setor de Recursos Humanos e Saúde e Segurança no Trabalho (SST), sensibilização e psicoeducação com campanhas e palestras, capacitação de líderes, programa de gestão de estresse para líderes, atendimento psicológico individual e grupos terapêuticos. “O principal a se fazer é procurar ajuda e desmistificar questões relacionadas à saúde mental, tirar o medo de falar sobre o tema, além de facilitar o acesso ao tratamento. Muitas empresas têm contratado um profissional de psicologia para atuar dentro da organização”, frisa Daniela.
A psicóloga também sugere o acompanhamento, rastreando sinais e entendendo pontos mais críticos para avaliar a necessidade de intervenção e para tomada de decisões mais assertivas. “Não existe uma receita, mas existem muitos caminhos possíveis”, concluiu.
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