Postado em 14 de Março às 14h03

Raiva bovina: saiba como evitar a contaminação do rebanho

Cidasc destaca a importância da vacinação dos animais

A raiva é uma doença transmissível causada por um vírus que atinge o sistema nervoso dos animais, não tem tratamento e resulta na morte em pouco tempo. Uma vez que o animal manifesta os sintomas, que variam de acordo com a espécie, (em herbívoros, por exemplo, ocorre a paralisia do corpo), a Cidasc deve ser acionada obrigatoriamente, alerta o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA).
De acordo com o médico veterinário e gestor do departamento regional da Cidasc, Ivan Ulsenheimer, a transmissão da doença ocorre através do contato com a saliva do animal contaminado. “O morcego hematófago, - uma espécie que se alimenta exclusivamente de sangue - acaba sendo o principal vetor de transmissão da raiva para os herbívoros e animais de produção. Quando esse morcego se alimenta transmite o vírus para o animal atacado”.
Após ser infectado, os sintomas que a raiva provoca envolvem tremores musculares, dificuldade em caminhar, paralisia de mandíbula, salivação intensa, evoluindo para paralisia corporal. O animal cai e não consegue mais se levantar, vindo a óbito. A Cidasc ressalta a importância de vacinar o rebanho contra a raiva e também as pessoas que trabalham com esses animais.
CASOS EM CHAPECÓ
Neste mês de março, Chapecó confirmou dois focos de raiva em bovinos de uma propriedade considerada de subsistência, com animais de produção para consumo próprio no distrito de Marechal Bormann, interior do município. A partir desse momento foram adotadas todas as medidas de controle. “Ao perceber os sintomas nos bovinos, o produtor chamou um veterinário que suspeitou da doença e encaminhou a coleta dos materiais para o laboratório. O exame confirmou a raiva. As propriedades próximas do local afetado precisarão vacinar todos os animais contra a raiva para a prevenção e o controle da doença. Ainda não é possível afirmar como a raiva foi transmitida aos animais, a suspeita é que eles foram mordidos por um morcego”, comenta o gestor.
No perímetro de três quilômetros entorno da propriedade que registrou os casos, a Cidasc realiza atividades de orientação aos produtores com relação a vacinação dos rebanhos. “É importante que os produtores relatem diretamente a Cidasc qualquer sintoma ou agressões de morcegos, possibilitando assim o controle da doença”, orienta.
A médica-veterinária e conselheira técnica do ICASA, Luciane Surdi, ressalta que a entidade também trabalha na orientação aos produtores da região próxima ao foco. “Informação sobre abrigos de morcegos devem ser notificados à Cidasc, assim como qualquer suspeita de raiva. A prevenção é necessária, pois o prejuízo é quase inevitável quando o produtor descobre a doença no seu rebanho, por isso se faz necessário a adoção de medidas de controle”, ressalta.
TRANSMISSÃO
A transmissão da raiva ocorre exclusivamente pelo contato com a saliva do animal contaminado. Por isso que o produtor deve ter muito cuidado ao manusear um animal que esteja com sintomas da raiva. “É importante ressaltar que o consumo de produtos inspecionados não representa risco de transmissão, o ser humano é contaminado somente com o contato direto na secreção do transmissor”, afirma Ulsenheimer.
IMPORTANTE
É importante neste momento que os produtores rurais recebam os profissionais da Cidasc, do ICasa e da Vigilância Sanitária, atendendo as orientações quanto a vacinação do seu rebanho e notificando suspeitas da doença e do ataque de morcegos aos animais, para desta forma não terem riscos de contrair ou propagar a doença.
CASOS CONFIRMADOS DE RAIVA EM SC EM 2024
2 animais em Chapecó
1 em Videira
1 em Mafra
1 em Treze de Maio
1 em Lontras.
           

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