Postado em 24 de Outubro às 11h22

Por que precisamos falar de poder feminino nos negócios, e não apenas de empoderamento?

Marina Barbieri
Coordenadora do Sebrae Delas em Santa Catarina

Marina Barbieri Coordenadora do Sebrae Delas em Santa Catarina

Nos últimos anos, o termo “empoderamento feminino” ganhou espaço nas conversas sobre igualdade e protagonismo. Mas, quando falamos de empreendedorismo, é preciso ir além do acesso a ferramentas e autoconfiança, e olhar também para o poder de transformar a própria trajetória. O poder das mulheres nos negócios está justamente na capacidade de decidir, criar e sustentar um empreendimento, conciliando desafios pessoais, familiares e profissionais.
Em Santa Catarina, os dados do Sebrae Nacional mostram o avanço desse movimento. O Estado tem a maior taxa de empreendedorismo feminino do Brasil, com 13,6% das mulheres em idade ativa donas de negócio. Elas têm alto nível de escolaridade, 72,4% concluíram pelo menos o ensino médio e, muitas vezes, são chefes de família. Ainda assim, enfrentam barreiras, como a diferença de renda e a dificuldade de crescer e formalizar seus empreendimentos. Apenas 12,5% delas empregam outras pessoas. Ou seja, ainda há um caminho importante para que esse poder se consolide. Empoderar mulheres para que empreendam significa dar condições para que elas sejam donas de seus caminhos. É oferecer acesso a capacitação, crédito, redes de apoio e ambientes favoráveis à gestão de um negócio. Quando uma mulher empreende, ela movimenta a economia, gera empregos, fortalece comunidades e inspira outras mulheres a fazerem o mesmo.
Eventos como o Delas Summit 2025 contribuem justamente para essa virada. O encontro promove conexões, aprendizado e novas oportunidades, fortalecendo o papel das mulheres que decidem empreender e mostrando que o poder não está apenas nas grandes corporações, mas também nas micro e pequenas empresas que sustentam a economia do país.
Falar de poder das mulheres nos negócios é reconhecer a força transformadora do empreendedorismo feminino. É valorizar cada mulher que, ao abrir um CNPJ, está mudando a própria vida e o entorno. É nesse espaço que o futuro mais equilibrado dos negócios se constrói.

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