Postado em 11 de Novembro de 2019 às 17h21

Palma Sola apresenta relatório “Município em Números”

No evento o Poder Executivo também oficializou a inauguração da Sala do Empreendedor

Na noite da última sexta-feira (8), o Poder Executivo de Palma Sola, no Extremo Oeste catarinense, apresentou através dos técnicos do Sebrae/SC o relatório “Município em Números” que, basicamente, sintetiza diversos aspectos de Palma Sola nas áreas de saúde, educação, renda, economia, potencial de consumo, segurança pública, índices demográficos, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre outros.
O evento reuniu empresários, gestores públicos e população local e também oficializou a inauguração da Sala do Empreendedor, que está em funcionamento há três meses em anexo a Prefeitura Municipal de Palma Sola. Os dois eventos foram realizados no Centro de Eventos Jacob Zandoná.
A ação “Município em Números” faz parte do Programa Cidade Empreendedora que visa reunir informações, dados estatísticos e comparativos que são formatados e viraram um livreto de 106 páginas contendo o panorama socioeconômico de Palma Sola. As informações neste livro foram coletadas de fontes oficiais de órgãos do Governo Estadual e Federal, mas além de números, o trabalho diferencia-se pelo estabelecimento de comparativos e análises que servem de parâmetro para estabelecer novas políticas públicas.
A equipe do Sebrae/SC fez a apresentação do estudo aos palmassolenses, trazendo gráficos, tabelas, figuras e comentários que consideram a análise de séries históricas e comparativos do município com outros 14 municípios de características semelhantes as de Palma Sola, os quais foram denominados de ‘cluster’. O gerente regional Extremo Oeste do Sebrae/SC, Udo Trennepohl, enfatizou que o programa tem contribuído para o desenvolvimento de setores econômicos do município. “São pequenas iniciativas que são transformadas em grandes ações a médio e longo prazo. Exemplo disso é a análise do relatório Municípios em Números, necessária para apontar as fragilidades do município e medidas que precisam ser implantadas pelo poder público”, explicou.
De acordo com a secretária de Administração Izabel Vissotto o programa tem contribuído para alavancar o desenvolvimento econômico do município. “A Prefeitura fomenta e capacita os empreendedores para o desenvolvimento e a diversidade econômica no município, pois há oportunidades as quais podem ser aproveitadas, como serviços que ainda não são prestados em Palma Sola”, comentou.
Para o prefeito de Palma Sola, Cleomar Mantelli (Kiko), o programa tem revolucionado o município, por isso agradece a parceria com o Sebrae/SC. “Estamos aperfeiçoando vários setores da administração municipal, pois todas as semanas temos consultores orientando os servidores municipais e otimizando nossa prestação de serviço tanto para os empresários quanto aos moradores”, enalteceu.

Indicadores gerais
Palma Sola, segundo as estimativas do IBGE para o ano de 2018, possui uma população de 7.475 habitantes. Em 2010, o município alcançou um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,704, índice que o situa dentro da faixa de desenvolvimento humano considerada alta pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Em 2016, o município registrou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 220 milhões, montante que o coloca na 145ª posição estadual. Descontado o valor adicionado dos impostos e da administração pública, 32,5% do PIB municipal está associado ao setor primário, 10,8% ao secundário e 56,6% ao terciário. No período entre 2012 e 2016, seu PIB apresentou uma taxa média de crescimento de 1,7% ao ano. Um crescimento abaixo da média estadual que, no mesmo período, foi de 7,6% ao ano.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, relativos a 2017, Palma Sola contava com 412 empresas, as quais foram responsáveis pela geração de 1.526 empregos formais. Em 2017, as empresas de micro e pequeno porte representavam 99,3% dos estabelecimentos presentes no município. As MPE foram responsáveis por 51,0% dos postos formais de trabalho.
Em Palma Sola 10,2% dos estabelecimentos estão ligados a agropecuária, 14,6% à indústria, 30,8% ao comércio e 44,4% são do setor de prestação de serviços. O setor industrial é o que mais emprega no município (37,6%), seguido pela prestação de serviços com 29,9% e o comércio com 19,3% dos empregos de carteira assinada.
Aspectos demográficos
Entre 2010 e 2018, a taxa média anual de crescimento da população de Palma Sola foi de -0,5% ao ano. Um ritmo bastante abaixo da média nacional e catarinense que, no mesmo período foi de, respectivamente, 1,1% e 1,6% ao ano.
Nos últimos anos Palma Sola apresentou modificações importantes na sua estrutura etária, destacando-se a perda relativa da população com idade inferior a 9 anos e aumento, em contrapartida, da proporção da população adulta (de 30 a 59 anos) e idosa (de 60 anos ou mais). No comparativo entre 1991 e 2010, Palma Sola reduziu em 12,3 pontos percentuais a representatividade relativa da população abaixo de 9 anos de idade e em 1,3 p.p. a representatividade da faixa etária dos 10 aos 19 anos.
Educação
De acordo com dados do PNUD, em Palma Sola 18% da população na faixa etária de 15 anos ou mais não era alfabetizada em 1991. Em 2010 essa proporção caiu para 9% no período em que o Estado e o País apresentaram, respectivamente, uma taxa de analfabetismo de 4% e 10%. Comparado aos demais municípios, Palma Sola ocupa a 223ª colocação catarinense em relação à taxa de analfabetismo nesta faixa etária da população.
Em relação à média estadual, a população adulta (25 ou mais anos de idade) de Palma Sola apresenta uma menor proporção de pessoas com ensino médio e superior completo. Palma Sola é o 89º colocado catarinense em termos percentuais de população adulta com ensino superior completo. Segundo dados do Ministério da Educação, em 2018, Palma Sola possuía 1.743 alunos matriculados junto à educação infantil, ensino fundamental, médio, profissionalizante e na educação de jovens e adultos.
Segundo dados do Ministério da Educação relativos a 2018, o município não conta com a oferta de cursos técnicos profissionalizantes e de ensino superior.
Renda
Uma das dimensões de especial relevância para a análise do desenvolvimento de um território está associada à mensuração de seu potencial de geração e distribuição de renda para a população.
Segundo dados do IBGE, a exemplo do que ocorreu no Estado e no País, a cidade de Palma Sola apresentou nas últimas décadas uma evolução da renda per capita média. De acordo com dados do último Censo Demográfico de 2010, o valor do rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios palmassolenses alcançou R$ 633,00 – o que significou a 221ª média catarinense.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social, em março de 2019, 294 famílias de Palma Sola foram beneficiadas pelo Programa Bolsa Família. E somente naquele mês, foram repassados R$ 50,1 mil, o que significou um benefício médio de R$ 170,32. A cobertura do programa é de 71,5% em relação à estimativa de pobreza do município.
Dados mais recentes – extraídos do Ministério do Trabalho e Emprego – apontam que em 2017, a média salarial dos empregos de carteira assinada em Palma Sola era de R$ 1.791,00. Um valor bastante abaixo da média catarinense (R$ 2.587,00) e nacional (R$ 2.777,00). Neste quesito, Palma Sola ocupa a 228ª posição estadual. Considerando o agregado das atividades econômicas, em 2017, a média salarial dos homens foi de R$ 1.993,00 e a das mulheres, R$ 1.536,00 (23% abaixo da média salarial dos homens).
Potencial de Consumo
Em resumo, as projeções realizadas para Palma Sola sugerem um potencial de consumo da ordem de R$ 169 milhões para 2019. Sendo, R$ 98 milhões relacionado ao consumo urbano e R$ 71 milhões ao rural. Segundo essas projeções, Palma Sola apresenta-se como o 163º maior mercado consumidor catarinense.
Empresas e empregos
No que diz respeito ao estoque de empresas e empregos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, relativos a 2017, Palma Sola contava com 412 estabelecimentos que totalizavam 1.526 empregos formais. Em 2017, as empresas de micro e pequeno porte representavam 99,3% dos negócios do município. As MPE foram responsáveis por 51,0% dos postos formais de trabalho.
Entre 2013 e 2017, o estoque de empresas registrou uma taxa média anual de crescimento negativa de 0,7% ao ano, resultando na redução de 12 estabelecimentos em relação ao primeiro ano. Nesse período, a evolução do número de empregos formais registrou uma taxa média negativa de 1,8% ao ano, que significou a redução de 113 postos formais de trabalho.
O material completo do estudo Município em Números de Palma Sola pode ser baixado no endereço eletrônico: sebrae.sc/cidadeempreendedora.

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