Validar o nível de maturidade do ecossistema e dos setores prioritários – tecnologia, informação e comunicação (TIC); saúde, máquinas e equipamentos e agronegócio – foram os objetivos do Workshop II do Planejamento de Ecossistema Local de Inovação (ELI), de Chapecó. A iniciativa é do Sebrae/SC, em parceria com o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMCTI), entidades, empresas e Administração Municipal. O evento foi realizado nesta semana no Pollen Parque e participaram 37 profissionais que integram o ecossistema de inovação e empreendedorismo do município.

O planejamento busca estimular o empreendedorismo, fortalecer o ecossistema de inovação e unir diferentes atores para fomentar negócios inovadores. Até o momento foram realizadas 70 entrevistas e prospectados 102 atores do ecossistema local. Nessa etapa os trabalhos foram direcionados para apresentação da metodologia de análise do nível de maturidade (com base em dois fatores impactantes: efetividade e integração) e o radar do ecossistema.

O consultor credenciado ao Sebrae/SC, Tiago Tengaten, explicou que pelo mapeamento do ecossistema de inovação foi realizada a classificação de cada vertente a partir da categorização de cada integrante. “Temos seis vertentes (ambientes de inovação, programas e ações, ICTI – Instituições de Ciência Tecnologia e Inovação, políticas públicas, capital e governança) e no final do evento fizemos uma análise geral mostrando o radar resumido do ecossistema de inovação de Chapecó. Nele relacionamos o nível de maturidade como inicial, em estruturação, em desenvolvimento e consolidado”, explicou.

Para o consultor o mais relevante desse planejamento é a validação do grupo. “Ao final do Workshop II realizamos dinâmica na qual os participantes tiveram a oportunidade de debater em grupos e chancelar os graus de maturidades das vertentes. O processo está aberto e é uma construção entre os atores do ecossistema, com debate, conversa e alinhamento”, comentou Tengaten. As análises iniciais, segundo o consultor, comprovam que Chapecó tem uma boa estrutura do ecossistema, principalmente por ter praticamente todos os integrantes das vertentes. “Faltam detalhes e trabalhos pontuais”, expôs.

De acordo com o diretor executivo do Pollen Parque e presidente do CMCTI, Rodrigo Barichello, essa etapa foi importante por mostrar os atores das áreas de empreendedorismo e inovação de Chapecó e apresentar a maturidade desse ecossistema, ou seja, como eles interagem entre si e a entrega que fazem para fortalecer o ecossistema de inovação. “As principais contribuições até o momento foram a definição dos quatro setores prioritários e de nivelarmos os conhecimentos de todos os participantes para prosseguir com interações cada vez mais efetivas, além de aproximá-los desse ecossistema”, analisou.

Para Barrichello esse planejamento era necessário para Chapecó. “Tínhamos uma boa representatividade com o CMCTI, mas agora conseguimos inserir os atores que atuam no dia a dia do ecossistema. Assim, ouvimos todos e estamos na mesma posição, para planejar de maneira consistente e com maturidade para desenvolver produtos e processos que auxiliem no crescimento de toda essa cadeia do grande oeste de Santa Catarina”, argumentou.

O gerente de inovação e empreendedorismo do Sebrae/SC, Jeferson Reis Bueno, reforçou que os planos de ação precisam e certamente sairão do papel para ganhar vida. “É isso que faz verdadeiramente um projeto acontecer, pela mão de muitas pessoas, sem protagonismo e todos entregando sua parte, ou seja, o que tem de melhor de si. Estamos muito felizes com a participação e o comprometimento de todos os participantes”, comentou.

 

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