Postado em 01 de Novembro de 2019 às 16h23

Movimento Inovação promove encontro com empresários e pesquisadores

Iniciativa tem como parceiros a ACIC Chapecó, a Unochapecó, a Facisc e o Sebrae/SC

Conceitos e metodologias de inovação foram apresentados durante encontro do projeto em Organização, Capacitação e Motivação de Ações de Inovação para o Oeste Catarinense – Movimento Inovação, nesta semana, na Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC). O objetivo foi a aproximação entre empresários e pesquisadores, formando networking e integração para alavancar possíveis projetos de pesquisa e mercado.
            O tema foi abordado pelo coordenador de projetos da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), consultor credenciado InfoDev/Banco Mundial em incubação de empresas e consultor técnico no Centro de Empreendedorismo Inovador da Fundação Certi, Carlos Eduardo Negrão Bizzotto. Ele explanou sobre erros comuns que são cometidos em um processo de inovação, mostrou como evitá-los e qual abordagem se mostra mais efetiva. “Conversamos sobre como o ecossistema se estrutura para gerar mais inovação e para que se desenvolva na região”, comentou.
            De acordo com Bizzotto, o principal problema é iniciar o projeto de inovação com uma proposta de produto ou serviço, sem interação com o mercado. “O erro é a abordagem de dentro para fora. Muitas vezes o empreendedor tem uma ideia e, mesmo que seja boa, quando fica pronta não vende porque não é uma necessidade do mercado. Nesse processo, primeiro é preciso identificar o que o cliente quer e, a partir disso, avaliar o que fazer e qual tecnologia utilizar”. Bizzotto comentou que a prática é comum, ocasionando um resultado nada otimista: entre 75% e 80% dos projetos de inovação não dão certo. “Não se trata de uma característica só de pequenas empresas, grandes players do mercado, como o Google, já passaram por isso”, acrescentou.
            Outro erro, na opinião de Bizzotto, é a realização de programas de ideias nas empresas. “Envolve-se todos os colaboradores, surgem, por exemplo, 500 ideias, sendo que são selecionadas, acaba-se implementado duas ou três. Nas primeiras vezes as pessoas participam, mas depois podem se desmotivar porque suas ideias não são colocadas em prática”, alertou. Bizzotto ressaltou a necessidade de interação com o mercado e com os clientes que vivenciam as dificuldades do dia a dia.
            PROJETO QUE DEU CERTO
            Durante o encontro, o sócio da Kemia Tratamento de Efluentes, Rafael Celuppi, apresentou os produtos inovadores desenvolvidos pela empresa e como está sendo feito o melhoramento por meio de parceira com a Unochapecó. A Kemia desenvolve soluções para tratamento de efluentes utilizando tecnologias verdes de eletro-oxidação e eletrofloculação no intuito de tornar o processo mais eficaz, ambientalmente correto, de simples operação, econômico e sustentável. Fundada em 2016, atua no tratamento de efluentes, esgotos e chorume, desde o projeto até o produto, implantação e operação dos sistemas.
            MOVIMENTO inovação
            O projeto em organização, capacitação e motivação de ações de inovação para o Oeste catarinense – Movimento Inovação tem por objetivo formar uma rede de inovação na região Oeste, envolvendo empresas, associações empresariais e instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento. A iniciativa é da Unochapecó em parceria com a ACIC, a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e o Sebrae/SC. Também sedia o projeto a Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste (Acislo) e recebe o apoio das demais associações empresariais da região. O recurso é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
            O professor da Unochapecó e coordenador do projeto, Radamés Pereira, salientou que as parcerias são fundamentais para fomentar a inovação. “Inovação é transferir para o mercado produtos, serviços e processos que proporcionam mais qualidade, diferencial competitivo e mais resultados para as empresas. Por isso, as universidades com os pesquisadores e com projetos podem, em conjunto com as empresas, criar uma rede que possibilite o desenvolvimento tecnológico e regional”. A Unochapecó, nos campi de Chapecó e São Lourenço do Oeste, disponibiliza toda sua estrutura de laboratórios para o projeto.
            A primeira fase foi a motivação de empresas e de pesquisadores para a participação. Após o encontro desta semana, será feita mais uma capacitação no fim de novembro. O consultor regional da Facisc, Osvaldo Mota, lembrou que o público-alvo são empresas, instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento da região, associações empresariais, pesquisadores e comunidade em geral. “A intenção é aproveitar a estrutura disponibilizada pelas universidades para criar projetos que, muitas vezes, no dia a dia, as empresas não conseguem parar para fazer”, finalizou.

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